Moonbyul é uma artística plástica que acabou de voltar a Seul depois de dez anos, sua vida mudou completamente depois de uma separação conturbada com o amor de sua vida. Mas seu objetivo agora é mostrar a burguesia suas obras e criações artísticas...
"Emoções ruins tomam conta de tudo." 'MAMAMOO - Angel.'
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Me neguei inúmeras vezes avistar os traços em minha frente... como ela havia conseguido aquele desenho? A pergunta soava em meus pensamentos repetitivamente, insistente, me fazendo encara-lá de forma anormal. Ela possuía em seu pescoço uma tatuagem, e era dela que não conseguia desgrudar meus olhos. Os traços finos do contorno do desenho de uma mão segurando um fio partido, e as palavras escritas em japonês entre o rompimento " 赤い糸" . Akaito, era o que dizia. Eu conhecia perfeitamente aquele delinear e construí em minha cabeça motivos plausíveis, que fizessem sentido, ou fossem de alguma forma conexos. Foi quando explodi de curiosidade, e disparei por cima de suas palavras.
— O que é isso no seu pescoço?
— Hãn... então era por isso, que estava me encarando tanto?
Esperei por aquilo, ninguém costuma gostar de ser encarado... mas, permaneci calada, aflita e ansiosa por uma resposta.
— É uma tatuagem.
— Eu sei disso, mas onde conseguiu? — Perguntei impaciente.
— Em Hongdae, eu estava de férias a cinco anos atrás...
Aquilo não era possível...não podia ser possível. Desviei meu olhar do seu, respirando fundo olhando para qualquer lugar que não fosse a mulher ao meu lado. Minha cabeça estava uma bagunça, e sentia como se não soubesse diferenciar a realidade.
— Porque escolheu ela? — Perguntei curiosa.
— Eu gostei do desenho, não tem nenhum significado tão importante. — Disse rapidamente.
Fechei meus olhos absolvendo suas palavras, e não conseguia olhá-la novamente. Senti a velocidade do veículo diminuir, e ela voltou a me olhar daquela maneira... cheia de capricho eu diria. Rapidamente chegamos ao fim daquela viajem, e por fim nos despedimos, ou foi o que pensei quando ela gritou meu nome, sem qualquer formalidade, me fazendo olhá-la pela última vez aquele dia. Achei engraçado a forma que ela tentou, de um jeito embaralhada me explicar o significado de sua tatuagem... como se não quisesse parecer de alguma forma uma pessoa volúvel. Eu simplesmente a interrompi, e ela pareceu supresa, sempre me subestimava.
Yuna logo se despediu quando cheguei, e Chung-hee começou a disparar todo seu dia, ele quase não respirava entre as pausas de suas palavras e confesso que não absorvi nem metade do que ele dissera. Peguei meu celular procurando o contato de Zara, ligando para ela por mais vezes que pude contar. Foram tantas tentativas que só desisti quando o telefone se deu por desligado. Tomei um banho calmo na tentativa de aliviar a dor de cabeça que sentia...e quando sai, ouvi a campainha tocar, seguido do barulho da porta sendo aberta. Secava meus cabelos com uma toalha quando me assustei com as palavras eufóricas:
