2. Strings

6. Eu Preciso Ir

Addison abriu os olhos vendo os olhos azuis de Meredith sobre si e sorriu antes de esconder o rosto no travesseiro. A loira lhe beijou no pescoço exposto e mordeu-lhe levemente.

— Hora de levantar — Meredith sussurrou beijando-lhe nos ombos e costas.

— Não quero.

— Não?

— Não — Disse abafado por causa de seu rosto ainda está contra o travesseiro, Addison sentiu o corpo ser virado e suas pernas serem abertos.

Logo um gemido escapou de seus lábios, Meredith lhe penetrou com a língua enquanto lhe chupava de maneira lenta e torturante, Addison segurou-a pelos cabelos rebolando contra a boca da loira.

— Oh meu Deus, Grey — Sussurrou e mordeu os lábios jogando a cabeça pra trás — Não pare, por favor, não... Ahn... Oh meu Deus — Sentiu o sorriso de Meredith contra seu íntimo.

A loira parecia beijar sua boca de maneira lenta e torturante.

— Filha da... — Gemeu sentindo o corpo relaxar, Meredith ficou sobre seu corpo beijando-a sem esperar.

— Filha do que? — Perguntou olhando-a com um sorriso travesso nos lábios.

— Da melhor cirurgiã de Seattle — Sussurrou ainda entorpecida pelo orgasmo, Meredith riu beijando-a no queixo.

— Bom dia amor.

— Bom dia — Disse voltando a beija-la e abraçando-a com os braços e as pernas — Nessas horas eu não queria ter responsabilidades.

— Eu também, agora vamos, pois eu tenho certeza que o Henry já ta acordado encarando os brinquedos do berço.

— Eu amo meu filho, ele me permite ter um perfeito orgasmo matinal — Meredith voltou a rir e levantou-se puxando-a para o banheiro.

.§.

Henry bateu na água fazendo-a pular e Addison negou com a cabeça vendo Meredith rir.

— Trás ele ou nós vamos nos atrasar para o trabalho — Disse voltando para o quarto.

— Okay, meu príncipe, vamos trabalhar com as mamães mais gatas do Seattle Grace — Disse pegando-o e o enrolou na toalha, Henry a agarrou pelo pescoço.

Assim que chegou ao quarto o colocou no trocador e lhe vestiu a fralda, depois sentou-se com ele nos braços.

— Qual você vai querer hoje? Menos o panda — Addison riu da loira e depois riu mais ainda por Henry ter escolhido o panda.

— Vai ser o panda, Grey — Provocou e Meredith revirou os olhos — Melhor trocar de blusa, nós te esperamos lá embaixo.

— Ta bem — Disse saindo do quarto. Addison olhou pra Henry sorrindo e o vestiu, descendo em seguida para a cozinha.

Addison colocou o filho na cadeirinha e ligou a cafeteira, fez waffles rapidamente, Meredith entrou na cozinha servindo-se com uma xícara de café.

— Esse cheiro só não é melhor do que o seu — Disse beijando a bochecha de Addison que deu risada e entregou a mamadeira para o filho.

— Alguma cirurgia marcada pra hoje?

— Sim, duas e já estou cansada só de pensar em ir.

— Podemos ir para Los Angeles visitar a Naomi e o Archie na nossa folga, o que acha?

— Seria ótimo, mas preciso ver se vou poder tirar mais de um dia pra isso.

.§.

Meredith abriu a porta do carro para Addison, havia adquirido esse hábito quando a ruiva estava grávida.

— Pega a bolsa dele, amor — A loira disse fechando a porta do carro — Eu pego nossa bolinha.

— Não o chame de bolinha — Disse rindo enquanto via a loira tirar Henry do carro.

— Diz pra mommy que você é a bolinha da mamãe, meu amor.

— Mamã — Disse segurando a chupeta e mordendo-a.

Meredith o beijou no pescoço fazendo-o encolher por sentir cócegas enquanto ria.

— Eu estou perdida com vocês dois — Addison disse sorrindo enquanto fechava a porta do carro após pegar a bolsa.

Meredith segurou sua mão cruzando seus dedos e as duas caminharam para dentro do hospital, logo avistaram Callie junto a Arizona, próximas ao balcão.

— Aí meu Deus que coisa mais fofa — Arizona disse com um largo sorriso nos lábios ao ver Henry no colo da mãe loira.

— A dinda vai apertar você, ruivinho.

— Eu disse que não era uma boa ideia essa fantasia — Callie revirou os olhos e pegou Henry.

— Olha essas orelhinhas — Arizona disse segurando as orelhas de panda da fantasia.

— Eu preciso ir — Meredith disse olhando para Addison — Te vejo no horário do almoço.

— Ta bem.

— Não deixe essas malucas esmagarem meu filho — Disse beijando-a nos lábios e beijou Henry.

— Para de ser ciúmenta, Grey — Callie disse encarando-a. Meredith revirou os olhos seguindo pelo corredor.

— Você adora provoca-la, não é, Torres — Addison disse rindo.

— Eu pensei que você seria a mãe ciumenta e não a Meredith, por isso é tão bom perturba-la.

— Eu também pensei que eu quem seria a ciumenta, mas agora me dá o meu filho que eu vou leva-lo pra creche, tenho trabalho a fazer — Disse pegando-o — Da tchau pra dinda e pra tia Arizona — Henry deu tchau com a pequena mão e Addison saiu com o filho.

.§.

A emergência estava completamente cheia, ambulâncias e mais ambulâncias, médicos e enfermeiros correndo por todos os lados, Meredith correu até uma maca onde o paciente sangrava como se uma fonte brotasse em seu corpo e tapou com a mão.

— Eu preciso de um pano aqui! — Gritou e uma enfermeira se aproximou.

— Aqui doutora.

— Obrigada — Disse colocando o pano no lugar da mão — Mande liberar a sala dois, estou indo pra lá, preciso de sangue para a transfusão.

Dois enfermeiros ajudaram a levar a maca, Meredith correu vestindo a roupa com a ajuda das enfermeiras.

— Não temos muito tempo, precisamos ser rápidos ou ele morre — Respirou fundo — Bisturi — A enfermeira lhe entregou — Vou precisar de sucção há muito sangue aqui.

A tensão estava na sala a atenção de Meredith em seu paciente, o som do aparelho mostrando os sinais cardíacos e respirações pesadas eram o único som que ouviam ali.

Três horas... Foram exatamente três horas até conseguir estancar todo sangue e descobrir o que causou tudo aquilo.

Meredith saiu da sala cansada e logo voltou para a emergência com o aglomerado de gente que ainda estava ali tentando salvar as vítimas.

— Doutora Grey — Meredith olhou para a interna e a acompanhou.

Resultado de tudo, mais três horas dentro da sala de cirurgia, Meredith sentou-se no chão do corredor completamente cansada, sua cabeça doía e seu corpo estava pesado por passar tanto tempo de pé, escondeu o rosto entre as mãos e respirou fundo, precisava apenas de um tempo, nada além disso.