Reatando

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Gabriela, Lucia e Samuel estavam no hospital se despedindo de Bianca, ela havia levado alta, e iria ir embora da cidade. Seus pais haviam dado notícias e se mostraram extremamente preocupados, uma tia de Bianca decidiu intervir e veio busca-la para levar para sua casa cuídala, a casa de Bianca foi alugada para um casal de última hora, todos concordaram para ela não retornar para lá até tudo se resolver.
-Obrigada Gab e Samuca pelo que fizeram por mim, principalmente você Gab eu não esperava que fosse me receber em sua casa, claro Luci a gente ja se desentendeu muitas vezes e também agradeço por ter ficado aqui.
Bianca ainda com os braços cheios de furos abraça a cada um deles.
-Que isso Bia sabe que se precisar estarei aqui.
Gabriela então pega uma bolsa que estava no chão ao lado do leito de Bianca, estava cheio de roupas dos dias que ela ficou ali. A tia de Bianca estava assinando os papéis da alta e já aguardava com o carro na frente para irem embora quando retornou para agradecer.
-Não sei como agradecer a vocês por terem acolhido tão bem minha menininha, agora eu não vou mais soltar ela.
-Não foi nada, minha mãe foi um anjo trazendo ela para ca.
Samuel evitava a todo custo olhar para Gabriela, e ela estava agindo da mesma maneira. Lucia fingia que não mas percebia calada.
-Sua mãe salvou minha sobrinha e vocês deram todo o apoio que ela precisava, novamente obrigada.
Carla tia de Bia ia saindo com as bolsas e levando para o carro, Bianca olha a todos e da um aceno, e claro dando um jeito de provocar porquê era a marca registrada dela, fez sinal de casal para Gabriela e Samuel que ficaram rindo sem conseguir esconder de Lucia.

-Bom Gab, vou com Samuel para casa quer ir também? Sinto falta de como a gente era...
-Luci, adoraria mas minha mãe me pediu pra ajudar com umas coisas, eu ainda não entendi oque é.- Gabriela diz colocando o cabelo de Luci para trás da orelha.
-Bom tudo bem. Me liga se alguma coisa acontecer?
-Sim.
-Vamos Samuca?
Lucia segurou na cintura de Samuel o levando para fora, que com um aceno deu tchau para Gabriela.
-Sempre achei que meu filho ficaria era com você Gabizinha.
-Dona Célia que susto.
Célia havia aparecido ao lado de Gabriela observando seu filho e Lucia saírem pelos corredores.
-Uma pena terem escolhido diferente.
-Que isso, Lucia sempre foi apaixonada pelo seu filho, eu era só a distração.
-Bom, eu estou sempre aqui no hospital plantão em cima de plantão, e posso afirmar Samuel só estava vindo visitar Bianca por sua causa.
-Para com isso a senhora não sabe oque fala, Lucia vinha também.
-Menina ela vinha porquê ela sabe que está ameaçada, mulheres conhecem umas as outras, Lucia não suportava a menina que estava aqui, acha mesmo que era por ela?
-Bom tenho que ir minha mãe me espera, beijos se cuida e... Obrigada mesmo por tudo oque fez por mim e por Bianca.
-Se cuida Gab.
Gabriela saiu do hospital indo em direção ao ponto de ônibus, fazia dias que o sol não brilhava com força, estava calor. Com os braços a mostra Gabriela ficou no sol queria sentir o calor entrar em sua pele, a quanto tempo não sentia isso era tão bom.

-Filha, chegou?
-Oi mãe. Ainda não foi ao trabalho?
-Não hoje vou ir só se for necessário me dei folga, e Bianca como está?
-Levou alta e foi morar com a tia, espero que agora ela tome jeito.
-Esperamos, estou feliz que você tenha ajudado essa moça, penso que se fosse você...
-Mãe, não vamos falar disso.
-Eu ia me sentir tão bem se soubesse oque se passa na sua cabeça.
-Nem queira mãe, é uma bagunça.
-Filha tem falado com seu pai?
-As vezes por mensagem.
Monique chega próximo a Gabriela e mostra a aliança novamente no dedo.
-Como assim mãe, oque é isso?
-Bom conversamos e yasmim a mulher que seu pai tava traçando...
-Ai mãe que horror falar traçando.
-Ué minha filha, bom, ela traiu seu pai com o vizinho, na verdade ele já sabia e enfim ele quer voltar pra casa.
-Gente aquele mulher tão educada! Difícil até de acreditar.
-Sim, pois é. Seu pai volta para casa.
-Mãe isso é muito bom.
As duas se abraçaram e sorriram.
Gabriela vai até o som que havia na sala e liga o mais alto possível, músicas que faziam elas dançarem, era animador saber que seu pai estava regressando para casa, no fundo as coisas estavam aos poucos voltando ao normal, quer dizer quase.
-Vem mãe, vamos comemorar.
A alegria das duas eram contagiante, por longas horas mãe e filha ficaram mais juntas doque por toda uma vida.

Gabriela foi ao seu quarto cansada de badalar com sua mãe, que continuava lá embaixo dançando e bebendo vinho.
Ela deita sobre a cama e um sorriso verdadeiro sai sobre sua boca, Gabriela então segura a pelúcia que ela tinha desde criança e a abraça com força. Ter seus pais juntos e em casa era algo sim para se comemorar.
Ela sentia falta de seu pai, eram muito apegados, com ele em outra casa se afastaram muito.
-Está vendo Buggle as coisas estão se acertando, só falta duas coisas agora para que eu possa seguir minha vida em paz e voltar a ser como eu era.

***

Entre ele e o caosOnde histórias criam vida. Descubra agora