2.50- ganância

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Oi gente kkk... Eu tão na bad kkkk... quarentena me deixando louquinha...
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Noah Urrea

Meu escritório.

Meu santuário.

O único lugar que ninguém mais tinha permissão para ir.

O que está fazendo a trazendo aqui?

Eu não tinha pensado sobre isso. Mas eu não podia voltar atrás agora.

Destravando a grossa porta esculpida, eu empurrei Sina através da entrada. Uma vez lá dentro, eu a tranquei, deixando-a solta.

Seus olhos se moveram em torno do espaço rapidamente, passando habilmente pelas saídas do banheiro, varanda, janela de guilhotina e da porta em que nós entramos.

Pobre garota.

Ela já tinha mudado tanto.

Uma verdadeira sobrevivente.

Uma puritana que só queria viver.

Mas você vai morrer. Assim como o resto deles.

Eu procurei a presunção fria perfurado em mim pelo meu pai. Era para eu apreciar isso - amar a caça e despachar os Deinerts.

Era um passatempo da família. Um comércio passado, ligando nossos antepassados e garantindo que a nossa linhagem tivesse um terreno comum.

Então, por que o pensamento da decapitação dela torceu o meu intestino?

Por que o pensamento de vê-la foder o meu irmão agitou o meu coração em um batedeira?

Meu corpo inteiro se rebelou com o pensamento de um machado retirando o seu longo cabelo loiro, cortando o cabo vulnerável de músculo, fechando seus olhos verdes para sempre.

Meu pau se contraiu quando ela girou o rosto para mim, com as mãos voando para seus quadris. Ela parecia fora de lugar na grande sala com suas seis janelas, um exuberante tapete chinês e um tesouro de pequenas figuras de chumbo de Cowboys.

A riqueza da história e valor monetário das coisas nesta sala faria um museu chorar.

— O que estamos fazendo aqui?

Andei até a minha mesa. Destrancando uma gaveta secreta sob o amontoado de artigos de papelaria, eu puxei um documento elaborado que ninguém mais sabia, apenas eu.

Não havia câmeras nessa sala. Ninguém espionando o que eu estava prestes a fazer.

Só nós.

Só nós saberíamos o que tinha feito.

— Venha aqui.

eu disse, estalando os dedos.

Sina estreitou os olhos.

—Você faz isso muitas vezes.

—Fazer o que?

Ela estalou os dedos.

—Me chamar como o seu animal de  estimação, como seus cães.

Eu coloquei as duas mãos espalmadas sobre a mesa.

—Você é meu animal de estimação. Eu pensei que nós tínhamos discutido isso.

Ela pisou para frente, um enigma de temperamento brilhante no mundo monótono do meu escritório. Suas sandálias batiam no tapete grosso, se plantando na frente da minha mesa.

Ela inclinou a cabeça e seus cabelos caíram por cima do ombro, completamente livre e brilhante como o céu da meia-noite.

—Engraçado, eu pensei que nós tínhamos estabelecido que fosse algo mais.

Minhas costas se enrijeceram.

—Desde quando?

Seus lábios esticaram, arreganhando os dentes em um sorriso um pouco malvado.

—Desde que eu fiz você gozar. Desde que você me mostrou que você era humano. Desde que você correu de mim pelos últimos quinze dias, tudo porque você não está lidando com o que está acontecendo entre nós.

Ela se aproximou.

Eu fiquei ereto, apertando cada músculo contra o seu avanço.

—Me diga, Noah Urrea. Será que um animal de estimação é capaz de chupar você? Será que um animal de estimação engoliria o seu esperma? Será que um animal de estimação daria prazer a você?

sua voz se tornou uma sedução.

Indebted (noart)Onde histórias criam vida. Descubra agora