JJ
Em dezembro, decidimos não ir para casa, em Omaha. Molly está com a barriga maior e todos saberiam que ela tem um bebê na barriga no minuto em que colocassem os olhos nela. Ela está cada vez mais bipolar, consegue ser emotiva e insensível ao mesmo tempo. Hoje nos finalmente vamos ao médico confirmar se meu filho é um garoto. Eu sinto que é, e nada vai mudar isso.
No momento ela está no closet procurando uma roupa confortável. Ela reclama de suas roupas e eu estou jogado na cama esperando que saia vestida logo.- Eu não entendo por que eu tenho tantas roupas coladas. - ela diz alto e eu respiro fundo concordando mentalmente - Certo.
Ela está com um jeans colado e uma blusa vermelha da Nike que se não me engano é minha. Ela calça os saltos e se olha no espelho.
- É o que temos. - suspira pegando uma jaqueta jeans
No caminho para a clínica ela fica inquieta e eu também. Quando nos sentamos na recepção uma garota de aparentemente dezessete anos se senta ao seu lado e ela encara a mesma como se fosse um bicho.
- Você está de quantos meses? - ela pergunta curiosa e eu a belisco
- Sete. - a garota responde com a mão na barriga - Diana. - Molly sorri - Ela provavelmente irá para a adoção. Meus pais estão me obrigando. - suspira cansada e eu sinto pena
- Sinto muito. - Molly diz e ela dá de ombros
- Tenho dezessete anos. Não tenho como criar. Está tudo bem.
- Molly Gilinsky. - Michael a chama e nos levantamos
Molly se despede dela e nos entramos no consultório.
- Nada de calças. - é a primeira coisa que ele diz para ela
- Eu não tenho mais roupas. - ela diz emburrada
- Pois compre. - ele diz e eu solto uma risada por isso - Saltos também não. - ela faz um bico emburrada e retira seu jeans se deitando na maca
Quando a imagem aparece na pequena TV ao lado da maca eu não acredito.
- Você tem um bebê na barriga. - é o que eu digo e Michael ri
Eu fico olhando para a TV e algo começa a bater no fundo.
- Isso, é o coração do seu bebê. - ele diz e eu a olho sorrindo - Vocês têm preferência?
- É uma garota. - Molly diz convicta e eu reviro os olhos
- Não é.
- Você já sabe o que é? - ela pergunta ao médico que assente
- Só quero ter certeza. - diz e nos esperamos ansiosos
- Eu vou esfregar na sua cara que é uma garota. - diz
- Eu vou esfregar na sua cara que...
- É um garoto. - o médico me corta e eu pulo
- Você tem certeza? - o encaro
- Cem porcento. - diz
- Eu disse. - a olho e ela começa a chorar - Por que você está chorando? - me aproximo - Se está chorando por que é um garoto pode continuar a chorar.
- Eu estou feliz. - ela sorri
Eu fico olhando para o meu filho na TV ainda entusiasmado e quando ele limpa sua barriga nos sentamos para que ele de algumas recomendações.
- Daqui pra frente será mais difícil dormir. - ele diz e ela assente - Sua barriga está crescendo. Será mais difícil encontrar uma posição que seja confortável. E, agora, seu bebê começará a dar sinais de que está aí.
- Ele vai mexer? - ela pergunta e ele assente
- Nada de calças. - ele reforça - Eu aconselho a comprar vestidos e sapatilhas. - ela suspira - Só até ele nascer. - diz e ela concorda
Quando saímos do consultório passo no shopping com a mesma para que compre algumas peças de roupa. Ela escolhe alguns vestidos soltos, outros nem tanto mas me assegura de que se esticam. Compramos sapatilhas e alguns moletons por conta da época do ano. Nos passamos em frente à uma loja de coisas para bebês e encaramos a vitrine que tem um quarto montado.
- Quer comprar alguma coisa? - pergunto e ela dá de ombros - Se fosse garota aposto que ja teria comprado. - digo com desdém e ela revira os olhos
- Vamos lá. - ela me puxa
Quando entramos na loja eu me sinto um panaca. Compro várias roupas e até um bone. A caixa me canta dizendo que eu serei um pai em tanto e minha namorada surge do nada para dar uma patada na mesma que fica sem graça.
Namorada.
Nos andamos de mãos dadas pelo shopping e paramos na praça de alimentação para que ela coma uma sorvete de chocolate. Eu me nego que se aproxime e ela tenta a todo custo encostar nossos lábios.
- Sebosa. - digo quando ela consegue - Eu odeio sorvete de chocolate. - digo e ela dá risada
Quando chegamos em casa ela vai para o banheiro e quando tira o jeans eu entendo o por que do médico ter dito para não usar mais calça. Em sua barriga tem a marca do cós.
Ela toma um banho acompanhada por mim mas sem nem um pingo de malícia e quando nos deitamos na cama eu percebo o quanto estava cansado.
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A𝗅𝗅 T𝗁𝗂𝗌 T𝖾𝗇𝗌𝗂𝗈𝗇
Random𝖭𝗈𝗌 𝗍𝖾𝗆𝗈𝗌 𝗍𝖺𝗇𝗍𝖺 𝗍𝖾𝗇𝗌𝖺𝗈 𝖯𝗈𝖽𝖾𝗋𝗂𝖺 𝗌𝖾𝗋 𝖼𝗈𝗋𝗍𝖺𝖽𝖺 𝖼𝗈𝗆 𝗎𝗆𝖺 𝖿𝖺𝖼𝖺 𝖬𝗎𝗂𝗍𝖺 𝗍𝖾𝗇𝗌𝖺𝗈 𝖬𝖺𝗌 𝖾𝗎 𝗇𝖺𝗈 𝗆𝖾 𝗂𝗆𝗉𝗈𝗋𝗍𝗈 𝖳𝗈𝖽𝖺 𝖾𝗌𝗌𝖺 𝗍𝖾𝗇𝗌𝖺𝗈 𝖤𝗌𝗍𝖺 𝗌𝖾 𝖼𝗈𝗇𝗌𝗍𝗋𝗎𝗂𝗇𝖽𝗈 𝖽𝖾𝗇𝗍𝗋𝗈...