Aproximação

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   Sábado 19 de Novembro, Gabriela andava pela casa inteira esperando uma maneira de agir com naturalidade, ela havia conseguido convencer Alicia de sair com ela, logo uma estranha.
  Pensou em falar com Lucia, ligar pra Samuel fazer a polícia ficar de olho se o irmão era maníaco, a irmã poderia ser também.
"Calma Gabriela, você está mais perto que nunca de conseguir oque deseja, é só mais um pouco"
   Gabriela havia deixado umas roupas em cima da cama, na intenção de escolher a mais discreta possível, não queria chamar tanto a atenção de Alicia, não agora. Sua mãe estava na sala e a todo momento chorava horrores por conta do fim do casamento, ela ainda tinha esperanças que eles voltariam.
   -Filha? Vai sair?
-Pretendia, mas ainda não sei mãe, como você está se sentindo hoje?
-Péssima, não to mais suportando, você podia ligar pro seu pai pedir pra ele vir aqui, conversar comigo que seja. Só não sumisse assim.
-Mãe, tenha calma, deixa o tempo dele. Ta sendo melhor assim. Olha as coisas vão melhorar pra vocês dois.
-Espero. Pode pegar pra mim meu remédio pra dormir?
-Mãe tem certeza que quer viciar nessas merdas?
-Por favor filha eu só preciso dormir.
-tudo bem...
  Toma, e cuidado tabom eu te amo.
  Monique tremia muito ao pegar o copo com água da mão de Gabriela oque fazia ela pensar ainda mais em sair.
  Ela só não podia desistir não agora. Correu pro banheiro e foi tomar um banho, Gabriela deixava a água cair sobre seu rosto tentando aliviar a tensão, ela estava nervosa sabia que estava correndo riscos, mas precisava disso como nunca, era como se seu corpo pedisse por perigo, deseja se isto.
  Ao sair do banheiro viu sua mãe indo para o quarto, usava um vestido florido bem velho.  Ela nunca havia visto sua mãe daquela forma, sempre tão vaidosa, um calafrio sobe sobre sua nuca. "Ela vai superar"
    No quarto em pé sobre a cama, olha todas as suas roupas decide por um vestido preto, justo nos seios e solto abaixo da cintura, coloca um sapatinho nem alto nem baixo, também preto, e o cabelo prefere deixar solto, ao se maquear troca de batom umas três vezes.
-Sem chamar muito a atenção Gabriela.
  Olha mais um pouco a sua imagem que por segundos aparece ela ali no passado, Com seu corpo nu inteiramente cortado. Com o susto deixa seu celular cair no chão.
-merda, merda, merda! Funciona
O celular estava inteiro foi só o susto.
-Agora está começando.
Desce as escadas, e decide dar dois gritos por sua mãe, que apagada não responde, as chaves do carro estava sobre a mesinha de centro, Gab da uma olhadinha de canto e decide pegar não vai beber muito, chegará com o carro inteiro.
    No caminho Gabriela coloca uma música pra relaxar, aliviando seu suadouro. Decide então cantar o mais alto que podia as ruas estavam sempre escuras e vazias, raramente passava carros, Gabriela então para o carro em acostamento e decide checar o GPS.
-Falta pouco.
Liga o carro anda umas duas quadras e chega enfrente a casa de Marcos, o frio na barriga de Gabriela faltava faze la vomitar.
-Droga ele era o cara com a faca no peito eu não estava surtando.
  Pega o celular e manda um SMS para Alicia que rapidamente abre a porta da frente, já estava esperando por ela. Sai com uma mine saia jeans e uma blusinha branca. Simples porém ousada e extremamente provocante, Gabriela percebe que ela da um tchausinho para alguém oque já imaginava que era para Marcos, Alicia vai em direção ao carro quase que olhando tudo ao redor, claro podia achar que seria alguém aprontando alguma. Sem que Gabriela pudesse se mexer de nervoso, Alicia abre a porta do passageiro.
-Oi, finalmente alguém pra me levar a algum lugar.
-Oi, é.
-Está branca menina? Passou algum apuro?
-É só que peguei o carro escondido da minha mãe e ela é louca por este carro.
-Ah garota essa é das minhas, fica tranquila caso você saia da casinha eu dirijo pra você.
-Tudo bem, não pretendo sair.
-Boa porque eu sim.
-Boa Alicia se segura vamos ter uma noite louca.
-Ai sim. Estou tão ansiosa pra sair dessa prisão que vivo.
Com habilidade Gabriela faz o balão do carro, ajeita o retrovisor e com um suspiro partem em direção a uma boate, bem conhecida na cidade.
Gabriela era menor de idade ainda mas foi ex namorada do dono da Boate, ele sempre permitia que ela e Lucia visitassem o local.
-Você disse que mora em uma prisão mas, não é a irmã mais velha?
-Ah, sou sim. Mas sabe me envolvi com um homem casado o qual ele me ajuda, basicamente me proibiu de sair sozinha. Um saco né? Mas por dinheiro a gente acaba engolindo. Meu irmão ele é um doce, jamais me prenderia de propósito.
-Homem casado? Olha você daria bem certo com uma amiga.
-A lucia?
-Como sabe?
-Bom faz um tempo que ela não visita a Marcos, mas ela sempre falava de você. Por que acha que aceitei sair com uma estranha? Porque de fato estranha você não era mais.
-A Lucia é uma comédia.
-Sim é.
-Falou pro seu irmão com quem sairia?
-Não, só disse que ia dar uma volta com uma amiga nova. Acho que ele acredita ser com o tau homem que eu saio.
-Entendi. Preparada pra noite?
-Sim gata. E como.
-Vamos nos divertir muito eu prometo.
-Acredito que sim.

  Em 20 minutos as meninas chegam a Boate, Gabriela entra logo, Alicia fica na porta mostrando os documentos, e bem que Gab percebeu que ela ja deu umas boas encaradas no segurança gostosinho da entrada.
   Fazia algum tempo que Gabriela não saia e pretendia hoje se divertir, começando a se aproximar de pessoas que Marcos ama ja era uma boa vitória, Alicia era ingênua e parecia ter um coração bom, embora fosse meia viciada em sexo, Gabriela pode perceber isso nos olhos dela, o jeito que ela olhava os homens e quem fosse que chegasse primeiro ela daria um jeito de levar pra cama. Não podia julgar, hoje ela
Pretendia fazer o mesmo.
   -Gabriela que lugar incrível.
-Gostou?
Falavam uma sobre o ouvido da outra o barulho da música era bem alto.
-Sim, quanto homem lindo. Francamente se eu soubesse teria vindo a muito tempo.
-Gosta de que bebida?
-Qualquer uma com muito álcool.
-Vou buscar pra gente pode esperar aqui?
-Sim, vou aproveitar bem a estadia.
-Calma, a noite só está começando.

Gabriela vai até o bar, e pede dois Mojitos.
-Bem caprichados por favor.
-Pode deixar, moça.
-Obrigada.
Um homem então encosta ao lado de Gabriela, olhando de canto de olho ela percebe, é um homem atraente mas não o suficiente pra desviar sua atenção do homem que fazia os drinks. 
  Levando os drinks, vê Alicia ja com uma galera. "Como faz amizade fácil essa menina"
-Gabriela você demorou.
-Desculpe, havia alguns copos na frente do nosso, tó pegue o seu.
-Obrigada, olha consegui cia até você chegar.
-Percebi, podemos ir dançar?
-Sim.
Com um gesto Alicia se despede das pessoas que estavam ali com ela, no meio do salão as
Duas começam a dançar como se não ouve-se amanhã, oque Alicia não percebia é que Gabriela estudava tudo oque ela fazia, desde o modo que ela arrumava o cabelo ao jeito que encarava alguém.
   Gabriela não era uma pessoa ruim, não por enquanto.
   Alguns homens, bem vestidos e cheirosos, chegaram nelas, diziam ser irmãos aos poucos bebida não faltava, a festa foi ficando vazia e elas permaneciam com os dois garotos. Gabriela não era boba sabia oque eles queriam, e conforme eles iam dando bebida disfarçadamente jogava fora, ja Alicia bebia tudo e mais um pouco, aparentemente bêbada, Gabriela decide levar ela pra casa, os homens insistiram pra ficarem mais um pouco. Gabriela bem que desejava um dos rapazes a ponto de imaginar várias vezes seu corpo em cima do dele, mas sabia que precisava levar Alicia embora. Quanto mais amiga fosse dela, mais fácil seria pra concluir seu plano.
  Despistando os Garotos, Gab leva Alicia sobre os ombros, o segurança por algum motivo decide ajudar a leva la até o carro.
  -Obrigada, foi gentil de sua parte.
-Fala pra sua amiga não exagerar na bebida, não devemos confiar nos homens que frequentam este lugar.
-Fica tranquilo, estarei sempre de olho.
Gabriela então acena e entra no carro, com a cabeça girando pouco, mas girando liga o carro da uma olhada em Alicia e percebe que ela dormiu.
-Merda como vou descer ela do carro e levar até a sua casa sem que Marcos me veja?
Era umas 04:30 Am. Entraria em silêncio e a deixaria no sofá. Pensando nisso foi em direção a casa de Alicia.
    Chegando na porta com Alicia nos braços Gabriela começa a sentir fraqueza, quase derrubando a garota no chão então, pega a bolsa dela e recolhe as chaves, tenta umas três chaves e encontra a certa, abre a porta e se apoiando na parede levanta Alicia que abre os olhos e se afirma em pé.
-Mark, cheguei!
-Não alicia fica quieta por favor.
Gabriela escuta um barulho vindo do segundo andar e joga Alicia no sofá. Corre tão rápido que chega ao carro quase tendo um ataque do coração, liga e vai embora.
Chegando em casa, olha a sua mãe que dormia do mesmo jeito de quando ela saiu, fecha a porta corre pro banho, sai e dorme praticamente nua.
-Calma Gabriela falta pouco, muito pouco.

***

Entre ele e o caosOnde histórias criam vida. Descubra agora