Harry e Anna conseguiram superar todas as dificuldades e ficaram juntos no final de "Little Things". Eles se formaram, passaram um ano viajando pelo mundo e depois se mudaram pra Nova York, onde Anna começou a faculdade de medicina e Harry continuou...
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ANNA
Acabei de sair da sala de aula e vou correndo para casa abraçando a mim mesma e quase morrendo de frio. O mês de dezembro, em Nova Iorque, é lindo com todos os enfeites de Natal e muita neve, mas é praticamente impossível andar pelas ruas sem congelar alguma parte do corpo. E, nesse momento, eu sinto o meu nariz ser a parte escolhida. Ando rápido pelas ruas e em quinze minutos chego ao apartamento. São quase seis da tarde, então Harry ainda não deve ter chegado do trabalho, porém não deve demorar.
Nós estamos bem desde aquele jantar na semana passada. Não conversamos sobre o nosso relacionamento, mas o Harry se abriu comigo e falou mais do que eu achei que ele seria capaz de fazer. Desde então, temos tentado voltar a ser como antes, embora seja palpável que existe alguma coisa nos travando, entretanto eu acho que vamos conseguir. Eu tenho ficado mais atenta às necessidades do Harry e tenho feito de tudo nessa semana para arrumar um tempo pra ele nem que seja para apenas abraçá-lo e dormirmos de conchinha. Ele, por seu lado, não saiu com os garotos nesse período e tem sorrido mais.
Subo correndo as escadas e sinto um enorme alívio ao entrar em casa e descobrir que não esquecemos de ligar o aquecedor, graças a Deus! Ainda bem que o Harry sempre pensa nisso porque eu ando com a cabeça muito cheia com as provas finais e ainda com essa nova preocupação de fazer nós voltarmos a ser como antes. Isso tudo está me deixando meio fora de órbita.
Deixo as minhas coisas na sala e vou tomar um banho para me aquecer. Vou esperar o Harry chegar, pedir pizza e depois de comermos eu vou estudar até a madrugada. Hoje, eu tenho que estudar para as minhas últimas provas finais que acabam na sexta-feira, depois eu tenho apenas mais um plantão de 24 horas que começa no sábado à noite e termina no domingo de noite e, enfim, eu posso ir para Vancouver com o Harry para o Natal.
Estou saindo do banho com o meu pijama de flanela quando escuto a porta se abrir e o Harry entrar em casa. Ele está adorável com os cabelos presos dentro de uma toca, o nariz vermelho pelo frio e aquela ruga de contrariedade entre as sobrancelhas que deve ser destinada ao frio lá fora. Ele fecha a porta e me vê, logo mostrando o seu sorriso largo e em seguida vem até mim. O mesmo me dá um selinho na boca e sinto como seus lábios estão gelados o que faz nós dois rirmos.
-Caralho, babe, que frio faz nessa porra de cidade! -Ele pragueja tirando as luvas e esfregando uma mão na outra. -Esse cacete de lugar é mais frio do que o polo norte, que merda! -Ele continua usando todos os palavrões que conhece enquanto tira o sobretudo.
Harry termina de amaldiçoar o clima e suspira fundo me dando um de seus sorrisos maravilhosos e vindo para perto de mim de novo. Ele me abraça e me dá um beijo na boca para valer agora.
-Oi, babe, como foi o seu dia? -Ele pergunta rindo com a voz solene. -Antes que pergunte, o meu foi uma merda porque as pessoas estão no clima natalino e insistem em ficar mais chatas do que nunca. Eu vou pedir as minhas férias no natal no ano que vem.