He promised me heaven, but he took the ground from me.
[leiam o aviso final]
A manhã quente na Espanha trazia sensações calorosas para nós e os estudantes que iriam visitar a casa da moeda nesta sexta-feira. O dia começou tranquilamente na escola, os alunos foram guiados para o ônibus e tiveram todos os seus passos vigiados pela professora e por mim, a estagiária.
O percurso no ônibus foi tranquilo, o grupo de jovens escolhidos para este último dia de excursão eram os mais comportados, tirando um ou outro, cada aluno foi selecionado para que o passeio de Alisson Parker fosse de maneira mais tranquila, a mesma sofria bullying por parte de outros alunos.
Quando chegamos no museu da casa da moeda passamos por uma longa inspeção, nossos objetos passaram pelo raio-x para a verificação de objetos considerado perigosos ou alguma matéria ilegal. Essa parte foi tranquilamente também, finalmente entramos na casa da moeda e eu já me preparava para acompanhar a classe.
A antiguidades do museu o deixava com um aspecto rústico, mas ainda sim, atual. A complexidade de informação sobre toda história era de vasta importância para todos, e eu esperava que no fundo os meninos prestassem atenção no que for aprendido aqui hoje, o conhecimento é necessário para a aprendizagem.
Alisson Parker sorriu para mim, e depois olhou para o garoto a sua frente, eu sabia muito bem o que os jovens de hoje em dia costumavam fazer, apesar de estar no auge dos meus vinte e dois e saber que não sou tão velha assim, costumo repudiar algumas atitudes.
Alguns minutos desde a nossa entrada, um barulho enorme de tiros se fez presente em todo o espaço, a correria era eminente, e logo senti meu corpo falhar, como um computador com vírus, e o que me atacava era a ansiedade e o pânico. Fiquei parada no lugar enquanto tremia.
Não demorou muito para as lágrimas surgirem e deslizaram de forma grossa dos meus olhos e caírem sobre minha pele. Os tiros aumentaram, logo fui arrastada por uma multidão de pessoas. Mais tiros disparados para o alto, consegui enxergar, um grupo de pessoas com macacão vermelhos e máscaras do Dalí.
Minha visão estava turva, cada átomo do meu corpo suplicava por paz, eu sentia minhas mãos tremerem a todo vapor, eu precisava da minha bombinha, ou de ar, até mesmo que a polícia invadisse o local e me retirasse com muita pressa e me levasse de volta a ter segurança.
- Primeiramente bom dia, não vamos machuca-los a menos que não colaborem.- Ouvi a voz firme, era a voz de um homem. - Iremos entregar uma venda a cada um, coloquem. - Não fiz contato visual com nenhum deles até o momento que recebi a minha máscara, rapidamente coloquei como foi pedido. - Mais um tiro foi ouvido, desta vez do segundo andar do prédio. Inicialmente todos gritaram. - Fiquem calmos, eu já disse, não vou machucar. - A mesma voz novamente, em seguida fizemos silêncio, e começamos a ouvir passos, com certeza eles estavam nos observando, um a um. As lágrimas e tremores continuaram. -