Capítulo 14 Uma reunião de negócios

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No dia seguinte, Rafaela acordou contente e confiante, naquele momento em que ela abria os seus olhos, ela percebeu que tinha de vencer aquela aposta, não porque desejava que ele se fosse embora, mas porque queria provar que estava certa e ele estava errado e que ele era um sedutor natural tão eficaz, que era por essa razão que ela não lhe consegue resistir. Ela não podia estar a desenvolver sentimento por David ,e por isso a única razão lógica possível, para aquilo que sentia quando estava com ele, só podia ser porque ele era um sedutor tão bom que a estava a enfraquecer aos poucos.

Levantou-se e decidiu tomar o pequeno almoço antes de se vestir, tinha de se preparar para a guerra que ia ser aquele dia. Optou por comer uma batia de bolo de iogurte e um sumo natural de laranja. Enquanto estava a comer, David saiu do seu quarto vestindo um fato preto e uma gravada azul, como sempre. Trazia uma caixa branca com um laço azul e pousou em cima do balcão.

-Isto é para ti – disse preparando-se para ir embora – Para dar boa sorte para hoje. E já agora tenta chegar antes das nove, faço eu o jantar hoje a noite.

-Boa sorte? – perguntou ela confiante – Acho que não preciso de sorte.

-Vai ser uma batalha renhida, por isso ambos precisamos de sorte – tentou explicar ele – Estou a ver que não sou o único que gostas destes jogos. Ou pensas que não sei o tipo de livros que tens nas prateleiras do teu quarto?

-Não sei do que falas?

-"As 50 sombras de Grey", "After", "O inferno de Gabriel". Queres mais exemplos – disse referindo aos milhões de livros que esta tinha nas prateleiras do seu quarto – Não sou o único que gosta deste jogo de cão e gato. Ou estou enganado?

Rafaela corou pelo facto de ele saber que ela gosta de ler romances eróticos, era um gosto um bocado pelicular e estranho, mas ela tinha adquirido quando começou a tornar-se adulta.

-De te ganhar vou de certeza gostar – disse ela, tentando tirar as ideias prevenidas da cabeça dele.

-Veremos – disse pegando no seu casado e na sua mala, saindo pela porta da sua casa.

No exato momento em que ele saiu, Rafaela abriu a caixa e corou quando descobriu que dentro continha um bonito conjunto de roupa interior vermelho rendado. Ele era mesmo malvado, mas talvez a malvadez se vire contra ele. Assim nesse dia, ela decidiu vestir um lindo vestido vermelho um pouco curto e justo, com um decote em coração e de alças, juntamente com uns saltos de alto pretos brilhantes e, claro, a roupa interior que ele lhe tinha dado.

Naquele dia, Rafaela estava de folga do seu emprego no café, por isso apenas teve de ir trabalhar de tarde. Passou a parte da manhã, a fazer algumas compras necessárias para a casa e aproveitou ainda para ir dar uma voltas pelos saldos, tentando comprar algumas peças de roupa nova.

A tarde, teve de ir trabalhar para o escritório, naquele dia ia haver uma grande reunião com uns clientes muito importantes e era o trabalho dela, o de preparar tudo para a reunião e o de servir os clientes em tudo que eles precisem. A sala de conferência era bastante pequena, continha apenas uma sala oval grande no meio rodeada de cadeiras pretas. Rafaela ligou o grande ecrã, que estava no fundo da sala, e preparou a apresentação que o seu chefe tinha preparado para convencer os clientes.

Como estava um bocado nervosa, decidiu ir tomar um chá na sala de reunião, que existia no seu andar. Estava a tentar o seu máximo para se acalmar, mas entre o facto de que ia estar a servir uma sala cheia de clientes importantes, e o facto de não estar muito habituada a andar de saltos tao compridos, tudo isto não estava a ajuda-la muito. Estava a um segundo de cair, quando sentiu o braço de alguém a agarrada pela cintura.

-Estas divinal – disse o homem sorrindo.

-David? O que estas aqui a fazer? – perguntou ela sem perceber o que se estava a passar e se seria aquilo parte do seu plano para ganhar.

-Estou a trabalhar tal como tu – disse sorrindo e indo em direção da sala de conferência.

Rafaela quase desmaiou naquele momento, para além de tudo que tinha de suportar, ainda ia ter de olhar para David naquela sala cheia de homens poderosos.

-Isso é batota – disse ela baixinho, preparando para servir o café dos homens naquela sala.

-Estou aqui em trabalho - explicou ele – A minha empresa esta a pensar fazer negócios com a tua. Que coincidência – disse sorrindo e indo em direção do seu lugar na mesa.

Rafaela servir todos os copos na mesa e depois de tudo preparado estava pronta para fugir o mais rápido possível. Mas a coisa mais estranha aconteceu: David olhou para o seu chefe e este foi a sua beira.

-Meus senhores – começou António, que era o nome do seu chefe – Esta é a menina Rafaela, ela ajudou-me no processo todo e não há ninguém melhor para vos convencer.

Rafaela não sabia o que dizer, era verdade que tinha ajudado no processo do acordo e que tinha dado muitas ideias que o seu chefe tinha gostado, mas ela não era capaz de fazer uma apresentação naquele momento.

-Rafaela será que te justas a nos, por favor? – continuou o seu chefe – Para se os senhores precisarem de ajuda com as dúvidas.

-Claro – disse somente ela com medo do que se estava a passar.

-Podes sentar-te a beira do senhor David – disse apontando para o lugar vazio ao lado de David – Ele é o responsável pela decisão final, e assim durante o processo podes ajuda-lo a guiar-se, no caso de precisar de ajuda.

-Sacana – disse Rafaela baixinho no momento em se sentava na cadeira colada a de David.

David limitou-se a sorrir, este só podia ser o seu plano para ganhar. Será que ele ia usar seu poder no trabalho dela para ganhar? Era mesmo um verdadeiro idiota e não ia conseguir ganhar, porque Rafaela tinha estudado bem a apresentação e foi fazendo uma excelentes apresentação sobre o acordo.

Já estava mesmo no fim, quando David se chegou discretamente mais para ele e pegou na sua mão, Rafaela não se mexeu porque não queria criar uma cena. David pousou a mão dela na sua perna, e, em seguida, foi a uma velocidade gigante em direção a perna dela. Pousou a mão dela na perna dela e sentiu o seu vestido de algodão, foi descendo a mão até o fim do seu vestido e em seguida subiu a mão pelo vestido a dentro. Rafaela estava a arder por dentro e acabou por se levantar e pediu licença para ir a casa de banho.

Estava na casa de banho feminina do seu trabalho, a olhar para o espelho a tentar se acalmar, quando alguém entrou. Rafaela olhou para a porta e lá estava ele, outra vez.

-Não sabes ler? – perguntou ela, referindo ao fato de estar na casa de banho das mulheres.

David veio a correr em sua direção e amarrou nela, colocando-a em cima dos lavatórios, obrigando as suas pernas a ficar a volta da sua cintura para se apoiar. Tocou-lhe no rosto suavemente e foi descendo parando nos seus seios, que estavam muito visível por causa do vestido.

-Tu gostas desde jogo, tanto como eu – disse ele finalmente, mas não a beijou como ela pensou que ia fazer, porque isso seria batota.

As mãos dele amarraram as suas coxas e foram descendo para a sua parte interior da sua coxa, deixando o seu vestido para cima e a parte inferior da sua roupa interior visível, ao mesmo tempo que lhe tocava David aproximou-se do seu ouvido e começou a falar baixinho.

-Há muitas maneiras de te enlouquecer, sem te beijar e perder a posta. Sabias? – disse ele dando um beijo suave no seu ombro e mordendo-o em seguida.

Querendo por mais, David não se ia arriscar a perder e por isso largou-a ali, sentada no lavatório de uma casa de banho pública e foi -se embora. Rafaela demorou mais um segundo lá dentro, sem saber como agir depois daquele momento. Uns minutos depois, conseguiu voltar a sala de conferência, mas a reunião já tinha acabado e por sorte tinham conseguido fechar o contrato. O chefe de Rafaela estava lhe muito agradecido e pediu para ela ajudar em mais casos como aqueles, e por muito contente que ela esteja, ficou com um pequeno medo de só ter fechado contrato ,graças aquele idiota sedutor que a tinha atacado na casa de banho.


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