𝐵𝑒𝑟𝑙𝑖𝑚- 𝐿𝑎 𝑐𝑎𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑝𝑒𝑙

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Love, I love you more and more and I will always love you.


Acordei sentindo a cama vazia e quando virei-me ele já não estava lá, o barulho do chuveiro era notável, e mais uma vez ele acordou antes de mim

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Acordei sentindo a cama vazia e quando virei-me ele já não estava lá, o barulho do chuveiro era notável, e mais uma vez ele acordou antes de mim. Sentei-me na cama e me alonguei, em seguida dei um bocejo cansado e preguiçoso e me levanto caminhando em direção ao banheiro. Abri a porta devagar e sorri olhando para o box fumê que estava fechado, mas quando abri a porta a minha reação foi outra, foi choque, medo e angústia, Berlim estava desacordo e caído sentado enquanto a água caía sobre ele. Rapidamente desliguei o chuveiro e comecei a chamar pelo seu nome. Senti sua pulsação e estava tudo normal, então qual o problema?

Continuei a chamá-lo, até que finalmente ele abriu os olhos um pouco confuso e atordoado.

- Andrés, por um momento achei que tinha perdido você. - Falei rapidamente e abracei o corpo molhado do meu então namorado. - Puta que pariu, você precisa deitar, me ajude a te levantar, hm?

Ele estava totalmente confuso, mas ainda sim me ajudou na hora de se levantar. Saímos do boxe e eu peguei uma toalha, o ajudando também a se levantar. Por sorte a porta não estava trancado, sabe lá Deus o que teria acontecido.

Depois de alguns meses de namoro, ele me contou que tinha uma doença terminal, e lhe restavam apenas sete meses, foi um choque para mim, eu queria que ele fosse meu para sempre, mas infelizmente eu o perderia. Apesar de ser sete meses, podiam ser sete semanas, sete dias, sete horas ou sete segundos, então eu resolvi aproveitar esses sete meses com ele, e fazer com que fosse os melhores meses de nossas vidas. Mas eu tinha medo, medo de acordar algum dia e ele ter me deixado, isso me assustava e no fundo sei que o assustava também.

Deitei ele na cama e o cobri, corri para pegar seus remédios e voltei o entregando, os injetáveis eu injetei e os orais ele engoliu. Depois de me tranquilizar e dizer que estava tudo bem eu fui tomar meu banho e fazer minha higiene matinal, o que não passou de trinta minutos. Coloquei apenas um baby Doll de seda e quando voltei Berlim estava dormindo, eu tinha certeza de que hoje não sairíamos da cama então desci e preparei um café da manhã para ele e para mim, e levei para o quarto, deixando em cima do criado mudo. Em seguida deitei do lado dele, e comecei a olhar aquele homem lindo.

Eu gostava de me torturar com pensamentos, as vezes imagino eu e ele tendo uma família, morando em uma casa de praia, ele chateado com as crianças desobedientes. Outras vezes me imagina apenas como estamos agora mas, sem a parte em que ele morre. Era tão sufocante esses pensamentos que eu chorava. Chorava como nunca, Andrés ou Berlim como também gosta de ser chamado, foi o meu maior amor. Nos conhecemos assim que eles fugiram do assalto a casa da moeda, e eu quis estar com ele no primeiro momento que o vi. Desde então nos tornamos inseparáveis. Saímos para restaurantes, íamos em lugares incríveis, e estávamos vivendo experiências maravilhosas em nossas vidas. Ele optou por ir para um lugar paradisíaco, eu achei uma ótima ideia. Compramos essa casa, e vamos viver os últimos meses de Berlim aqui, nessa cidade e rodar cada canto daqui aproveitando a vida ao máximo.

𝑰𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora