É oficial, eu e Salazar somos um casal!Namorados? Amantes? Peguetes? Não sei! Realmente não sei o rótulo que devemos ou não usar, mas depois da cena no colégio, as coisas ficaram definitivas entre nós.
Estávamos juntos, e isso era o que se tinha e era o que bastava.
Depois daquele dia que tinha tudo para ser uma tragédia escolar, Salazar fazia questão absoluta de sempre me dar a mão pelo corredor do Gordon, ou em qualquer outro lugar em que estivéssemos.
Como minha família sabia sobre nós, a mãe dele também parecia saber e não se opor e meus amigos mais próximos também, eu não me importava com as opiniões dos outros.
Com isso, passei a apreciar cada dia mais o nosso pequeno e simples gesto de compromisso. Parece nada, mas só quem é homoafetivo sabe o que representa andar de mãos dadas com o nosso companheiro em público.
Se você compreende isso, dá aqui um High Five!
Estava tudo lindo, tudo bem, tudo mais do que eu poderia sonhar, não fosse um pequeno detalhe que estava à todo o momento na minha cabeça.
Nós ainda não tínhamos transado.
Isso mesmo, nada de jogar um parmesão, fazer um gratino, virar os olhinhos, trocar o óleo, ou qualquer termo que você queira usar para se referir ao ato.
O caso é que nós sempre tínhamos oportunidades, fosse na minha casa, onde geralmente ficamos, na casa dele, ou até mesmo na casa de Mina.
Em tempo, preciso mencionar aqui que ela e Isaac já ultrapassaram eu e Salazar nesse quesito, e foi irritante ver o sorriso boboca daquele filho da puta cabeçudo.
Preciso deixar claro, entendam bem. Nós nos pegamos com vontade, ele sempre, sempre me chupa. E preciso dizer, que boquete meus amigos! Salazar devia dar aula, porquê caramba! O cara é muito bom no que faz, nasceu mesmo para chupar uma rola com maestria.
O grande problema, e que me faz ter mil pensamentos cheios de conflito, é que não passa disso, e bem, Salazar é o cara mais honesto da terra, e que fala o que pensa, doa a quem doer.
Então, analisem comigo. Se ele nunca fala sobre ir além, sobre ir até os finalmentes, talvez, ele não queira ir. Talvez, ele não tenha vontade de transar comigo.
Eu tentei ignorar esses pensamentos, juro, eu tentei. Mas quanto mais eu tentava não pensar a respeito, quando dava por mim, estava lá eu confabulando comigo mesmo sobre o tema.
Quando estavamos a sós, eu me pegava ansioso, imaginando:" Será hoje? Será agora?"
Mas nada, ele não fazia ou falava nada.
Comecei a ficar cada vez mais paranóico com isso, me perguntando se eu não era atraente o suficiente, ou se eu não estava sendo apressado e tarado demais.
Em um dia, depois da aula, fomos para a casa dele, fizemos um lanche, e subimos para o seu quarto.
Começamos a fazer a lição de casa, e como eu tinha bem menos do que ele, terminei primeiro e fiquei deitado em sua cama, jogando no celular, enquanto ele, sentado em sua mesa de estudos, continuava sua tarefa escolar.Foi então, que meus neurônios safados e cheios de hormônios, resolveram fazer o que fazem de melhor: Me perturbar em momentos de paz.
" Que tal você se insinuar pra ele Kevin?!"
" Vai lá Kevin, agarra ele!"
Sério, meu cérebro adora me sacanear. Mas eu sou trouxa o bastante pra quase sempre cair na pilha desses neurônios de merda.
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I Hate Apple! ( Romance Gay)
RomansaNão, eu não sou um adolescente que sofre bullying, eu não me acho feio, nem deslocado. Mas... bem, eu sou um gay dentro de um closet, porque armário é muito anos 90. Esse é meu relato sórdido e peculiar de como eu me apaixonei pelo ser humano mais...