Coração Ferido

Capítulo L - O Pecado de Fábricio - parte I

Olá leitores, antes de começar a ler gostaria de deixar uma reflexão, ou melhor, minha opinião, pois recentemente um dos muitos escritores que sigo aqui no Watt Pad postou uma história onde ele usa a pandemia de Covid - 19 como tema. Talvez eu seja chato e antiquado ou então bem mais esclarecido e vivido. Bom, ai vai : Não façam isso, não romantizem uma epidemia que está matando, tenham bom senso e pelo amor de Deus, escritor, cresça! Você já pensou que por ser uma plataforma mundial muitos familiares de vítimas e doentes tem acesso a sua história, acorda escritor, não precisamos de um idiota ganhando números de leitura por algo que assola o mundo, seja criativo, pois eu como escritor e leitor me senti incomodado por ler algo que não fere só a mim mas a tantos outros, tenho família na Itália, Alemanha e no Sul do país, lembrando que muitos vão vim dizer, mas você não precisava ler, se doeu por que? Não li, meu q.i não deixa, só a sinopse e o primeiro capítulo já estavam tendenciosos, mas me senti incomodado, me senti na obrigação de desabafar já que vi um bando de patetas achando lindo a história, não façam isso. Não precisamos de sensacionalismo aqui e nem estou aqui para prejudicar ninguém, mas me achei no direito de opinar, doa a quem doer. Boa leitura.

Eu estava beijando Luciano? Estava! Era culpa da bebida? Não! Queria aquilo, queria desde o momento em que o vi no hospital e era por simplesmente amar ele. O amor que tinha por ele ainda existia, mas não ao ponto de esquecer o que ele tinha me feito, não me esqueceria isso. Eu estava me sentindo desejado, cobiçado e estava gostando de ver o que causava nele, tinha apostado em um jogo perigoso e não sairia perdendo, não dessa vez, quem perderia era ele, aliás, já estava perdendo. Tudo conspirou ao meu favor, não esperava ser hoje, mas meu jogo de sedução deu certo, eu queria, ele queria mais.

Soltei Luciano, ele me encarava intensamente, alisava meu rosto. O camarote era só nosso e já havia poucas pessoas na boate, não nos preocupávamos em sermos vistos, eu não estava ligando para isso, éramos nós dois ali, podia sentir a atração, a ação, meu corpo pedia o dele, mas não seria ali, não era de dar em boate e com 28 anos não começaria a fazer isso, bom senso em todo e qualquer lugar.

- Vou fechar a conta, já volto - disse ele me dando um beijo e me tirando do seu colo.

- Ok...vai lá... - Assenti envergonhado, pois ele foi extremamente carinhoso comigo.

Vi Luciano sumir no escuro e então olhei para os lados. Guilherme e Arthur estavam me encarando, mas a cara do meu irmão era impagável, pois como ele estava barbudo ficava com mais cara de mal, será que ele achava que metia medo em mim.

- Fabrício... - meu irmão me chamou enquanto Luciano ia fechar a conta - vem aqui que eu quero falar contigo - disse autoritário, revirei os olhos e fui.

- Oi... - respondi indo até.

- Eu posso estar meio tomado, mas tu e o Luciano estavam quase transando agora ali no sofá - ele aponta para o canto, sigo seu dedo com o olhar.

- Não ia transar em um sofá de boate - respondi risonho - está achando que eu sou o que? Só queria excitar ele - era melhor eu ficar eu ter ficado quieto, meu irmão fechou a cara.

- Bah Fabrício, assim tu me faz pensar que tu parece um prostituto? - Meu irmão só podia ter problemas, pois ele falou e algumas pessoas do camarote ao lado olharam para nós lá do lado de fora.

- Cala boca Guilherme! Quer que a boate toda ouça isso? - Dei um tapa em seu ombro.

- Ai... - resmungou - desculpa, mas achei que tu ia dar aqui mesmo, tu e o Luciano pareciam dois desesperados se beijando - ele respondeu a contra gosto me deixando mais irritado.

- Claro que não mano! - Exclamei - até tenho vontade, mas tenho bom senso - respondi um pouco sem paciência com o papel de irmão puritano - outra coisa, você me viu entrar e ser encurralado por ele e não fez nada, então fica quietinho aí, não tem direito de opinar em nada - ele fechou a cara.