Moonbyul é uma artística plástica que acabou de voltar a Seul depois de dez anos, sua vida mudou completamente depois de uma separação conturbada com o amor de sua vida. Mas seu objetivo agora é mostrar a burguesia suas obras e criações artísticas...
"Você rompe meu mundo cinzento, quando me chama com sua voz." 'You Make Me Back - Woosung (TheRose)'
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— Você o que!?
Zara gritou de forma descontrolada, e não pude deixar de rir do seu espanto, mas era compreensível. Havia falado sobre o ocorrido com Moonbyul e ela parecia animada, querendo saber detalhes. Lhe-contei tudo que havia acontecido, e ela ouvia atentamente como se estivesse vendo o filme da década. Se eu havia me arrependido? Jamais, não sou do tipo de pessoa que coloca culpa no álcool por fazer algo que sinto vontade... pra falar a verdade, se eu soubesse que seria tão prazeroso, já teria ficado com mulheres a muito mais tempo.
— Mas ela viu minha tatuagem, e paralisou... — Falei por fim, enquanto me jogava no sofá.
— Contou pra ela? — Zara acompanhou minha ação.
— Não... eu nem sabia por onde começar, é loucura! E ela me irritou com aquelas desculpas sobre suas vontades. — Bufei.
— E Hyuk? — Perguntou ansiosa.
— O que tem ele? — Devolvi a pergunta com desdém. — Você fala como se eu fosse a madre Teresa.
— Não, mas achei que tinha parado com tudo isso. Além disso, ele é um cara legal. — Me lembrou.
— Do que está falando? É claro que parei, você sabe disso. — Afirmei com convicção. — Não a beijei por trabalho.
— Então pelo que foi?
— Desejo? Eu não sei. — Menti. — Mas agora que tocou no assunto, talvez eu tenha levado as coisas longe demais com Hyuk.
— Você ainda deve 10 milhões de wons pro meu irmão, por causa do seu último trabalho. Não completou o serviço... e pelo visto, você vai morrer antes de conseguir juntar essa grana toda.
— Eu não tenho medo do Kiji, okay?
— Ele está usando mais drogas que o normal Solar. — Disse com angústia. — Dong-Yul te odeia, e tem influenciado o Kiji demais... olha só, o Hyuk é uma cara legal, você deveria ca...
— Casar com ele!? — A interrompi. — Ficou maluca?
— Acha que vai conseguir essa grana toda tirando fotos?
No fundo eu sabia que ela estava certa. Eu ainda não tinha nem metade do dinheiro que devia.
Toda aquela bagunça começou quando arruinei um dos negócios de Kiji a dois anos. Eu trabalhei pra ele dando golpes nos empresários financeiros de Seul... uns cretinos, que procuravam sexo com garotas mais novas nos bares luxuosos. O objetivo era conseguir seduzir e embebedar. Depois partíamos para segunda fase: drogá-los com uma mistura de cocaína, ketamina e MDMA. Se quisessem sexo?existia uma lista de prostitutas para garantir que cumpríssemos o plano estabelecido. Conseguíamos tudo, dados da conta bancária, da previdência social e até mesmo o nome de solteira das mães das vítimas. Chegávamos a tirar por noite 20 milhões de wons das contas. A dose de ketamina causava uma perda de memória, e a polícia fazia vista grossa pra poucas denúncias. Além disso, a maioria dos clientes eram casados, e ninguém quer seu nome envolvido em escândalos com prostitutas.
