A uma distância considerável do planeta Terra, está uma nave espacial enorme, em forma de cilindro; na ponte está o capitão, um homem de quase dois metros, com olhos laranjas e dois narizes, sentado atrás de seus navegadores, olhando as estrelas passarem rapidamente pela janela frontal.
— A quanto estamos do planeta azul? — Pergunta o capitão coçando seu segundo nariz.
— Estamos a mais de mil quilômetros, senhor — Responde o navegador sem tirar os olhos de seus aparelhos.
Na Terra, nos telescópios gigantes do norte do Chile, um observador que estava fazendo as últimas análises, observando o céu, sai correndo de seu posto.
— Diretor Castro, temos algo no telescópio dois!
— O que há?! — Pergunta ele segurando uma xícara de café.
— Venha comigo, parece uma nave alienígena — Responde, o homem andando até as imagens guardadas por ele.
O diretor Castro vai logo atrás, chegando nas telas do computador que havia armazenado as imagens, o observador se senta e mostra a imagem a ele.
— Não pode ser, avise a NASA, imediatamente! — Diz Castro com os olhos arregalados e com o rosto próximo a tela.
— Vou ligar para eles! — Diz o homem indo pegar o telefone.
" O que será isso? Espero que não seja o apocalipse", pensa Castro, sentando-se sem tirar os olhos da imagem na tela do computador.
A Na nave, que começa a sobrevoar as proximidades da lua, entra na atmosfera da Terra; sua carcaça começa a se aquecer com a atmosfera.
— Senhor, o casco está a mais de quinhentos graus — Informa o oficial de ciências observando o computador na ponte.
— Continuem, vamos pousar ali naquele lugar estranho — Manda o Capitão sem tirar os olhos da janela, da qual observava todo o planeta Terra aparecendo.
— Vocês estão em território americano, identifique-se ou teremos que abrir fogo! — Diz o tenente em um dos quatro jatos americanos que circundam a nave.
— O que estão dizendo? — Pergunta o capitão.
— Não faço ideia capitão, é uma língua muito diferente da nossa — Responde o tenente Harã, das comunicações da nave.
— Não temos como traduzir pelo computador, tenente?
— É impossível, não consta nada parecido em nosso banco de dados, senhor — Responde Harã tentando dar mais uma olhada no banco de dados da nave.
— Senhor, preparando ignição para o pouso, trem de pouso preparado — Informa a segunda navegadora a sua frente, uma mulher careca, com olhos que se assemelhavam aos de cobra e os dois narizes — Permissão para pousar — Termina ela.
— Permissão concedida; vamos ver se conseguimos nos comunicar por terra; quero uma equipe de estudos sociais e o escrivão no trem de saída — Manda o capitão se levantando e saindo da ponte; quando ele se levantou, todos da ponte se levantaram junto e quando ele saiu voltaram a se sentar.
Fora da nave, no deserto da Califórnia, tanques de guerra, soldados do exército americano e agentes do FBI, esperam por algum movimento, apontando suas diferentes armas.
De repente, bem devagar, a nave começa a fazer um barulho muito alto; todos os soldados ficam assustados e apontam suas armas; uma chapa de metal começa a descer e junto com ela, quatro seres humanoides, andando em duas pernas. Eles saem da nave, um para no centro e ao lado dele um ser mais baixo observa maravilhado os humanos que ali estavam; ao lado deles, outros dois homens que pareciam ter dois metros, seguram uma arma com as duas mãos.
— Olá, sou o capitão Tarkar, venho em paz — Diz ele sem obter resposta. — O que está acontecendo Dak? Pergunta Takar ao que estava ao seu lado.
— Pelos meus estudos, com o satélite que enviaram com seus costumes, estão com medo, senhor — Responde Dak, olhando maravilhado para todos os lados.
Após algum tempo o secretário de Estado dos Estados Unidos da América, um homem de estatura mediana, com uma barriga de Chopp e uma barba rala, sai com dois soldados do exército vai em direção aos alienígenas.
─ Sejam bem-vindos à Terra, sou Eduard Hall, secretário de Estado dos Estados Unidos da América. ─ Diz o secretário tremendo um pouco de medo.
─ Viemos de muito longe, nosso mundo é muito pequeno e está muito populoso, por isso precisamos da ajuda de vocês ─ Diz Takar com Hall olhando para ele com uma cara de quem não entendeu nada.
─ Senhor, parece que eles não entendem o que falamos, vou tentar uma coisa que aprendi nos meus estudos ─ Diz Dak dando alguns passos para o secretário e esticando a mão aberta. Assustado Hall aperta a mão dele.
─ Mas o que isso quer dizer? Pergunta Takar não entendendo nada do gesto.
─ Não sei ao certo, só sei que é uma forma de se cumprimentar deste planeta ─ Responde Dak soltando a mão do secretário.
─ Tragam um linguista agora mesmo! ─ Grita Hall.
Um homem baixo, com um terno marrom, sem gravata e uma barba ruiva, chega até Eduard Hall e o cumprimenta.
─ Olá, sou David Warner, linguista graduado em Harvard; ao meu ver estes alienígenas estão tentando uma comunicação pacifica com o senhor e a língua que estão falando me lembra bem o latim ─ Explica ele olhando para o capitão Takar, que estava conversando com Dak.
─ Você sabe alguma coisa sobre latim, para podermos ter um diálogo? ─ Pergunta Eduard coçando sua testa.
─ Talvez.... Podemos tentar ─ Responde Warner concordando com a cabeça ─ Queremos falar algo com você, senhor capitão ─ Termina ele falando em latim.
Takar se vira com uma cara de espanto, seus olhos alaranjados se dilatam e ele responde:
─ Podem nos entender?
─ Parece que sim, de algum modo, vocês falam uma língua que já está morta entre nós ─ Responde Wagner se aproximando do capitão e levantando o rosto para olhar seus olhos.
─ Pergunte a eles: porquê vieram ao nosso planeta? ─ Ordena Hall.
─ Qual o seu nome e porquê vieram a nosso planeta? ─ Pergunta David Wagner.
─ Viemos, porque vocês enviaram uma de capsula com suas vidas, como uma espécie de contato; também viemos, porque vimos uma oportunidade de sobrevivência, pois nosso planeta é muito pequeno e já está muito populoso.
─ O que ele disse, senhor Wagner? ─ Pergunta Eduard Hall engolindo a seco.
─ Senhor, secretário, parece que eles têm um problema com o planeta deles; me parece que ele está muito populoso.
─ Diga lhes que para isso deverão discutir na ONU as medidas, devemos saber certamente quais são suas intenções. Com licença, irei telefonar para o presidente ─ Diz Hall saindo dali e entrando em um dos carros do exército que estavam ali estacionados.
Saindo do carro, após telefonar para o presidente, Hall vai até Wagner e lhe diz algo no ouvido e vai embora.
─ Senhores, com a sua gentileza, pedimos para que não saiam de suas naves; amanhã de manhã um carro virá buscá-los. Sejam bem-vindos ─ Termina David Wagner saindo e indo embora dali.
─ Obrigado ─ Agradece o capitão Takar entrando de volta na nave com seus acompanhantes.
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Terra colonizada
Ciencia FicciónUma história de relação entre colonizado e colonizador, mas com uma nova perspectiva