chapter twenty-one

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MG
O mês acaba de virar para novembro e algumas casas já colocam a decoração de Natal a mostra. Minha barriga cresceu e eu engordei. Johnson me consolou pelo menos três vezes só nesta semana e acho que cinco é o número de brigas que tivemos nesse mesmo período.

- Eu quero pipoca doce. - digo sem o olhar pois não falo com o mesmo desde a noite passada quando discutimos eu sei lá por que

- Agora você fala comigo?

- Você pode comprar pra mim? - cruzo os braços o olhando

- Por favor? - coloca as mãos na cintura

- Por favor. - me rendo

- Na volta eu trago. - diz vestindo uma camisa e eu assinto

Quando ele sai eu fico no maior tédio e decido ligar para Maddie vir passar a tarde comigo. Quando ele chega ela se despede com a justificativa de odiar ele e eu concordo pegando as pipocas de sua mão. A faço prometer não contar ao meu irmão que Johnson me deu um apartamento e ela alega que não tem nada a ver com isso.

- Melhores amigas? - ele pergunta tirando a blusa e eu dou de ombros - Acho que está na hora de fazer o pré natal Molly.

- Eu também acho. - suspiro - Você está pronto?

- Não. - ele se senta ao meu lado no sofá

- Eu também não.

- Vou marcar pra amanhã. - ele diz e eu concordo

Ele concorda em pedir uma pizza de mussarela e depois, nos deitamos na cama. Na mesa de cabeceira tem o porta retratos com uma foto de todos nos; eu, meu irmão, Samuel, Nate e Johnson. Estamos todos felizes na foto em frente à faculdade.

- Eu sinto falta da faculdade. - suspiro - Sinto falta da minha vida.

- Eu também. - ele diz e eu me viro o olhando - Sinto falta de te odiar. - eu dou risada e ele acompanha

Eu não durmo nessa noite. Nos não dormimos. Acabo ficando ansiosa pelo dia de amanhã e, no meio da madrugada, acabo vomitando tudo o que comi. Ele me ajuda e me consola quando começo a chorar.

Pela manhã eu visto uma saia cintura alta cor vinho e uma blusa branca de mangas. Deixo meus cabelos soltos e calço meus saltos após passar uma maquiagem leve. Ele me encara dos pés a cabeça e depois desce os olhos para a minha barriga. Minhas roupas coladas ao meu corpo deixam evidente a pequena elevação da mesma.

- Para com isso. - suspiro

- Estou achando bonito. - ele da de ombros - Sua barriga está crescendo.

- Obrigada. - digo como quem não se importa mas ainda sim envergonhada

Nos pegamos o elevador e uma senhora pede que seguremos o mesmo. Johnson faz as honras e ela entra sorrindo com um vaso de suculentas em mãos.

- Com quantos meses você está? - ela me olha

- Tres. - sorrio amarelo

- Vai ser uma criança bonita. - diz olhando para Johnson e depois para mim

- Se parecer comigo. - ele diz convencido e eu reviro os olhos

Quando o elevador chega ao térreo ela se despede dizendo que se precisarmos de algo ela está no apartamento ao lado.

No caminho para a clínica eu ligo o rádio e nos cantamos uma música que eu não sei o nome mas sei cantar apenas por ouvir eles cantarem várias vezes. Quando ele estaciona eu começo a chorar novamente e ele me abraça me pedindo por calma. Ao descermos do carro ele pega na minha mão e nos entramos na clínica. Eu logo sou atendida e Michael sorri ao nos ver.

- Fico feliz que voltou senhorita Gilinsky. - ele aperta nossas mãos

Nos entramos no consultório e ele pede que eu tire minha saia e se retira para que eu o faça. Quando ele volta, espalha o gel gelado em minha barriga e logo a imagem aparece na TV. Esta mais nítido. Mas ainda sim está confuso. Johnson encara a TV com o semblante engraçado.

- É o bebê? - pergunta

- Sim. Esta tomando forma. No próximo mês vocês conseguirão vê-lo exatamente.

Johnson sorri; Michael mede algumas coisas na TV e então pede para que eu me vista.

- Você engordou. Isso é bom. - sorri e eu suspiro - Ainda sim não é suficiente. Continue tomando as vitaminas. Tem muitos enjoos?

- As vezes. - suspiro

- Quando ela se sente nervosa, vomita. - Johnson se intromete

- Certo. Continue tomando o remédio para enjoo mas apenas uma vez ao dia, após o café. É importante que coma frutas e legumes. - assinto após fazer uma careta

Ele da mais algumas recomendações e logo nos saímos. Passamos em um mercado antes de irmos para o apartamento.

- Vou comprar algumas frutas. - ele diz soltando de minha mão para pegar um carrinho

Ele compra tudo quanto é tipo de fruta e eu apenas o acompanho. Pego um pote de sorvete de frutas vermelhas, nuggets e cerejas. As cerejas e o sorvete são aceitos, mas os nuggets negados.

- Você não pode ficar me dizendo o que comer. Eu tô grávida. Eu preciso comer as coisas que eu desejo. - digo irritada no banco do passageiro enquanto ele dirige

- Nuggets são tóxicos. Ninguém deveria comer aquilo. - ele diz sem me olhar e eu me dou por vencida

No apartamento ele me ajuda a guardar as coisas na cozinha e sai alegando precisar resolver seus assuntos. Eu passo a tarde maratonando série e a noite vou para um banho de banheira. Lavo os cabelos e me deito na cama vestindo apenas uma camisa e uma calcinha. Ele não volta pra casa a noite o que me deixa preocupada.

Quando acordo no dia seguinte, decido que preciso buscar mais algumas roupas na casa dos garotos e peço um táxi após tomar um banho.

A casa está quieta e pelo horário sei que não estão em casa. Subo as escadas e tenho o desprazer de encontrar com Rachel no corredor. Ela está vestindo a camisa que Johnson vestia ontem e passa por mim com um olhar desafiador.

Eu sigo para o meu quarto onde pego algumas roupas e coloco em uma bolsa grande. Quando desço as escadas vou para a cozinha onde pego uma maçã e encaro Rachel sentada no balcão com um copo de água em mãos.

- Eu sei que está dormindo com ele. - ela diz e eu a ignoro - Não me deixa surpresa, vadia.

- Quais são os seus critérios para me designar uma vadia?

- Caralho, por que você não admite? - desce do balcão vindo em minha direção

- Admitir o que?

- Que está transando com o meu namorado. - se aproxima tanto que eu sinto a respiração dela batendo no meu rosto

- Pelo visto, a vadia da história é você que mesmo sabendo que eu transei ainda abriu as penas pra ele. - sorrio

O primeiro tapa desferido vem dela. No minuto seguinte nos estamos numa briga feia, vejo Johnson descer as escadas e quando me distraio por um segundo ela me da outro tapa me fazendo sentir o gosto do sangue; ele se aproxima da mesma e a puxa pela cintura. Ela se debate para que ele a solte e então, acaba me chutando me fazendo cair no chão. O chute, involuntário devo dizer, me acerta na barriga e eu começo a chorar no minuto seguinte.

- Caralho. - escuto o mesmo

- Não haja como se eu tivesse quebrado sua Barbie. - a escuto e choro mais ainda

- O que você está sentindo? - ele se abaixa e eu nego continuado a chorar

- Eu não sei.

Eu apago no momento em que ele me pega no colo e coloca no carro.








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A𝗅𝗅 T𝗁𝗂𝗌 T𝖾𝗇𝗌𝗂𝗈𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora