Capítulo X - Cíumes

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O jogo acabou empatado em 1x1, isso foi bom, pois não gerou briga, então não passaria vergonha. Michel veio me galantear, ou pelo menos era isso que ele achava que estava fazendo, mas não obteve êxito, mesmo assim peguei seu telefone e ele o meu, ele não passava de um suposto hétero que gostava de ficar (foder) com gays e passivos mais gordinhos, nessa altura da minha vida não era o que eu queria, aliás, queria distância de supostos héteros.

- Quero muito sair contigo Fabrício – disse ele tentando ser sexy, revirei os olhos.

- Quando você quiser algo a mais do que foder talvez eu aceite sair contigo, até lá, nos vemos qualquer dia - sorri para ele e dei as costas o deixando com cara de taxo.

Luciano que nos encarou todo tempo com uma cara nada boa sorriu quando dispensei ele. Para relembrar os velhos tempos ele decidiu ir com Júlio e Arthur até um bar onde o pessoal se encontrava depois do jogo avisando meu irmão que depois se virava para ir para casa. Bartira almoçou com a gente e eu acabei segurando vela enquanto os dois trocavam carícias no meio da praça de alimentação. Depois de algum tempo ela se despediu prometendo nos ver a noite. Era hora de começar a transformação no meu irmão.

- Mano, o que tu acha dessa camisa? – Perguntou meu irmão fazendo pose depois que saiu do provador, dei uma conferida, meu irmão parecia um molecão.

- Boa, mas acho que te deixa com cara de moleque, experimenta essa aqui que eu vou ver se consigo uma camisa igual àquela da vitrine – ele fez cara feia, mas pegou a camisa.

- Tu é chato, eu gostei dessa – ele resmungou.

- Tu pediu minha ajuda, deixa de ser fresco... – devolvi o resmungo.

Guilherme tinha um gosto próprio, ele gostava de andar que nem um cowboy moderno, mas lembrei que no Sul não se tem uma cultura voltada para rodeios, então decidi dar um toque mais urbano e despojado nele usando sua rotina e cotidiano. Depois de algumas peças de roupa chegamos a um resultado.

- Gostou? – Guilherme se olhava pelo espelho, camisa social preta, calça jeans básica azul e cinto, sim ele estava lindo e eu rezava para ele ficar satisfeito, já tínhamos rodado o shopping todo e perdido a manhã e metade da tarde andando de loja em loja.

- Muito...do campo, mas da cidade também, tu gostou? – Perguntou todo inocente.

- Sim... – sorri.

- Eu estou contemporâneo... – disse ele se encarando pelo espelho, algumas mulheres que estavam na loja olhavam para meu irmão com cobiça.

- Isso mesmo... – assenti – as mulheres vão pular em cima de você, tu está gato demais mano – ele sorriu ficando sem jeito.

- Eu só quero que uma mulher pule em meu colo – ele disse isso com um pesar, mas não deixei ele ficar chateado – queria que ela me visse com essas roupas... – disse com pesar, mas tratei logo de concertar a situação.

- Ela vai pular em você com o perfume que ela me disse gostar e que nós vamos comprar para você usar... – ele sorriu, mas ainda estava chateado – Gui, para que ela precisa olhar se ela pode te apalpar, não seja um babaca egoísta, a Bartira pelo que conversei com ela vive muito bem, e digamos que ele me confessou que prefere você nu – ele gargalhou.

- Você tem razão, para que eu quero que ela me veja com roupas, ela pode me apalpar sem elas, vai ser mais interessante e gostoso – disse piscando para mim – aliás, você já provou, lembra?

Compramos algumas camisas sociais, gola polo, camisetas de malha, regata e suéter pois logo o frio chegaria na serra, cintos, meias, cuecas e bermudas e 4 calças jeans que meu irmão adorou e resolveu levar e ainda me fez escolher algo, mas ao declinar ele ficou chateado e então aceitei uma camisa verde escura, cor essa que sempre gostei.

Coração FeridoOnde histórias criam vida. Descubra agora