2.41- braços

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Ainda em choque né? Te falei kkk.... bom, boa leitura. Te vejo no próximo?
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Sina Deinert

Eu não podia me mover.

Não conseguia ficar de pé, respirar, pensar ou sentir sem ser bombardeada pela agonia. Eu nunca tinha estado tão machucada.

Nem mesmo depois de um dia tortuoso de quinze horas debruçada sobre uma máquina de costura, ou doze horas com saltos estiletes.

Eu nunca tinha sido submetido a dor como isto.

Por uma surra como esta.

E esta foi a mais fácil das dívidas?

Terror entupiu minha garganta com o pensamento do que os outros implicavam.

Um movimento chamou minha atenção.

Eu forcei minha visão manchada de lágrimas para se concentrar em Noah enquanto ele rondava as samambaias e enfiou a mão na folhagem.

O que ele estava fazendo?

Um segundo mais tarde ele se mudou para mim, cada passo cheio de temperamento espesso e luxúria.

Merda.

Eu me contorci, puxando as algemas. Antes da chicotadas, teria de bom grado deixado ele me levar.

Eu o queria.

Mas não assim.

Assim não!

Não quando meu cérebro chora em agonia e minhas emoções estavam completamente confusas.

—Não...

eu gemi.

Noab trincou o maxilar, quando a mão desapareceu em seus jeans.

Um gemido de lamento arranhou a minha garganta. Eu não podia deixar ele me foder. Eu estava muito ferida. Muito mesmo. Eu não estava nem ao menos ligada ou interessada. Eu não podia suportar mais a ser molestada.

Você não tem uma escolha.

Meu coração rachou com o pensamento. Não, eu não tinha escolha. Ele iria me levar. Não havia nada que pudesse fazer sobre isso. Além de…

Recurso para o calor que você sabe está dentro dele. Faça-o ouvi-la. Faça-o ver.

As mãos de Noah pousaram em meus quadris, me puxando para longe do poste. Meu corpo estava como geleia, minha pele escorregadia de suor e sangue.

Balançando a cabeça, gemi

—Por favor, não me toque.

A única resposta de Noah foi esfregar os polegares nos círculos escorregadios em meus quadris úmidos.

Apertando minhas coxas juntas, forcei meu corpo empobrecido a obedecer. Meus tornozelos cruzados sem jeito, minha respiração esfarrapada

—Noah, por favor... não faça isso.

Ele congelou, ofegando asperamente no meu ouvido.

—Você me quer. Você brincou comigo e ofereceu a si mesma cada vez que nós lutamos.

Sua testa descansou contra a minha nuca, sua respiração espalhando pela minha espinha.

—No entanto, agora que estou disposto a jogar fora o livro de regras do caralho, você decide que não me quer?

Sua voz destilava veneno.

—Se decida, mulher.

Seu joelho tentou calçar entre as minhas pernas, trabalhando sua maneira de ampliar minhas coxas. Eu usei toda a força restante para bloquear os joelhos com mais força.

—Deixe-me dar a você. Não tome isso. Não pela força. Não me faça te odiar mais do que já faço.

Lágrimas torrenciais caíram dos cantos dos meus olhos.

Noah respirou.

—Maldição.

Sua voz estava viva e cheia de necessidade. Mais viva do que eu já tinha ouvido ele falar. Foi-se embora a expressão fria e calculista. Ele estava de sangue quente e furioso, e uma parte de mim ficou lisonjeada por seu desejo.

Ele me queria.

Muito.

Esse poder virou o fogo queimando nas minhas costas em algo sinuoso e errado. Mas não sucumbi. Eu não podia.Se eu fizesse, não haveria esperança para mim. Sem chance de redimir-me se deixar ele me levar assim.

Eu queria seduzi-lo.

Eu queria o poder de ganhar.

Isso ... isso seria estupro, e iria reforçar em sua cabeça que ele poderia muito bem tomar tudo o que queria e sem sofrer nenhuma repercussão.

—Pare com isso!

Indebted (noart)Onde histórias criam vida. Descubra agora