You thought you had me, didn't you?
When you lied to my face, I could see the truth. — 𝑬𝒏𝒕𝒆𝒓𝒕𝒂𝒊𝒏𝒆𝒓.
But, mama, i'm in love with a criminal. — 𝑪𝒓𝒊𝒎𝒊𝒏𝒂𝒍.
Eu estava sentada no balcão enquanto observava cautelosamente Rio. Ele estava sentado com algumas pessoas, sua feição era séria e pelo que eu observava eles estavam em um assunto sério já que não havia sorrisos e nem brincadeiras para descontrair. Pedi um martíni para que ninguém suspeitasse de mim, dei alguns goles na bebida gelada e voltei minha atenção para Rio, entretanto ele não estava mais onde estava dois segundos atrás.
— Me procurando?— Ele perguntou e sentou-se na cadeira ao meu lado. Ele deu um sorriso de lado, e quando chegou mais perto eu pude observar suas tatuagens, ele tinha muitas. —
— Por qual motivo eu estaria procurando você?— Perguntei e joguei meu cabelo para o lado de uma forma sensual.
Eu sabia como dominar uma conversa, anos de prática levaram a perfeição, e eu aprendi como manipular uma pessoa, e confesso que com homens era mais fácil. São seres inferiores que se deixam levar por um par de peitos, chegava a ser tosco a forma que conseguia tudo que queria facilmente.
— Eu percebi você me observando. — Ele disse e ficou sério. Revirei os olhos, merda eu precisava de um bom motivo para contornar essa situação.
Segurei na sua camisa preta e arrumei um dos botões. — Não posso ter meus interesses?— perguntei e lancei o meu melhor sorriso.
— Também tenho meus interesses, senhorita, qual o seu nome?— Perguntou e voltou novamente a lançar seu sorriso de lado.
— Rebeca. — Respondi e ele me olhou sério. Pedi ao barman outra bebida, dessa vez um gim. Rio pediu o mesmo que eu. — E você como se chama?— Lancei a desentendida.
— Rio. Você não é daqui, não é? Ao menos eu nunca te vi por aqui. — Ele perguntou.
— Vim passar uns dias na cidade para visitar uma amiga, marcamos aqui e ela acabou me dando um bolo. — Falei e ele concordou. Eu estava nervosa, ele fazia muitas perguntas.
Entrei nessa vida quando ainda tinha dezesseis anos, eu era muito nova quando matei a primeira pessoa, meu pai era um traficante e tínhamos que nos proteger, vivíamos assim até que ele morreu de causas naturais. E para me virar eu tive que vender o estoque de droga deles, e claro, muitas pessoas estavam interessadas nisso. Quando finalmente tudo acabou eu tive de pedir ajuda, e foi aí que conheci o imperador, um traficante que me ensinou tudo que sei hoje. Ele me ensinou os melhores truques, a manusear vários tipos de armas. Quando ele morreu em uma troca de tiros com a polícia eu já sabia muito, então comecei a trabalhar como uma killer. Eu matava quem as pessoas queriam em troca de dinheiro, e eu me tornei muito boa nisso, eu gostava. Tudo que eu fazia era apertar o gatilho e ganhar meu dinheiro. Confesso que adorava quando tinha uma história empolgante por trás disso tudo.