entrei no meu quarto e sentei na cama chorando, odeio os hormônios, comecei a tirar minha roupa e vi o galego, ele colocou a mão pra tampar os olhos e eu ri.
para de bobeira, até parece que já não me viu do avesso- falei olhando ele sentar do meu lado
já sim, mas o respeito continua o mesmo- ele falou bagunçando meu cabelo
o que ele queria?- eu
o morro dele ta na mira de geral, depois que te prenderam jacaré botou pra fuder, uma invasão atrás da outra, e era tu que sempre ficava sabendo de tudo e os caralho- suspirou- numa dessas pegaram a mulher dele e judiaram legal, enfim... ele precisa de vc pra reerguer de vez o morro, essa é a verdade- galego
uma pena- levantei da cama- não foi ele que falou que eu sou alemão? quero mais que ele se foda, to nem ai- eu
eu sei que tu vai ajudar, mas eu não queria por causa das crianças, tu ta ligada o perigo que tu corre- galego
galego eu não vou ajudar, ele construiu o morro dele sozinho, eu não tenho nada haver com isso, ele que lute- eu
para de ser cabeça dura, mulher- ele falou dando um tapa na minha cabeça
como tu disse...agora tem o kaique e a kiara, eu não vou colocar meus filhos nesse perigo só pq ele quer, o problema é todo dele se ele não tem competência o suficiente pra arrumar as deslizes do morro dele- falei entrando no banheiro e tomando banho
escutei a porta do quarto bater e deduzi que ele já tinha saído, tudo na nossa vida tem escolha, eu escolhi passar por tudo que passei pelo o meu trabalho e na primeira oportunidade fui apunhalada, e assim por diante. Eu sofro muito com tudo que escolhi pra mim, não posso ir visitar minha mãe pq sou um perigo ambulante, mas sempre nos falamos por chamada de vídeo, a única forma no momento que ela tem de ver os netos, não contei pra ela que meus filhos são fruto de um aborto, pra ela o galego é o pai e eu ainda não vi problema nisso, no dia que eu conseguir sentar pra conversar com ela, vou contar tudo.
saio do banho enrolada no toalha e coloco meu pijama fresquinho, prendo o cabelo e vou pro quarto das crianças que é do lado do meu, entrei e sentei na poltrona admirando o quarto quase pronto das minhas duas vidinhas. Sou grata a tudo que o galego fez e faz por mim, eu e ele não temos nada, nossa única relação é a mais pura e verdadeira amizade, lembro até hoje do dia que ele falou que meus filhos tinham pai e que era ele, eu sempre soube que galego era doido pra ter filho mas ele tinha medo por conta da vida que leva, ele faz de tudo por mim e pelas as crianças e por mim nada vai mudar.
Um dia pretendo contar pras crianças a verdadeira a história e sinceramente espero que meus filhos não me odeiem pelos os meus erros
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma Policial da Pesada
FanfictionMirela é uma policial bem sucedida que ganhou a oportunidade de comandar uma missão no morro mais perigoso da cidade do Rio de Janeiro, o morro de Deus. Mas a única coisa que ela não pensou que ia acontecer era encontrar seu grande inimigo, mas ao m...