Capítulo 5

540 63 56
                                    

Se gostou deixe a famosa 🌟 e comente.

Boa leitura! 


Adrien permitiu-se sentir um pouco confiante quando os amigos tentaram-lhe animar falando sobre a possibilidade de Kagami também não compactuar com aquela sandice armada pelos pais. Mas se entendia alguma coisa sobre os olhares de mulheres, e ele até que entendia, porque apesar de transparecer para os demais um ar de conquistar, tinha se envolvido com poucas e sempre sobre um disfarce, nunca em nenhuma das vezes ele foi verdadeiro sobre quem era e, por isso, seus envolvimentos resumiam-se em algo de uma noite, mas ainda assim ele sabia quando uma mulher corava pela sensação de querer ser desejada, pela aceitação e atração, ele, infelizmente começou aquele jogo com a peça errada, achou que ser atencioso o ajudaria a ter a compreensão da princesa, mas teve o efeito ao contrário, uma rosa para ele significava nada além de um ato de gentileza, pra ela resumiu-se a uma concordância silenciosa àquele acordo. 


Encontrar com Marinette não foi algo planejado, ninguém combinava um "encontrão" daqueles e só de lembrar disso o fazia sentir vontade de rir, só de recordar nos tropeços e na falta de costume com aquela situação... Aquilo o instigou, acompanhá-la até a cozinha, sentar ao seu lado foi apenas uma desculpa para passar mais alguns minutos com a jovem mulher de olhos de um azul intenso, uma cor tão única, como a água do mar ao receber os primeiros raios de sol, de um intenso brilho. Assim como foi claro como errou com Kagami, também percebeu que ela, Marinette, não era de nenhum círculo real nem mesmo como uma empregada, então decidiu naquele momento que descobriria o porquê dela estar ali e que Deus o ajudasse e Marinette tivesse mais senso que todas aquelas outras pessoas e escolhesse o lado dele, uma infiltrada, uma ajuda mais que bem-vinda.

Ele podia usar da expressão "chutar o balde" e sumir, deixar o pai naquela saia justa que ele mesmo provocou, mas não podia virar as costas mesmo diante de tal absurdo, então buscaria ajuda de todas as formas e sairia daquela condição sem nenhuma consequência, no seu íntimo implorava não só por nenhuma consequência política, mas também que nenhum coração fosse partido, pois jamais poderia se apaixonar por alguém diante de tal circunstância, era impossível porque ele não queria, não deixaria acontecer e não sentiu nenhum tipo de emoção ao olhar a princesa Kagami, nem mesmo a curiosidade de querer saber mais sobre ela, que parecia um reflexo das demais damas que eram apresentadas: elegantes e bonitas. Ponto. O que mais ele poderia dizer? Nada, esse nada era o suficiente para saber que seu coração não seria preenchido.
Afinal, o que aqueles olhos extremamente amendoados e castanhos poderiam revelar?

🏰

Marinette retornou para o quarto pensando naquelas três palavras: bom, justo e confiável.

Não importa o que aconteça, ele é bom, justo e confiável.  A fala de Luka mais parecia uma premonição, mas pra ela não poderia significar nada, provavelmente o incidente daquele dia seria o mais próximo que chegaria de Adrien, príncipe Adrien, ela frisou na própria mente, nunca foi difícil pensar em Kagami como uma princesa porque mesmo a considerando uma amiga, existia toda aquela aura real, mas aquele jovem homem parecia normal, dentro de roupas caras, ridiculamente dono de um sorriso cativante e educado, pensando bem ele também era um tanto principesco, porém ainda caloroso.  Balançou a cabeça para afastar tais pensamentos, nunca foi dada a reparar dessa forma em alguém, não faria agora diante do que tudo aquilo significava.

 Olhou para o pedaço de bolo que carregava e desistiu de seguir quando percebeu a porta do quarto de Kagami, respirou fundo e bateu duas vezes, em menos de um minuto a princesa apareceu abrindo a porta gentilmente e aguardou o pronunciamento de Marinette que pigarreou antes de oferecer o bolo.

Um Príncipe do NatalOnde histórias criam vida. Descubra agora