Capítulo 16 Um encontro perfeito

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No dia seguinte, Rafaela acordou animada e com um pouco de medo do que David tinha planeado para aquele dia. Levantou-se e foi a casa de banho, quando voltou tinha algumas sacas no chão do seu quarto perto da sua cama, David era um ninja sempre a entrar no quarto dela sema ela reparar. Em cima da sua cama estava um bilhete: "Veste-te, saímos daqui a meia hora". O que raio tinha David em mente para aquele dia? Rafaela tinha de admitir que ele sabia preparar tudo até o último pormenor, mas isso só mostrava a sua necessidade incontrolável, que ele tinha de controlar tudo a sua volta. Dentro das sacas tinham vários fatos de banho, Rafaela optou por um biquíni azul com estrelas, nas sacas tinham ainda alguns vestidos e algumas sandálias. Ela acabou por vestir um vestido amarelo as flores, com as costas abertas e umas sandálias azuis, prendeu o seu cabelo num rabo de cabelo e colocou uma fita azul a sua volta. Por fim, pegou na mala azul que estava numa das sacas, dentro continha tudo para um dia de praia, duas toalhas, uns óculos de sol e um protetor solar. Depois de adicionar as coisas de Rafaela a saca, esta decidiu sair do quarto, David esta já na cozinha a sua espera e sorriu quando a viu sair.

-Bom dia – disse ele olhando-a de cima a baixo apreciando-a – Pronta?

-Para ir a praia? – perguntou ela, tentando adivinhar onde iam – E onde vamos, certo?

-Vamos ter um encontro – explicou ele – Esse é o meu pedido. Quero ter-te para mim o dia todo e levar-te a um encontro.

-Assim tão simples? – ela duvidou que era só isso que ele queria.

-Assim tão simples! – repetiu ele com entusiasmo – Agora vamos que ainda vamos demorar a chegar ao primeiro lugar da lista de hoje.

-Temos mais de um lugar para ir hoje?

-Claro, vou levar-te ao melhor encontro da tua vida – disse ele antes de se irem embora, o que fez Rafaela sorriu.

Uma hora depois estavam os dois sentados no carro de Rafael, ainda na estrada em direção a praia, achava Rafaela. Passaram por uma placo que dizia centro de refeição e decidiram parar, porque nenhum tinha ainda tomado o pequeno almoço.

-Bom dia, o que desejam? – perguntou o empregado.

-Duas mistas e dois sumos de laranja natural fresco – respondeu David arrogantemente, sem dar chance de Rafael sequer pensar no que queria.

-Na verdade, quero uma fatia de bolo de chocolate – disse ela ao empregado sorrindo.

-Duvido que o bolo seja tão bom como o teu – disse David quando o empregado já se tinha ido embora.

-Talvez eu queira experimentar. Já pensaste nisso?

-Tu adoras me desafiar – disse David sorrindo, como se até gostasse de quando ela o desafia.

-Tu nem me perguntaste o que queria! – disse ela zangada.

-Queres que peça desculpa por saber exatamente o que queres? Ou o que desejas? – disse ele, piscando o olho.

-Tu és um maluco pelo controlo – disse ela desesperada pelo facto de ele estar a seduzi-la para não lidar com o facto de que não vive sem controlar tudo – Tu tens de controlar todos como desejas. Sabes que nem sempre na vida vais ter o queres?

-Isso não é verdade, pelo menos não era até te conhecer.

-O que queres dizer com isso?

-Que és a única que conhece que não consigo controlar – David sorriu – Pode-se dizer que eu tenho a habilidade de ler bens as pessoas e saber exatamente o que desejam, os seus desejos mais profundos. É por isso que tenho sucesso com o trabalho.

-E com as mulheres – pegou ela com ele, mordendo o lábio.

-Sim, com as mulheres – esse comentário fê-lo rir – Estas com ciúmes?

-Nunca saberás, continua por favor.

-Eu sei ler o que as pessoas querem, logo sei sempre da melhor maneiras de as comprar, de forma a ter tudo o que quero e de forma a controlar tudo e todos. Tu és a única que não sei o que deseja, não te consigo ler, por muito que tente.

O emprego voltou com os seus pedidos e pousou-os na mesa, desejando-lhe um bom apetite.

-Isso não existe – disse ela não acreditando que ele sabe o que todos desejam secretamente.

-E fácil – tentou explicar David – Estas a ver o emprego horrível que nos atendeu? – perguntou apontando para ele, que estava agora a atender outros clientes.

-Não me digas que sabes o que ele deseja – ela estava agora a gozar com ele.

-Tendo em quanta a quantidade de baba que estava a deixar quando nos atendeu, neste momento quer-te a ti.

-Foi por isso que foste tão rude para ele? - ela sorriu. 

-Claro, não gosto que babem pelo que é meu.

-Estas a ser um bocado convencido, não achas?

-Não me digas que não és minha, senão possuo-te nesta mesma mesa, sem querer saber quantas pessoas estão a olhar – Rafaela parou de respirar por dois segundo, mas não falou com medo que ele cumprisse a promessa - Mas na verdade, o que ele deseja profundamente é uma mulher que o domine – continuou ele – Na sua vida patética precisa de uma mulher para dar sentido a vida, foi por isso que quase caiu ao chão quando te viu, não esta habituado a uma mulher forte e sensual.

-E tu?

-Eu o que?

-O que desejas mais profundamente?

Aquela perguntou fê-lo sorrir e pensar bem no que ia dizer a seguir.

-Neste momento, arrancar-te esse teu vestido de brincar – disse ele sorrindo – Queres que continue?

-Estas a fugir a minha pergunta.

-Esta bem. Bem dentro escondido: desejo ser homem suficientemente bom para merecer metade da mulher que és. Desejo que sejas minha, desde o primeiro dia que te conheci.

-Isso não é verdade. Se me desejasses a tanto tempo não dormias com milhares de mulheres mais velhas. Porque mais velhas?

-E um gosto que tenho e todas as outras mulheres nem chegam as teus pés. E hoje sei que as comi para preencher um vazio, que não te ter me deixou. E por muito que deseje mudar o passado, não o faço, porque me levou a este momento.

Rafaela não sabia o que dizer e por isso acabaram de comer e puseram-se a caminho, meia hora depois chegaram ao local. Era uma linda praia, rodeada de rochas e mini lagoas. Decidiram ir dar uma volta pela praia e a vista era linda e perfeita. Já perto do meio dia, voltaram para junto do seu carro, e David tirou as coisas necessárias para montaram barraca perto do mar. Como era hora de almoçar levaram com eles uma geladeira e almoçaram sandes de panado com batatas fritas, para sobremesa comeram melancia e depois de terem tudo comido decidiram ir apanhar um bocado de sol.

Passado umas horas Rafaela acordou na sua toalha e abriu os olhos, pareceu um trabalho impossível, devido ao maravilhoso dia de sol que estava.

-Bom dia dorminhoca – disse Rafael agora em cima dela e beijando-a de seguida.

-Quanto tempo dormi? – perguntou ela toda arrepiada, porque David esta completamente molhado e só agora é que ela estava a começar a senti-lo.

-Umas horas, és uma dorminhoca – disse sorrindo e levantando-se – Vamos tomar um banho.

Ela não teve muita escolha, porque ele a levou pelo braço pela água a dentro. Continuou a leva-la pela água e estavam pararam numa parte em que tinham de nadar para permanecer a superfície.

-Nada melhor como o mar – disse ele amarrando nela colocando-a a sua cintura, para a puder beijar.

-Há sim. A minha cama fofinha.

-Não posso discordar com isso – os dois acabaram por sorrir – Agora temos de nos ir secar, que daqui a um bocado temos de voltar.

-Já? – perguntou ela desapontada.

-Sim, temos de nos ir preparar para a segunda parte da surpresa.


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