Olho para Crowley que mantinha uma expressão Séria em seu rosto mas um sorriso perverso em seus lábios, olhei para Castiel que estava todo machucado preso naquelas correntes.
Apenas encarei Crowley e tive um ataque de risos, o qual ficou indignado com minha expressão.
- Qual é a graça? - perguntou sério e eu ri
- Cara,meu pai morreu há anos. - ri - Você? Meu pai? Está blefando.
- Você deveria me respeitar. - Crowley se aproximou
- Oh sim, esqueci.. - me curvei - Bença pai. - debochei dando a benção como todo filho (a) faz.
- Magnífico! - ele respondeu sem se importar
- Não vai Responder "Deus te abençoe"? Que Mal educado. - debochei de novo - É o que todo pai faz,não é? - perguntei - ah, me esqueci, você não é meu pai. E além do mais, é um demônio psicopata se achando o Mauricinho do pedaço.
- Amara Somers Bittencourt. - ele dizia com a cara fechada.
- Poxa, nome completo? Eu nunca gostei de Bittencourt sabe.. É complicado, Bittencourt é nome para riquinhos e loucos, como você. - digo me aproximando olhando ao redor- mas não te julgo, você tem bom gosto para decorações.
- Podemos conversar, Querida? - ele me olhava sínico como se estivesse preparado para as minhas respostas
- Porque eu deveria? - digo o encarando
- Vai querer perder seu anjinho da guarda tão cedo? - ele apontou para Castiel que logo começou a cuspir sangue, fiquei desesperada.
- Para com isso! - ordenei - Tudo bem,vamos. - digo entrando na sua frente
Entramos em uma biblioteca e a porta se fecha e eu o encaro com uma cara do tipo: "o que está fazendo?" Ele apenas dá um sorriso se sentando em uma poltrona escura.
- Sente-se Querida. - ele Apontou para a poltrona que estava em sua frente e eu me sento com as pernas em cima da mesa. - Amara, por favor, Sente-se como uma bela dama.
O encarei e fiz cara de Espanto, me deitei sobre a poltrona e coloco as pernas nos braços da mesma e ele bufou. Se está querendo me dar ordens, vai ter que lutar para eu obedecer.
- Você pode me explicar o que está acontecendo aqui? - digo - quer me entregar a Lúcifer, é isso?
- Na verdade,eu quero manter você longe dele. - Crowley colocou suas mãos em seus joelhos apoiando seu queixo.
- Então,Crowley, o que você quer? - fui direta - Vamos,não tenho muito tempo.
- Eu quero proteger você. - Crowley foi curto e eu solto uma gargalhada
- Me proteger? - digo e ele assente - bela maneira de me trazer para cá e dizer que quer me proteger. - falo me referindo a "Guilherme"
- Achei normal,Paul simplesmente chamou você para Jantar, você nem sabe o que é agressividade quando faço do meu jeito. - Crowley se levantou pegando uma taça de vinho - vou te explicar passo a passo.
Não falei nada, apenas coloquei toda a minha atenção em Crowley, o mesmo respirou fundo e começou a dizer.
- Eu conheci a Lisa por meio de um pacto, óbvio que pedi sua alma em troca e a partir daquele momento, ela seria minha. - Crowley andava de um lado pro outro. - como fizemos um Pacto? Simplesmente,seu querido "papai" estava prestes a morrer e Lisa o amava muito. - ele diz tomando um gole de seu vinho
- E depois? - fiquei curiosa
- Ela fez o pacto comigo e prometeu seguir minhas ordens pela vida patética do Larry, fala sério, Mecânico? - ele debochou se referindo ao emprego do meu pai. Bufei de raiva.
qualquer emprego é digno, tanto como uma funcionária doméstica como um Gari de rua que recolhe lixos, se eles trabalham nisso, é porque não tiveram condições de arrumar outro emprego, e o que importa é que está trabalhando e não esperando cair do céu.
Porque as únicas coisas que caem do céu são chuvas e meteoros.
- Então, entrei nessa Casca que estou e dormi com sua mãe, ela era maravilhosa. - ele deu um sorriso sarcástico e coçou o queixo - Aí nasceu a princesinha procurada e pá, aqui está você.
- E o que aconteceu com meu pai? - perguntei e Crowley se sentou com sua taça na mão
- Ele viveu por longos anos, nunca desconfiou que você não era filha dele, aliás eles eram muito próximos um do outro. - estalou a língua - Seus pais morreram quando meus bebês foram atrás de sua mãe. Infelizmente meu filhotes não tem o costume de esperar.
- do que está falando? - perguntei franzindo as sobrancelhas
- Meus queridos Cães do Inferno, você pode ter visto vários raivosos, mas os meus são maiores. - ele riu e eu arregalo meus olhos
- Então,meus pais morreram por causa dos seus cães? - perguntei incrédula e ele assentiu com a cabeça - Seu desgraçado! - levantei revoltada
- Amara, trato é trato, eu disse a Lisa que voltaria quando o tempo acabasse e mesmo assim ela aceitou. Toda ação tem uma consequência meu amor, não é minha culpa. - ele levantou as mãos se rendendo
- Todo esse tempo, eu achei que era um acidente idiota quando vi o carro jogado no rio. - uma lágrima escorreu do meu rosto
- Minha Rainha..O que importa é que agora eu estarei perto de você. - Crowley se aproximou colocando suas mãos em meus ombros - Uma bela conexão entre pai e filha. - limpou minha lágrima com as costas de sua mão.
- eu não sou como você, você não é o meu pai! - gritei
- Bom, ache o que quiser, só não vou deixar Lúcifer encontrar você. - Ele deu de ombros
- Porque tanta preocupação em Lúcifer me encontrar? - perguntei brava
- porque você... é a nova casca de Lúcifer. - Crowley tinha preocupação em seu tom de voz.
[...]
Depois de muita conversa com Crowley, decidi que ficaria longe o máximo da cidade, sempre que chego em algum lugar tranquilo,ele se torna uma zona.
- Eu posso..levar o Castiel? - perguntei a Crowley e ele deu um sorriso.
- Mas é claro, minha Rainha. - vou suas mãos em meus ombros me levando até Castiel que estava com um olhar morto. - Eu o trouxe para que você me escutasse, Castiel não é meu alvo.
- Você promete que não vai machucar meus amigos? - pergunto e ele para por uns segundos
- prometo. - ele colocou sua mão no peito
- Eu irei memorizar isso. - digo e corro em direção a Castiel
Seu olhar estava fitando o chão e suas mãos estavam fechadas e cortadas, levantei seu rosto e o mesmo olhou para mim
- Amara.. você está viva. - ele estava fraco
- Vamos embora daqui, Crowley vai te soltar. - digo acariciando seu rosto.
Crowley estralou os dedos e as correntes sumiram e Castiel caiu por cima de mim, o levantei colocando seu braço por meu ombro e saio daquela Casa ligando para os Winchester.
É, de volta à estrada.
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an angel at my door - Castiel [PAUSADA]
FanfictionAmara Somers, Uma jovem sonhadora, dezoito anos, estudante e bem espontânea. Resolveu morar Lawrence no Kansas. apesar de Amara ser bastante compreensiva, também era insegura com certas coisas, não tinha muitos amigos e viveu isolada por vários anos...