Alguns dias depois do tratado histórico, soldados Nardaks caminham armados pelas diferentes capitais do planeta Terra; nas demais cidades grandes foram montados pequenos postos que tem contato direto com o chanceler, que se mantém representado pelo general Takar, pois ele já havia voltado a Lefwetun.
Na casa de Asturia está ela sentada em seu sofá apenas com uma calcinha, segurando uma taça de vinha com uma mão e seu outro braço estava sobre o encosto do sofá. Ao seu lado estava a agente Meyer com uma lingerie que lhe apertava os seios voluptuosos parecendo que ia arrebentar; ela está com uma mão sobre a cocha de Asturia e suas pernas cruzadas olhando atentamente para ela.
— Você acha que fizemos a coisa certa?
— Não sei dizer, mas o nosso serviço fizemos e bem — Pega a taça de vinho que estava na mesa de centro.
— Acho que as medidas do tratado são abusivas; estamos sendo tratados com seres inferiores — Parece ser convincente com sua maneira de falar.
— O que quer dizer?
— Todas as medidas colocam o poder na mão do filho da puta do chanceler deles — Asturia coloca a taça na mesa e começa a bolar um cigarro de maconha.
— Sim, mas não haverá guerra.
— É... Mas a violência continua — Lambe a seda para terminar de bolar, olhando para a parede em sua frente.
— Dizendo assim, parece que o que fizemos não ajudou em nada.
— Bem... Me parece que essa é a realidade, mas temos que esperar para ver o que farão com Dimitre Nikolai — Dá uma forte tragada, após acender o cigarro de maconha e se ajeita no sofá.
— Acho que vão transmitir hoje o julgamento dele; quer ver?
— Pode ser, será ótimo para analisarmos suas intenções — Se levanta Asturia com seu cigarro de maconha e liga a TV da sala. Estava passando o jornal, com o típico casal de âncoras, por sorte, ela havia ligado bem no momento em que um deles estava dizendo:
— Agora vamos para nossa repórter no julgamento do sargento Dimitre Nikolai; vamos acompanhar ao vivo.
Quando muda a tela, um repórter de terno começa a descrever o local e o que haviam feito até agora, enquanto o câmera passa pelo lugar, deixando sua voz de fundo. Segundo eles, o sargento havia sido sentenciado a morte e os Nardaks não iriam perder tempo para começar a "cerimônia".
— Em instantes, neste local que vocês acabaram de ver, será o último momento do sargento que assassinou a sangue frio nosso Secretário de Estado — Diz o repórter de campo, dando um ar de mistério, para tentar cativar os telespectadores.
Sem aviso, passam soldados Nardaks pelo repórter, que dê um susto muda o assunto e começa a tentar tirar conclusões sobre o que poderá acontecer. Os soldados levam o sargento com um capuz preto sobre o rosto, colocam ele em um tipo de altar; um deles pega um faca e sem aviso a enfia na barriga do sargento; neste momento o repórter, que não esperava que tal coisa fosse acontecer entra em delírio e começa a falar sem parar, enquanto a barriga de Dimitre sangra vagarosamente.
Alguns minutos se passam, o jornal tenta por esse tempo fazer uma ligação entre os âncoras e o repórter de campo, que nao param de conversar sobre o acontecido. Volta um soldado, com o que parecia ser uma faca, se aproxima de novo sem aviso, o sargento que nem conseguia mais pensar e parecia estar desmaiado pela perda de sangue, ouve a chegada do soldado e levanta o rosto; de uma vez, aproveitando a levantada do sargento, o guarda arranca a cabeça dele.
O repórter começa a se desesperar e a câmera que estava focada no sargento, sai de foco e tenta mostrar outras coisas; Asturia desliga a tevê.
— Acho que eu estava certa — Dá uma tragada em seu baseado que lá estava na metade.
— Porque?
— Fazer isso que fizeram, ainda mais de uma forma pública, é sem dúvida uma forma de mostrar ao povo que não vamos poder contrária-los; passaremos a vida assim...
— O que podemos fazer para concertar isso? — Arregala os olhos a agente.
— Não sei... — Traga um pouco do baseado e vai soltando lentamente.
Asturia aproxima seu corpo ao de Meyer, seus lábios chegam próximos ao dela, aperta com uma mão a bunda da agente e a beija com os olhos fechados; ainda se beijando, elas se levantam e vai para o quarto.
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Terra colonizada
Science FictionUma história de relação entre colonizado e colonizador, mas com uma nova perspectiva