Capítulo 5

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Mike passou três dias sem nem ao menos ter visto Laura. Nem de relance.

Por isso ele não esperava. Achou que tinha estabelecido a paz entre os dois desde aquele dia do jardim e se surpreendeu por ela não ter o visitado ele no jardim no dia seguinte, e no seguinte ao seguinte e, aparentemente, nem no seguinte ao seguinte do seguinte.

Ao longo desses dias Mike havia recebidos muitas visitas, em cada uma ele inconscientemente esperava que fosse a menina que só sabia dar patadas nele. Mas em todas as vezes nunca era ela que surgia pela porta, e sim uma alguma menina animada (e muito obstinada) por saber alguma coisa, qualquer coisa sobre ele. Estava claro que essas meninas não tinham muito contato com homens e também estava claro que ansiavam por isso com muito ardor.

Mesmo não sabendo muito de homens (bom, isso era uma suposição dele) elas já agiam como todas as outras mulheres que ele havia conhecido. Pareciam que elas já nasciam programadas a fazerem as mesmas coisas, mas aparentemente, Laura não estava nesse tipo de programação, talvez fosse isso que chamava a atenção dele.

Quando concluiu esse pensamento, ficou estático.  Espera ai, chamar a atenção dele? Era melhor ele parar com essa linha de raciocínio alucinógena e se concentrar em seu trabalho.

No jardim tudo ia relativamente bem, já tinha retirado toda a vegetação anterior e havia plantado alguma das novas mudas. Ao limpar todo aquele mato que Laura insistia em dizer que era o jardim dela, achou realmente algo interessante, em um cantinho distante dispostas ordenadamente em um canteiro havia algumas tulipas vermelhas, muito bem cuidadas. Não esperava que ali houvesse flores tão nobres.

Tulipas eram uma de suas flores preferidas dele, e pelo visto, de Laura também. Seu colorido exótico trazia alegria a qualquer ambiente, e pelo que parece, Mike achou que as flores eram boas o bastante para fazer parte da ornamentação do pátio central do jardim. 

O trabalho com as mudas já estava concluído só faltava aguardar para que elas florescessem. A partir do dia seguinte Mike se dedicaria a parte arquitetônica do ambiente como o pátio central, a disposição dos bancos e os caminhos de pedra. Havia trabalhado nos desenhos desse projeto intensivamente durante todas as noites da semana.

Foram sete dias de trabalho duro ao total em que Mike dormia tarde da noite e acordava a primeira hora da manhã para aproveitar cada minuto do sol e se dedicar ao jardim completamente. Bom, quase. Certas vezes enquanto ele estava compenetrado em selecionar as melhores mudas e colocá-las nos lugares certos, aparecia em sua mente a imagem de Laura naquela ultima vez que a vira. Agradecendo a ele.

Mas agradecendo pelo que afinal? Ele na verdade não pudera ajudar em nada.

Na hora ele podia até ter perdido a paciência com os chiliques da menina, mas quatro anos sem ver a avó merecia um chilique até maior do que aquele. E pelo que Mike tinha ouvido falar, sua avó era a única família que Laura tinha viva.

Ele não tinha exatamente ouvido falar, a verdade era que em meio a tantas visitas de tantas alunas ele começou a sutilmente sondar algumas delas sobre Laura. Ela podia não ser amada no Colégio Santa Tereza, mas, definitivamente era conhecida, assim como grande parte da sua história também. Que agora passara a ser do conhecimento de Mike.

Deixando (mais uma vez) esses pensamentos de lado e se concentrando no trabalho... Tinha que ir ao gabinete da diretora mostrar os projetos para o jardim e ver se a Madre Superiora aprovava.

***

Para Laura a semana foi mais irritante que o normal. Já que aparentemente as meninas do colégio tinham um novo galã pelo qual suspirar. E dessa vez não era o Brad Pitt nem o Patrick Dempsey. Era Mike Levine, o jardineiro de luxo.

Pelo que conhecia dele, a essas horas ele deveria estar bem pomposo rodeado de menininhas disputando sua atenção. Estava certo, não conhecia nada dele, mas pelo visto (e pelo entreouvido nas conversas das meninas) era assim mesmo que a situação estava.

Às vezes ela se autoreprimia por estar tão desagradada com a nova moda do colégio. Esse comportamento eufórico das meninas passaria dentro de duas semanas, assim como aconteceu com Jude Law e os outros ídolos das meninas. Mas o que realmente a desagradava era que o senhor “planejador de exteriores” era  grosseiro com ela. Enquanto com as outras meninas ele era: “Ai como o senhor Levine é simpático!”, “Nossa ele sorriu pra mim” e “Oh! Ele me prometeu uma flor”.

Mas grande parte da sua irritação era consigo mesma. Não deveria ter sido tão grossa com ele quando ele tentou ajudá-la, muito menos deveria ter contado detalhes íntimos da sua vida quando ele foi grosso com ela. Não era culpa dele querer distância de uma desequilibrada. E era exatamente assim que ela agia perto dele.

Ao ouvir seu nome ser anunciado no alto-falante da sala de aula  despertou de seus devaneios. Estava sendo chamada na diretoria. E pelo tom da voz microfonada que anunciava, esse não era o primeiro chamado.

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Ok, ok! Voltei! Fiquei muito feliz porque recebi um voto(???) Uma estrelinha(???) Não sei como chama, mas sei que gostei, logo, voltei. A culpa é da estrela, rs. E também um pouco das férias que estão chegando e eu pretendo engatar nas postagens aqui. Porque eu não sei porque mas eu amo TANTO esse tal de wattpad, queria ser mais inserida nesse meio... Vou ficar aqui tentando me inserir até enjoar ou até ser brutalmente rejeitada. 
Espero que não me ocorra nenhuma das duas opções, me ajudem :)))

AgridoceOnde histórias criam vida. Descubra agora