Código Lauren

Final-Código Lauren

Lauren: a definição de poesia, divindade e humanidade dividindo o espaço e a energia em uma só mulher.

Graças a ela eu estava viva e saudável, não apenas bem, mas imune a várias doenças.Porque agora eu carregava seu DNA em mim.

A princípio não compreendi muito bem os termos técnicos explicados pela cientista de aparência estilosa.

Por mais de um mês, uma mulher grávida foi mantida como um rato de laboratório, teve o sangue, a medula e diversos outros materiais genéticos retirados como amostras para pesquisa.
Aquilo me encheu de tristeza, mesmo sabendo ter sido voluntário de sua parte, era cruel e doloroso.

--Eu preciso ver a Lauren!--Falei em um tom de voz mais baixo do que esperava, com uma certa dificuldade devido ao ato de respirar estar sendo normalizado.

--Meu bem, você precisa manter a calma, ok?A sua companheira está em trabalho de parto.--A profissional de branco, com um bordado no bolso escrito Cosima
em itálico, (provavelmente seu nome) disse de maneira calma.

Levantei bruscamente, sentindo uma leve tontura, logo troquei  dois passos, me apoiando no ombro da moça.Insistindo em ver minha noiva.

--Me leve até ela, por favor!--Solicitei com uma ansiedade gigantesca.

Ao entrar na sala de vidro, avistei uma doutora de cabelos loiros, posicionada entre as pernas da Lauren, enquanto ela fazia força.

O sorriso ao me ver em pé ao seu lado, misturou-se a expressão de esforço para empurrar a criança para o mundo externo.Segurei em sua mão macia, deixando que apertasse com força.

--Obrigada por não desistir de mim, Lauren.Eu te amo e amo nossa filha.--Sussurrei beijando de leve seus dedos.

--Eu amo mais!--Falou em sincronia com sua última contração, cerrando os dentes ao final, ao mesmo tempo fechando os lindos olhos.

Um choro forte inundou o ambiente, revelando pulmões fortes.Nossa guerreira acabara de nascer e seu cordão umbilical foi o primeiro presente a humanidade, coletado e entregue para a continuação do projeto.

Em resposta ao meu pedido, uma das médicas fotografou a pequena entre as duas mamães.

Aquele instante ficaria gravado em minha mente pra sempre como o melhor e mais bonito de toda a existência.Meu coração transbordou de alegria.

--Eu sonhei com essa menina, ela me ajudou a voltar.Podemos batizá-la com seu nome?

--Você vai aguentar duas Laurens em sua vida?--Indagou franzindo o nariz com um sorrisinho discreto em seguida.

--Vamos ver!!--Respondi dando um selinho demorado logo após.

Meu maior medo sempre foi perder a pessoa que mais amava, desde criança.Primeiro perdi a minha mãe, e uma dor sem fim se instalou em meu peito, apesar de que eu sentia que ela estava sempre comigo zelando la de cima.Depois tive medo de perder a Lauren e agora esse serzinho fruto do nosso amor.

Três dias depois, as duas receberam alta e acabamos fazendo amizade com o casal de médicas.Por mais que eu tentasse acreditar que tudo que fizeram foi pela ciência, eu desconfiava da intenção delas.

--Pelo amor e pela ciência!--Elas disseram juntas, em seguida se beijaram.

Aquilo me deixou chocada e excitada também.
Algo em mim estava diferente, me sentia uma loba faminta por sexo.Mesmo assim eu sabia que devia respeitar o período de pelo menos um mês, até Lauren estar recuperada.

Ao chegar em nosso lar coloquei a Laurenzinha no berço, e o cheiro de bebê perfumou a casa toda, passamos horas apenas a admirando dormir.

--Eu vou tomar um banho!Me acompanha?

Nem precisou chamar duas vezes, logo estávamos embaixo do chuveiro, onde eu acaricei os ombros, ensaboei as costas e lavei os cabelos da minha deusa.
Foi tão gostoso sentir as peles em contato, nos abraçamos e beijamos em completa sintonia.

A sequei com uma toalha felpuda e macia, sem perder o contato visual, minutos depois nos dirigimos ao quarto, ela me olhava tão ardentemente, me empurrou na cama com uma certa gula abaixou-se entre minhas pernas e eu fiquei assustada.

--O que está fazendo?

Segurou meu membro sutilmente, sorrindo de um jeito safado começou a chupá-lo bem lento, passando a língua na glande em movimentos circulares, eu gemi sem entender direito o motivo dela estar fazendo aquilo.

--Amor, não precisa!Você está...

Nem consegui concluir a frase, porque aquela boca macia e quente me desmoronava, me elevava ao céu, então apenas relaxei.Fui ao paraíso com aquelas sugadas e acabei atingindo o pico do prazer mais rápido do que esperava, fazendo a mulher de olhos mais lindos e mente brilhante gargalhar e me chamar de "fraquinha".

--Como assim?Você é que é boa demais nisso.E agora é a minha vez!

--Não, Camila.Eu só quero dormir de conchinha agora e depois, quando acordar quero que traga a nossa filha pra mamar, meus seios estão enormes e cheios de leite.

--Eu posso te ajudar com isso?

--Você quer mamar em mim, meu anjo?

--Uhuuun.

--Não vai.O leite é para a neném!

--Mas tem bastante!--Insisti em tom de brincadeira.

Nos divertimos fazendo carinho uma na outra, até nos abraçarmos de um jeito confortável, dormindo naquela posição.

Se aquilo era um sonho eu não queria acordar jamais!