Tirando satisfação

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— Resolveu o problema? — Pergunta Takar olhando para o rosto do secretário.

— Bem, senhor, há um exército contra vocês nas nossas fronteiras; fiquem à vontade para começarem a colonizar esta parte, que eu irei visitar a general que interferiu em nossas comunicações.

— Esperaremos, mas queremos uma região melhor para montarmos; tenente Winn, prepare o cerco.

— Sim, senhor. — Diz o tenente levantando o pulso para avisar os soldados em todas as naves para saírem.

Os soldados saem todos segurando, cada um, uma enorme chapa de metal; eles colocam o cerco e voltam para as naves.

— Façam um portão! — Grita o tenente e três guardas saem e tiram uma das chapas de metal.

— Quase me esqueço: Gonzalo Perez, fique aqui como embaixador da Terra. — Manda ele olhando para o linguista da ONU. — Voltarei em algumas semanas; fiquem à vontade em nosso planeta. — Termina Hall, entrando no carro com os agentes do serviço secreto e indo embora. Os guardas começam a construir um portão eletrônico para o cercado.

Eduard Hall, rapidamente, entra em um helicóptero e vai de encontro ao general Stephany Scott. Pousando em um dos porta aviões na fronteira, é recebido pela general.

— Olá, seja bem-vindo ao Exército Unificado; tenho ordens claras do presidente italiano para não sairmos daqui.

— Sim, mas a senhora tem que entender que vocês ficando aqui pode mostrar que a Terra não quer a pacificidade, mas sim a violência e a guerra; como não sabemos o poder de fogo deles, ainda não é bom pensarmos em violência.

— Melhor conversarmos em minha sala; venha comigo — Diz Stephany se virando e indo para sala, com Hall caminhando logo atrás dela.

Eles entram na sala e se sentam nas cadeiras entre a escrivaninha.

— Pelo que o senhor está me dizendo, devemos sair daqui se não poderá haver guerra? E você ainda diz que são pacíficos.

— A pacificidade deles, está sendo violada pelo seu exército! Ainda tenho uma pergunta: como eles te entenderam?

— Nós temos um tradutor, professore renomado de uma das universidades alemãs, que traduziu o que eu mandei para ele.

— Como sabiam que eles falavam latim?

— Você falou na reunião da ONU. Não se lembra?

— Sim, mas aah... Voltando ao assunto, quando irá retirar suas tropas da área?

— Isto está fora de cogitação...

— Por que?

— Só retiro minhas tropas se o presidente Chiarelli enviar uma ordem por escrito.

— Não, a paz depende disso; se você não aceitar agora, sair das nossas fronteiras, teremos que atacar.

De volta as naves Nardaks, nenhum civil ainda saiu para o cercado; apenas os soldados estão fazendo rondas e o portão eletrônico foi terminado.

Olhando para o portão, estão: Takar e Dak.

— Você acha que eles querem a paz ou só mentiram para nós?

— Acho que devemos esperar para ver, general, pois pelos meus estudos os humanos podem ter intensões distintas, eles têm vários países com leis diferentes no planeta.

— Quer dizer que eles não têm um líder único?

— Não, senhor.

— Senhor, devo mandar que saiam os civis para começarem a construir a colônia? — Chega ofegante o tenente Winn à frente do general.

— Sim, acho que já é seguro; mas quero, que fortaleçam as defesas, pois não sabemos o que pode acontecer.

— Sim, senhor — Termina o tenente indo dar as ordens.

Todos os civis começam a sair das naves; saem com suas famílias, colocam e montam barracas provisórias e alguns começam a organizar um espaço para a agricultura local.

— Só espero que este lugar seja fértil e promissor para a nossa vida — Diz Takar olhando seu povo trabalhar.

Um temporal começa a passar pela costa leste; com o mexer do mar, os porta aviões não conseguem mais ficar parados facilmente onde estavam; da cabine da general, se escutava o mar bater nas laterais do casco e da pequena janela se via apenas água cair.

— Terei que avisar a presidente americana; isto é uma afronta a sua decisão e a da ONU, por isso não poderei deixar em claro — Avisa Eduard Hall, terminando a conversa e se levantando.

— Espere senhor secretário, meu sargento já está chegando para acompanha-lo; mas acredito que com essa chuva será difícil sair — Diz Scott, também se levantando e dando um sorriso.

Batem na porta, a general a abre e nela aparece um homem mediano, com roupa do exército e um chapéu com aba para frente; seus olhos cansados e boca roxa davam sinal de que ele estava na chuva.

— Mandou me chamar, senhora?

— Sim; Eduard, este é o sargento, Dimitre Nikolai; ele irá lhe acompanhar até a saída — Aperta a mão de Eduard Hall, que sai logo atrás do sargento.

— O senhor deve esperar que a chuva passe, pois se não poderá acontecer algum acidente.

— Acho que pode ser; esperarei que a chuva melhore — Para ele, olhando para fora em uma janela na cabine do porta aviões.

O sargento fica um pouco atrás do secretário, continuando a conversa, ele saca a arma e, enquanto Eduard Hall falava, ele levanta a arma rente a sua cabeça e sem pensar duas vezes, atira; o sangue se espalha na janela e no corpo do sargento e Eduard Hall cai morto no chão.

Terra colonizadaWhere stories live. Discover now