A prisioneira andou de um lado para o outro impaciente, já perdeu as contas dias em que em estivera encarcerada, seriam dias mesmo? Meses? Ou anos? Ela não sabia.
Outra questão angustiante: por que ainda estava viva? Ela lembrava do exato momento em que o feitiço a acertou bem no coração, que doía mais a cada dia.
Já pensou em várias possibilidades, mas nenhuma satisfatória, a não ser... ela praguejou quando finalmente juntou os pontinhos: implantaram uma gematita em seu coração. O único ponto fraco da magia, estavam sugando sua magia como um maldito parasita. Não... isso tinha mais do que um objetivo, porque iriam querer sugar magia de uma simples professora?
Não, não era só por isso... ela praguejou de novo, era isso. Ela era a isca para pegarem sua sobrinha, ela era o alvo o tempo inteiro e por algum estranho motivo, sabiam da sua conexão com ela. Mas como? Ninguém sabia, só quatro pessoas sabiam, o que significava que sua irmã foi traída.
Agora estava explicado do porquê a encarcerarem ali nessa cela, quer dizer quarto no topo da torre. Ela precisava sair dali rápido. A prisioneira suspirou frustrada, era impossível.
Foi a primeira coisa que tentou assim que acordou naquele lugar, mas ao tocar na maçaneta sentiu uma dor insuportável, era como levar um choque de 1500 volts e ser picada por uma cobra venenosa. Também tentou pular da janela da torre, mas foi repelida por uma barreira.
Mais tarde naquele mesmo dia ela descobriu o porquê, algema de sangue... haviam a colocado quando a trouxeram ali. A final de contas, ela lembrava da sensação de quando o sanguessuga fora implantado, lembrava de ter sido trazida para lá e de pingarem algo em seu punho direito, depois a porta foi fechada.
Ela bufou, estavam tão confiantes que nem se deram ao trabalho de trancar a porta ou vigia-la.
Espertos, mas nem tanto. Esperariam ela ficar seca de magia e mandariam o pedido de resgate: ela pela sobrinha.
Estavam errados, podem ficar com a magia dela o quanto quisessem, era magia básica. A prisioneira fora esperta o suficiente para colocar sua magia celeste na espada do garoto, como regia o protocolo do predestinado: "Magia é conhecimento, conhecimento é poder e poder é força, dito isto toda espada do predestinado que tiver sua Legado morta, deverá ser levada para os dragões guardiões, ser destruída e refeita para seu sucessor."
Ela suspirou, estava com saudade de sua espada Lua Prateada, ela era uma boa espada, mas Caminho de Sois é melhor. Ela senta no chão frustrada lembrando daquele dia:
Achava loucura sua irmã mais nova ter aparecido em seu quarto um dia, mortalmente pálida e grávida, ela parecia preocupada, estava escondendo algo e o mais absurdo, pedia sua espada.
- Isso é loucura, Marily! Você ainda está viva!
- Eu sei o protocolo, irmã. Mas vou morrer depois da gravidez e o peso será passado para a minha filha. E eu tenho que fazer isso. - ela diz cansada
- Por isso mesmo! Você sabe muito bem que eu deveria fazê-lo.
- Mas você não irá! Você terá que ensina-lo ou se preparar para fazê-lo. Como eu vi, os dois serão a dupla mais poderosa.
- Ele? Dupla mais poderosa? Está falando de...
- Sim é aquilo. Agora sua espada, trarei de volta após o nascimento e você vai finalizar aprisionando sua magia celeste.
Ela havia surtado, nunca em toda a linhagem de Legados e Predestinados, a espada foi imbuída de magia, era contra o protocolo, mas sua irmãzinha estava irredutível e ela acabou por entrega-la relutante, desaparecendo logo após.
Quatorze meses após, ela reapareceu em pior estado que antes, lhe devolveu a espada e disse: "Symon, o nome dele é Symon Dialius. Ele é de outro mundo e os dois terão um dos laços mais poderosos, não se esqueça disso irmã." e desapareceu de novo, mas dessa vez foi para sempre.
Agora lá estava ela, encarcerada e ligada à promessa que fizera a sua irmãzinha.
Pois bem, ainda tinha magia suficiente para fazer 6 transmissões sem ficar em risco de morte e não os desperdiçaria. Seria fácil ensina-lo assim, principalmente se já tivesse recebido a espada. Só imporia uma regra: "Não contar a Adélia que ainda estava viva e ainda por cima que estava presa. "********************************************************
E acabou....... só que não!
Nos vemos no segundo livro, Ligados.
Mais aventuras e.... a guerra começou!
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Legado
FantasiaEle teria uma vida considerada normal, apesar de ser rico e odiar isso, cercado de pessoas interesseiras. Nada seria anormal, além de pacato, os únicos verdadeiros eram seus amigos de verdade. Ela não tem nenhuma memória do passado, sua vida se base...