Moonbyul é uma artística plástica que acabou de voltar a Seul depois de dez anos, sua vida mudou completamente depois de uma separação conturbada com o amor de sua vida. Mas seu objetivo agora é mostrar a burguesia suas obras e criações artísticas...
"Você permanece no meu coração mais profunda que uma cicatriz, então não posso apagar você." FT Island - 'Severely'
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Sábado, não tenho ideia alguma de quanto havia dormido, tão pouco de que horas eram naquele momento. Me espreguicei sentindo minhas costas doerem de uma noite mal dormida, e ouvi os passos na cozinha de uma Hwasa um tanto impaciente no celular, conseguia vê-la de onde estava por conta do conceito aberto que possuía os dois cômodos da casa, sentei e a observei, ela falava japonês e parecia ter tido algum tipo de problema no trabalho, mas não demorou e logo desligou. Continuei sentada imóvel como se meu corpo ainda não respondesse direito os comandos do meu cérebro e eu ainda estivesse acordando aos poucos.
— Pela sua cara, à noite não foi tão boa. — Falou incrivelmente de bom humor naquela manhã, levando uma xícara, do que achei ser café, aos lábios.
Estava com seus cabelos soltos, bagunçados e vestindo apenas uma grande blusa minha branca com uma estampa do Guns N' Roses da qual nem lembrava da existência. Ela conseguia ser absolutamente linda mesmo pela manhã, e o cheiro do café fresco e queijo torrando na chapa, faziam me lembrar da falta que sentia das nossas conversas matinais.
— Dormir no sofá não traz muita felicidade de fato.— Suspirei.
— E porque não dormiu no quarto? — Perguntou. — Desculpa... na verdade pensei que não voltaria cedo.
— Tá tudo bem, além do mais... — Levantei em direção a ela e disse abraçando-a. — Me desculpe por ontem, ok?
— Completamente bêbada, você é uma idiota! — Esbravejou. — E ainda chama a Chan pra transar? — Disse revirando os olhos.
— Ela é boa no que faz. — Provoquei.
— Ah... me poupe, pela hora que chegou com certeza não é. — Disse me empurrando de seu corpo, não pude deixar de rir.
— Como você está? — Perguntei mudando o assunto.
— Com saudades... — Disse.
Saudades, acho que é o preço que pagamos por termos vivido momentos inesquecíveis... dos beijos, abraços, até mesmo da voz. Era incansável eu dizer o quanto Hwasa era uma mulher incrível, e admito que precisava dela em minha vida, acho que não conseguiria viver sem seu otimismo e sua vontade de viver cada segundo como se fosse único, ela tinha uma capacidade de fazer você se sentir especial e eu seria eternamente grata por isso.
— Também senti saudades. — Falei dando um leve sorriso.
Tomamos café e conversamos sobre a exposição, o telefone dela não parava de tocar e sempre foi assim, ela sempre tinha que resolver coisas do trabalho. Estávamos esperando Wheein chegar com Joe-Hwa e Si-Yang para irmos almoçar como sempre fazíamos quando nos reuníamos. Si-Yang era o atual namorado da minha amiga, e nos últimos três anos ela parecia ter realmente encontrado a sua pessoa, ele era novo mas um empresário renomado de uma grande editora do país, ficou no lugar do seu pai como presidente da marca, e apesar das críticas por sua idade lidava bem com os negócios.
