Rebecca ou Bec é a S/n, eu não gosto de utilizar o termo seu nome, então troquem o Rebecca pelo nome de vocês.
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Andei com cautela pelos pequenos cômodos da casa, a arma em punhos pronta para atirar caso alguma ameaça apareça em minha frente.
O coração acelerado e o medo tomaram conta de mim, mas caminhei um pouco mais ao longo que os passos ficaram mais altos. Faltava apenas o outro quarto, andei em passos leves, mantive a minha postura, tentei não escorregar com o meu corpo molhado.
Então entrei no quarto, havia um homem de costas e ele ainda não havia notado que eu estava lá. Rapidamente, eu o surpreendi por trás, apontando a arma na sua cabeça, ele tentou se desvencilhar e sua arma disparou em cheio acertando um abajur, até que eu consegui o fazer soltar a arma.
— Quem é você?— Falei alto e brava. Ele parou de se mover e colocou os braços para cima, observei os respingos de sangue no chão e fiquei nervosa.
— Rick Grimes. — Ele respondeu, estava calmo agora, mas eu notei a sua respiração ficar ofegante quando eu novamente coloquei a arma na sua cabeça.
— Você foi mordido ou arranhado?— Questionei enquanto caminhava com ele até a sala, meu corpo estava colocado com o dele, e me dei conta de que eu estava nua.
— Eu levei um tiro. — Ele respondeu. — Estava caminhando com o meu grupo até que fomos cercados por zumbis, e eu levei um tiro acidentalmente.
— Não deveria ter invadido a minha casa, nem sei se você está falando a verdade. — Eu disse, então tirei a arma da sua cabeça. — Fica de braços para o alto, Rick!
Então o soltei, ele se virou lentamente, por fim me olhou de cima abaixo, não pude me cobrir mesmo com a vergonha quase me matando, continuei a apontar a arma para ele. — Fica olhando nos meus olhos, seu imbecil.
Notei um sangramento muito grande na sua coxa, ele resmungou um pouco quando mexeu a perna. Pensei no que fazer mas mantive a arma apontada para ele.
— Abaixa essa arma, você viu que eu não sou uma ameaça, não estando com esse machucado. — Ele disse.
— Você entrou na minha casa muito silenciosamente, atravessou todas as armadilhas no meu quintal, e não deu nenhum sinal. Acha mesmo que eu deveria baixar a guarda? — Ele não respondeu.— Agora há um rastro de sangue no chão, será que os zumbis irão sentir o seu cheiro?
— Não há zumbis por aqui. — Ele disse, continuei pensando se deveria ajudar ele ou não. — Andei cerca de cinco quilômetros com a perna assim, não vi nenhum.
Ele deve estar com fome, com sede e com dor. — Você pode passar a noite aqui, eu vou dar um jeito nisso e amanhã você vai embora. Vou me vestir, se você fizer alguma gracinha eu irei fazer questão de atirar na sua outra perna.
Fui até o meu quarto e peguei as primeiras roupas que vi em cima da cadeira, caminhei pelo quarto me vestindo, em seguida peguei no armário um kit de primeiros socorros, remédios e um kit ainda maior que eu achei em um laboratório médico com morfina, seringas e anestésicos.
Fui até a sala, ele estava com os olhos fechados e se contorcendo de dor, a caminhada de quilômetros estava dando os primeiros sinais de que ele havia se prejudicado muito.
— Segura em mim. — Eu falei enquanto apoiava os meus ombros para que ele se levantasse e eu o guiasse até o meu quarto. Ele era muito pesado, e os poucos metros até o quarto pareceram quilômetros. Ele se sentou na cama, e a primeira coisa que eu fiz foi pedir para ele tirar a calça jeans que ele usava.
— Consegue tirar sozinho?—