Spaces [Harry Styles Fanfic]

Capítulo 27 - Trégua

ANNA

Depois que o Dr. Malcon saiu e eu resolvi dar um voto de confiança pro Harry, pra que ele volte pro nosso apartamento e me ajude nesse período, estamos numa espécie de trégua.

Ainda não sei se tomei a melhor decisão, mas realmente preciso de ajuda agora e não tenho ninguém aqui em Nova York que possa me ajudar. Pelo nosso filho, vou fazer está tentativa, mas não penso em voltar pra ele, não depois que ele desconfiou de mim de novo e, principalmente, depois que ele transou com outra mulher somente pra se vingar de mim.

Porém, acho que devo ao nosso bebê ter uma gestação tranquila e principalmente pais que consigam conviver em harmonia. Se o Harry me mostrar que não pode segurar essa barra, então teremos que nos afastar pelo bem da criança.

-Quer que eu avise aos seus pais o que houve? -Harry me pergunta de repente e eu desvio meu olhar pra ele.

-Não, eu e o bebê estamos bem. -Eu respondo, me ajeitando na cama. -Já avisei aos meus professores que estarei impossibilitada de comparecer as aulas e plantões semana que vem, não quero que outras pessoas fiquem sabendo disso sem necessidade. -Eu digo, olhando pras minhas próprias mãos. -Depois, quando eu sair daqui e tudo, eu conto da gravidez.

Na verdade, não quero contar a ninguém que vim parar no hospital pra não ter que explicar tudo que aconteceu pra levar a isso. Estou cansada de relembrar minhas brigas com o Harry e quero que isso fique no passado. Não ajudaria em nada ficar explicando o que aconteceu pros nossos amigos e familiares.

-Tudo bem! -Harry diz, se ajeitando na cadeira.

Noto que ele parece exausto, pois está aqui desde ontem, sem sequer tomar um banho ou trocar de roupa. Ele foi apenas na cafeteria do hospital por alguns minutos, porque insisti que ao menos comece alguma coisa.

-Vá em casa, Harry. -Digo a ele. -Eu já estou bem e vou dormir daqui a pouco, você precisa descansar um pouco pra quando eu sair.-Digo, tentando sorrir.

-Eu estou bem, não se preocupe. -Ele diz, mas sei que é mentira.

-Vá no apartamento dos meninos, pegue suas coisas. -Eu continuo tentando convence-lo. -Depois, passe no nosso apartamento e tome um banho, coma alguma coisa, ainda estará aqui antes das nove da noite, pra passar a noite nessa poltrona horrível. -Eu brinco de novo e, desta vez, ele sorri largo.

-Ela é péssima! -Ele diz, se ajeitando de novo, mas parece não achar uma posição. -Pelo preço desse quarto deveriam pelo menos colocar uma poltrona descente. -Ele diz, sorrindo, e eu o acompanho.

Nunca consigo ficar com raiva do Harry muito tempo. Sei que deveria, mas basta ver ele sorrir que eu me esqueço de tudo de ruim que ele me fez. Eu o amo, sempre vou amar! Talvez por isso eu consiga passar por cima dos seus muitos defeitos e sempre ver as coisas boas nele, que também são muitas.