30- beleza

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Sina deinert

Meus ombros rolaram. Não só eu estava presa por uma família maníaca, mas eu era a favorita desengonçada com vertigem.

O carro continuou mais e mais longe. Toda vez eu perdia todo o senso de direção e sabia que nunca encontraria a portaria, não sem um milagre. Respirando fundo, olhei para as minhas mãos no meu colo.

Eu queria que a sensação voltasse. Elas se contraíram, retornando à vida com uma lavagem de alfinetes e agulhas.
Elas caíram no meu colo involuntariamente quando nós saltamos sobre uma vala de gado.

Noah franziu os lábios, olhando para o meu membro infrator no assento ao lado dele. Seu olhar perdia-se no meu braço para o meu peito. Eu respirava mais rápido sob o olhar calculista em seus olhos.

Descontrair os dedos do meu cabelo, ele arrastou-os no meu pescoço, ao longo da minha clavícula, em meu ombro, e pelo meu braço.

- Meu irmão foi o primeiro a tocá-la aí embaixo, mas vou ser o primeiro a tocá-lo aqui.

Sua mão patinou através de meu peito, apertando ao redor do tecido sensível.
O algodão macio do meu vestido não fez nada para me proteger do frio do seu aperto.

- Você parecia querer a minha atenção no café. Não diga que não lhe dei qualquer coisa.

Seu dedo beliscou meu mamilo, rolando-o dolorosamente. Não havia nada de sexual em seu aperto— somente punição.Desistindo da pretensão de estar sob a influência de tudo o que ele tinha me dado, apertei meus olhos, engolindo um gemido.

Ele torceu meu mamilo novamente, passando de humilhante para a borda de doloroso, mas o que fez pior foi que eu queria que ele me tocasse lá.

Eu teria de bom grado dormido com ele apenas algumas horas antes.

Antes que conhecesse o animal dentro do homem culto.

- Você é muito magra. Eu prefiro as mulheres com mais... atrativos do que você.

ele sussurrou, cobrindo meu outro pequeno seio.

- No entanto, a sua pequena estatura pode vir a ser uma bênção com algumas das coisas que eu planejei.

Ele me apertou novamente, virando
meu mamilo como um saca-rolhas. Vacilei, franzindo a testa contra a dor.
Ele riu.

- Eu sabia que estava passando.

O toque dele virou de doloroso a excruciante. Mordi o lábio, mal segurando um grito.

- Bem na hora.

Deixando meu peito ir, ele capturou minha mão, ligando seus dedos gelados nos meus. Não havia nada de romântico ou preocupado com Noah segurando minha mão, era um lembrete puro que eu não tinha chance no inferno de ficar livre.

Krys. Pai.


Eu queria tanto falar com eles. Para implorar por resgate. Mas eu já não podia ser a mulher que tinha sido. Não poderia ser aworkaholic que culpava os outros por minha infelicidade. Eu tinha aceitado a lei antiquada do meu pai sobre não ser permitido sair em encontros, porque com toda a honestidade, eu não estava pronta.

Eu gostaria de nunca estar pronta. Porque conhecer alguém significava a  possibilidade de se apaixonar. O que significava que a pior dor Imaginável quando eles nos deixavam.

Se qualquer coisa, Noah tinha me feito um favor. Eu nunca iria querer companhia masculina novamente. Se eu pudesse voltar a minhas máquinas de costura com nenhuma outra companhia, além do meu gêmeo, eu ficaria feliz, eternamente grata, e  viveria o resto da minha vida em paz.

Puxando minha mão em seu colo, Jethro murmurou:

- Eu quis dizer o que disse no avião. Faça a sua parte e você vai viver para ver outro sol nascer.

Algo estalou dentro como se a droga de repente acabou com seu poder sobre mim, junto com tudo que eu estava tentando evitar. As lágrimas, os medos, a constante preocupante do que estava por vir.

Tudo desapareceu.

Eu não poderia ter recursos para drenar a minha energia com divagações inúteis. Noah disse que eu poderia trabalhar. Eu destinava-me a me afogar em tecido e continuar projetando o meu próximo desfile.

Indebted (noart)Onde histórias criam vida. Descubra agora