Harry e Anna conseguiram superar todas as dificuldades e ficaram juntos no final de "Little Things". Eles se formaram, passaram um ano viajando pelo mundo e depois se mudaram pra Nova York, onde Anna começou a faculdade de medicina e Harry continuou...
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ANNA
-Vamos, Anna, coloque um sorriso no rosto! -Steve fala me sacudindo pelos ombros e eu sorrio amarelo tentando parecer animada, mas já acho que foi uma péssima ideia ter vindo nessa boate com eles.
Steve desiste de mim e me dá um beijo no rosto, dizendo que vai ao banheiro enquanto Brian ainda fica ao meu lado, sorrindo e bebericando seu drink.
Hoje é sábado e eu cheguei em Nova York na terça-feira, depois de passar um mês em Boston. Ando me sentindo muito mal, mas tenho certeza de que é emocional, pois estou com a cabeça e mil por causa de todos os compromissos com a faculdade e o problema com o Harry, que por mais que eu tente não sai da minha cabeça.
Não falamos sobre nós nenhuma vez nesses mais de 30 dias. Aliás, as únicas vezes que nos falamos foram por mensagens, mas apenas sobre coisas irrelevantes do nosso apartamento e de Anne e Robin, que adiaram sua vinda aos Estados Unidos porque ele quebrou o pé.
A cada vez que ele me mandava uma mensagem, meu coração dava um salto de esperança achando que ele finalmente ia tocar no assunto de resolvermos as coisas quando eu voltasse, mas ele nunca fez. Nem mesmo quando voltei na terça e mandei uma mensagem dizendo que estava de volta. Eu achei que ele ia aparecer lá em casa, mas novamente ele não o fez.
Vendo meu estado deprimente, Brian praticamente me obrigou a sair com ele e Steve hoje, pra ir a uma boate nova que abriu em Manhattan e que segundo eles "está bombando".
Não me senti nem um pingo animada com a ideia e me sinto menos animada ainda agora que estou aqui, recostada no balcão e tomando um drink exótico e muito doce, que quase me fez enjoar de novo. Pensei em me embebedar pra ver se esquecia meus problemas, mas meu estômago não se animou com a ideia e acabei desistindo.
Deixo o copo sobre o balcão do bar e peço uma água, desistindo até mesmo do drink, porque sinto que posso vomitar a qualquer momento se continuar insistindo em beber algo alcoólico.
-Ei, Anna! -Brian me chama a atenção e eu desvio meu olhar da multidão frenética que dança animada ao som de músicas eletrônicas estupidamente altas. Eles parecem felizes e se divertindo. -Quer dançar? -Ele me pergunta, balançando as sobrancelhas pra cima e pra baixo.
-Não, amigo! -Eu respondo, sorrindo sem vontade. -Mas fique a vontade, Steve já deve estar voltando do banheiro e vocês vieram aqui pra se divertir e não pra ficar fazendo companhia a uma garota com um coração partido. -Eu digo, batendo no ombro dele e apontando a pista de dança.
Brian suspira fundo e pega o celular, digitando nele rapidamente, e depois me puxa pela mão antes que eu possa reclamar. Eu acho que ele vai me levar pra pista de dança, mas ele passa comigo pela multidão de pessoas dançando e me leva pra área externa, onde a música não é tão alta e podemos conversar. Ele se recosta na grade, de onde podemos ver grande parte de Manhattan a noite, e me olha sério.