Harry e Anna conseguiram superar todas as dificuldades e ficaram juntos no final de "Little Things". Eles se formaram, passaram um ano viajando pelo mundo e depois se mudaram pra Nova York, onde Anna começou a faculdade de medicina e Harry continuou...
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ANNA
Assim que Harry sai de casa, eu me sento no sofá e começo a chorar sem parar. Coloco as mãos sobre o rosto e as sinto molhadas das lágrimas as quais eu não consigo impedir que saiam dos meus olhos. "O que houve? O que houve comigo e com o Harry?" Eu achei que nós já tínhamos superado essa fase das brigas cheias de gritos e acusações e, nem mesmo naquela época, eu imaginei que ele simplesmente iria dormir fora de casa.
Ele estava tão magoado, tão ferido, e a culpa é, em parte, minha. Eu devia ter prestado mais atenção a essa coisa sobre a viagem de Natal, mas naquela noite eu estava tão triste e ansiosa com a nossa situação que não me liguei no dia que ele disse que íamos viajar. Pelo seu lado, o Harry está com os nervos à flor da pele e pisando em ovos com a gente, por isso se estressou por causa dessa minha falta de atenção. Antes, quando estávamos bem, ele teria a segurança para rir disso tudo e remarcar as passagens, contudo não agora. Agora ele acha que isso aconteceu porque eu não o amo mais, que não presto mais atenção a ele.
Me deito no sofá, como uma bola, e choro sem parar, pois não sei o que fazer pra que voltemos a ser como antes. Os espaços entre nós parecem ter crescido tanto que eu não sei se posso mais alcança-lo, mas eu quero alcança-lo. Eu o amo e não quero me separar dele, eu quero seguir os nossos planos de nos casar e termos filhos. Já passamos por tanta coisa juntos, por que agora não conseguimos dar o primeiro passo pra resolvermos as coisas? Agora que finalmente conseguimos estabilizar a nossa relação, que o Harry tinha se estabilizado psicologicamente, isso tinha que acontecer? Quem vai ser o primeiro a dizer adeus? Porque sinto que isso está quase acontecendo e eu não sei o que fazer pra impedir.
O meu celular começa a tocar insistentemente e eu me levanto correndo pra ir pega-lo no quarto, pois pode ser o Harry, mas eu me decepciono ao ver que é a Trish. Penso em não atender, porém eu preciso muito de uma amiga agora, então eu deslizo a tela pra atender.
-Oi, amiga. -Atendo com a voz chorosa e ela para a frase no meio suspirando profundamente.
-O que houve, Anna? -Ela pergunta preocupada. -O que está acontecendo, amiga?
-É o Harry. -Digo indo até o sofá e me sentando. -Nós não estamos bem e... Eu não sei o que fazer. Eu não quero perde-lo! -Termino soluçando.
-Calma, Anna. Onde ele está agora? -Pergunta brava. -Se eu pudesse, ia para Nova Iorque cortar o pau desse filho da puta lunático, que merda! Eu achei que ele estava bem, ele está bem a tanto tempo. -Ouço o barulho de pratos sendo mexidos.
-Trish, a culpa não é dele. -Defendo-o. -A culpa é minha também. É mais minha, eu acho. A verdade é que eu ando muito ocupada e não estou sabendo levar a faculdade e o Harry. E ele não está bem com a minha falta de atenção, eu vou te contar tudo.
-Então me conta. Eu sei que não sou lá uma boa conselheira amorosa, mas eu posso ver as coisas de fora e tentar te ajudar a resolver as coisas com esse homem cabeça dura que você escolheu. -Ela diz tentando fazer piada, mas não funciona.