Bom dia! Demorei mas enfim postei, me desculpem pela demora, em tempos de hells office as coisas ficam tensas, mas no mais tenham uma boa leitura, mas logo vou avisando, capítulo não revisado e aos politicamente corretos favor tomar calmente, pois lembrem-se,cadaum com seu ponto de vista, beijos e boa leitura.
Tomar uma decisão nunca era algo fácil, pelo menos não foi para mim. Fechar um ciclo, dar aquele passo, eu tinha a sensação de que tinha tirado um peso das costas, que estava tudo como devia estar, mas ao mesmo tempo parecia que algo me faltava, que algo estava errado e eu não era contraditório. Andei tanto, fiz tanto e de repente parecia que eu não me encaixava mais ali, que meu lugar tinha ficado em algum ponto que passei e que não parei, que eu tinha deixado a chance da minha vida escapar, mas será? Esses dilemas estavam me assombrando há algum tempo, principalmente quando parei para pensar que eu tinha muito tempo livre para pensar, que tudo o que vivi nos últimos anos estavam lá atrás e que agora eu estava justamente onde havia começado.
Já tinha se passado dois meses que eu estava em casa. Sergei havia voltado para a Europa há uma semana, na despedida prometeu me contatar sempre, entre choro, abraços, me despedi dele sabendo que havia ganhado um irmão, com quem poderia contar, mas que estaria a um oceano de distância, me desesperei em saber que o meu amigo não estaria ali. A distância me fazia bem, percebi que o que me matava era a rotina, o fato de viver um dia após o outro sem aprender, o que eu mais temia aconteceu, eu queria estar longe daqui, longe de onde nasci simplesmente por ter medo de acabar minha vida aqui.
Era sábado. Eu estava fazendo algumas pesquisas sentando no sofá com o notebook no colo e percebia que minha mãe andava de um lado para outro da casa, hora falava alto com meu pai, hora falava com alguém ao telefone.
- Cadê teu irmão? – Perguntou ela aparecendo na sala.
- Está na casa do Tico e Teco – respondi me referindo aos irmãos Júlio e Arthur, o que fez ela revirar os olhos – que gata hein – ela deu um risinho.
- Bom, não vai dar tempo de falar com ele – disse olhando as horas no seu celular - Fabrício, eu e teu pai vamos a Porto Alegre, não devemos voltar hoje, tu quer alguma coisa de lá? – Perguntou pegando.
- Não mãe, não quero nada não, vocês vão em alguma festa? – Perguntei curioso.
- Sim, eu e teu pai vamos no casamento de uma amiga que é motorista de carreta lá na transportadora, mas tu e teu irmão se comportem, a nonna vem aqui pra ver vocês... – ela disse olhando para o corredor de onde meu pai vinha todo arrumado.
- Não se preocupa mãe, não arranjei macho em app para hoje, nem vou sair feito um porra loca por aí - será que minha mãe achava que eu ia botar fogo na casa, ou fazer algo pior.
- Para quem botou o filho da vizinha louco eu não duvido de nada – respondeu com sarcasmo me fazendo corar.
- Quem ver e ouvir a senhora falando isso vai achar que eu sou um inconsequente, eu tenho juízo – ela me fitou.
- Vou acreditar em você – disse dando as costas.
- E então, como estou filho? – Perguntou meu pai.
- O senhor está bonitão – o elogiei, ele corou, estava muito bem vestido em um terno escuro.
- Obrigado – minha mãe ajeitou a gravata dele.
- Ele não está lindo filho? Um gatão, um perfeito daddy – olhei para minha mãe que piscou para mim, safada.
- Para Ana, o Fabrício vai achar que tu e eu não temos modos – eu achava tão engraçado quando meu pai ficava constrangido - tu e teu irmão vão ficar bem né? – Perguntou ele vindo até mim.
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Coração Ferido
RomanceEntre encontros e desencontros muita coisa pode acontecer. O amor vem de onde menos se espera, ele pode nos surpreender. A dor, anseios e tudo o que gira a vida de dois amigos, pode mudar o sentimento deles de um para o outro?