Na colônia, mais especificamente na cabine de Dak está, ele sentado em sua cama, pensativo, " tudo isso começou e quem eles estão matando não tem culpa alguma, o que eu poderia fazer para acabar com isso", ele se levanta para tomar um gole da água de um copo sobre a cabeceira. Ele volta a se sentar, " vou tentar falar com Takar. Será que o conselho sabe destas decisões do chanceler?".
Fronzela entra em sua cabine e sem dizer nada, se senta ao seu lado, toca levemente sua perna, seus dedos acariciam levemente sua cocha.
— No que está pensando?
— Não acredito no que está acontecendo — Vira o rosto para olhar em seus olhos. — Vou falar com o general sobre isso e caso ele não escute, vou mandar uma carta ao conselho.
— Mas o que?! — Se espanta ela. — Você não pode fazer isso. Se estiver errado vão declarar o fim de sua existência.
— Tenho que arriscar, eu não estudei essa sociedade para que eles a dominassem desta maneira! — Se afoba um pouco.
As mãos de Fronzela chegam à virilha de Dak. Ele percebe a intenção dela, mas não se mexe, continua paralisado e pensativo.
— Vamos?
— Está bem, depois disso irei falar com Takar. Isso não sai de minha cabeça.
Ela retira rapidamente o pênis de Dak de sua calça, envolvi seu corpo com as pernas e penetra. Eles ficam assim por alguns momentos e Fronzela sai, como se nada tivesse acontecido.
Dak sai logo depois a caminho da cabine do general Takar. Bate duas vezes, ela abre e aparece o general.
— Algum problema?
— Senhor, preciso falar com você. Posso entrar?
— Claro, porque não? Entre — Ele fecha a porta e Dak se senta em uma cadeira. Takar se senta na cama e espera que ele fale olhando atentamente seu rosto.
— Parece de mais isso de estarmos em guerra. Em meus estudos o ataque à colônia foi culpa de uma parte e não de toda a Terra.
— A sim, mas de que parte?
— Eu não sei, mas por meus estudos a cultura deles é diferente da nossa, nesse caso.
— Aaa... Mas nosso propósito aqui não é fazer amizade?
— Por quê?
— Volkar quer dominar um novo planeta e aumentar as riquezas do nosso. Ele pensa em todos nós.
— Porque não fui avisado que está missão era para isso?
— Porque ninguém poderia, era um assunto sigiloso até agora.
Dak se levanta, já pensando em ir preparar a carta ao conselho.
— Obrigado pelo esclarecimento — Ele sai da cabine e vai pra sua.
Dias depois o conselho chama para uma sessão o chanceler Volkar. Ele entra lentamente na sala escura, para no centro dela e diz:
— O que aconteceu?
— Bem... Queremos saber suas intenções em um novo planeta? — Pergunta uma voz em meio à escuridão absoluta.
— É... Me...
— Fale logo! — Grita outra voz, perdendo um pouco a paciência.
— É que queremos novos recursos naturais e sermos os primeiros a dominar um novo planeta.
— Interessante, mas suas intenções estão sendo contestadas por alguém lá na colônia — Diz uma das vozes tentando tomar uma decisão.
— Eu ainda não conheci essa nova população que vamos dominar, mas acho que devem ser grandes trabalhadores.
— Está certo, devido a suas intenções de bem com o nosso povo, decidimos que apoiamos a sua decisão.
— Obrigado e em alguns meses estarei lá para averiguar — Termina ele saindo da sala.
Voltando a colônia, Dak está deitado em sua cama sem entender. Ele havia acabado de receber a resposta do conselho de que iriam apoiar as intenções de Volkar. Muito pensativo, olhando para o teto, ele pensa, " continuarei tentando impedir está chacina, pois este povo poderia ser dominado sem nenhuma violência, com um acordo de paz. Por conta disso, continuarei tentando acabar com esta guerra."
Naquela mesma noite, Dak, que ainda tinha o contato com Gonçalves, fez uma discagem para seu celular do seu comunicador.
— Preciso da sua ajuda!
— Alô! Quem tá falando ai em latim?
— Sou eu Dak da colônia Nardak.
— Aaa... Já disse que não quero mais me meter neste...
— Preciso que me escute com atenção! Não posso falar por muito tempo. A causa da guerra que acaba de começar é uma mentira, nosso general não se preocupa com a morte de seu secretário de Estado, ele usou esse fato como desculpa para começar uma dominação sangrenta.
— O quê? Não consigo te... — O telefone fica mudo, Gonçalves se senta em seu sofá, sem acreditar no que havia escutado e muito pensativo.
Ele percebe que deve ligar para o FBI. Pega o celular e disca rapidamente. Não dá linha para a sede na Califórnia, ele tenta então, re-discar para a sede em Nova Iorque.
— Federal Bureal de Investigação, sede em Nova Iorque, no que posso ajuda-lo?
— Preciso falar com alguém sobre a guerra na Califórnia e a colônia Nardak.
— Senhor, acalme-se. Devido a recentes trotes sobre o assunto precisamos anotar todos os seus dados.
— Certo, sou o tradutor oficial e primeiro embaixador terrestre designado pela ONU, Gonçalves.
— A sim, senhor Gonçalves, tentarei passá-lo para o agente Mackenzie da NSA — Passam-se alguns minutos. — Não atende, nem dá linha. Tentarei passar a ligação para a agente Meyer.
— O quê há?
— Agente Meyer?
— Sim. Estamos com alguns problemas. Estou a caminho de Nova Iorque para conversar com a presidente.
— Preciso te contar, acabo de receber uma ligação de Dak, na colônia Nardak, ele disse que a morte de Eduard Hall foi uma desculpa e que a guerra era algo decidido desde a chegada deles.
— Não conte isso a mais ninguém. Isto é extremamente sigiloso. Falarei sobre o assunto com a presidente e os meus superiores. Muito obrigado.
— Estarei à disposição — A chamada se encerra.

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Terra colonizada
Ciencia FicciónUma história de relação entre colonizado e colonizador, mas com uma nova perspectiva