Capítulo 8 Uma festa de arrombar

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David e Rafaela tinham acabado de chegar a festa, enquanto David foi cumprimentar os recém casados, obrigado claro, Rafaela trazia o bolo e preparava-o para o levar para o exterior onde todos se encontravam. O casamento tinha estava a realizar-se uma enorme casa que pertencia a família de noiva, estava tudo maravilhoso, o grande exterior da casa estava completamente decorado com flores e luzes, e mesas onde os convidados comiam e dançavam. Os dois noivos estavam sentados na mesa do meio e ficaram de boca aberta quando viram o maravilhoso bolo que Rafaela lhe tinha feito.

Depois do bolo provado e de todos os convidados estarem cheios, Rafaela queria ir embora mas David impediu-a.

-Já que aqui estamos, podes me dar pelo menos uma dança – perguntou David pegando na sua mão.

A musica "Memories" dos Marron 5 começou a tocar nas grandes colunas junto ao palco. David levou Rafaela até o centro da pista e por as suas mãos a volta da sua cintura. Rafaela fez o mesmo e pós as suas mãos nos seus ombros e os dois dançaram durantes uns segundos olhando nos olhos um do outro.

-Quem diria que és uma dançarina tão boa – disse ele enquanto dançavam, tentando cortar toda aquela tensão entre os dois.

-Tenho cara de quem dança mal? – perguntou ela rindo.

-Não, simplesmente sempre te vi fugir na hora de ir dançar. Concluir que dançavas mal, mas já vi que estava enganado. Estava engando sobre muito a teu respeito.

A musica acabou e começou outra, mas os dois permaneceram assim, nos braços um do outro, com medo de que se mexessem aquele minuto desapareceria. David aproximou Rafaela mais para si e passou a sua mão pela sua suave cara.

-Quem me dera poder voltar atrás – e nesse segundo depois aproximou-se mais e não aguentando mais a tensão, beijou-a.

Aquele beijo durou uma pequena eternidade e apesar de querer fugir Rafaela recontribuiu o beijo e as suas bocas formaram uma só enquanto as suas línguas se envolviam arduamente. Beijaram-se até não conseguirem ter mais ar nos seus pulmões, quando finalmente precisaram de respirar, pararam de se beijar e uma pequena lágrima caiu da cara de Rafaela,  não certa se era de felicidade ou de horror não.

-Mas não podemos muda-lo – disse Rafaela antes de fugir para dentro da casa., referindo ao facto de que não podiam mudar o passado e David ia para sempre ficar no seu coração como aquele rapaz que lhe partiu o coração.

Como não queria que ninguém a visse assim, dirigiu-se para a casa de banho feminina. Estava a tentar acalmar-se quando alguém entrou pela porta.

-Esta ocupada – disse mas a pessoa entrou na mesma – João, parabéns! Mas agora não me sinto lá muito bem.

-Talvez eu posso ajudar-te com isso – disse o noivo com um sorriso malvado.

-Não estou a perceber – disse ela que apesar de já ter recuperada daquele beijo inesperado estava a trocar a dor por uma nova sensação, a de assustada.

-Eu vi-te a beijar aquele menino bonito que vive de comer mulheres casadas – disse ele aproximando-se dela.

-Isso foi um erro e acho que não tens nada a ver com isso – disse esta passando de assustada para zangada.

-Tens razão, podes beijar quem queres – João aproximou-se mais dela deixando-se sem saída – Sabes, eu sempre pensei que eras uma religiosa que te estavas a guardar para o casamento e foi por isso que nunca achei que ia ter uma hipótese contigo – João aproximou-se ainda mais e esta foi contra a parede da casa de banho só para  não lhe tocar – Mas se andas com aquele menino rico, também me podes dar um bom momento a mim.

Rafaela não tinha para onde fugir estava entre a parede e ele, este tinha a sua mão na sua cara pronto a beija-la.

-Não queres mostrar um pouco de gratidão ao noivo? – perguntou pronto para a beijar amarrando a sua outra mão para a impedir de fugir.

Rafaela entrou em modo de sobrevivência e deu-lhe um pontapé bem no meio das suas pernas. "Isto vai lhe ensinar a não magoar uma mulher", pensou antes de correr para a porta. Na presa de tudo isto, Rafaela foi contra David que estava naquele momento em direção a porta da casa da banho para verificar se ela estava bem, sem saber que aquele idiota estava lá com ela.

-Rafaela? – disse David tentando perceber a razão pela qual esta tinha acabado de sair a correr da casa de banho.

-Tinhas razão – disse já com lagrimas nos olhos – O João é mais um idiota, como todos os homens que conheço.

-O que queres dizer com tens razão? – disse este enfurecendo e serrando as suas duas mãos – Ele tentou algo contigo? No dia do seu casamento? Que cretino!

-Ele tentou amarrar-me, mas eu mostrei-lhe o que acontece quando se mete com uma mulher.

-Ele tentou o que?

David não se conseguiu conter nem mais um segundo, e no momento em que Rafaela apontou para a casa de banho, ele percebeu perfeitamente o que tinha acontecido e entrou  na casa de banho, com vontade de o matar. Rafaela esperou no lado de fora e ouviu Rafael  a bater no João ao mesmo tempo que o atirava para o chão.

-Para aprenderes a não te meteres no que não é teu – disse vindo embora – E só sais daqui vivo porque tenho de a levar para bem longe daqui, senão não saias daqui a respirar.

Rafaela estava paralisada do outro lado da porta sem saber o que fazer, enquanto ouviu David bater mais naquele horrível homem.

-E nunca mais voltes a dirigir-lhe uma palavra ou a aproximar-te dela ou para a próxima não vais ter tanta sorte - disse dando uma pancada tão grande no cretino que este caiu no chão inconsciente.

David saiu a correr daquela casa de banho e pegou na mão de Rafaela.

-Vamos para casa – disse tirando o seu casaco, mas acabando de o pôr nela, uma vez que por muito calor que estivesse lá fora por alguma razão ela não parava de tremer.

Depois desse momento Rafaela lembra-se vagamente de estar no carro em direção à sua casa e também de estar já deitada na sua cama abraçada a David não sendo capaz de o largar por muito que deseja-se.


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