MG
O mês acaba de virar para novembro e algumas casas já colocam a decoração de Natal a mostra. Minha barriga cresceu e eu engordei. Johnson me consolou pelo menos três vezes só nesta semana e acho que cinco é o número de brigas que tivemos nesse mesmo período.- Eu quero pipoca doce. - digo sem o olhar pois não falo com o mesmo desde a noite passada quando discutimos eu sei lá por que
- Agora você fala comigo?
- Você pode comprar pra mim? - cruzo os braços o olhando
- Por favor? - coloca as mãos na cintura
- Por favor. - me rendo
- Na volta eu trago. - diz vestindo uma camisa e eu assinto
Quando ele sai eu fico no maior tédio e decido ligar para Maddie vir passar a tarde comigo. Quando ele chega ela se despede com a justificativa de odiar ele e eu concordo pegando as pipocas de sua mão. A faço prometer não contar ao meu irmão que Johnson me deu um apartamento e ela alega que não tem nada a ver com isso.
- Melhores amigas? - ele pergunta tirando a blusa e eu dou de ombros - Acho que está na hora de fazer o pré natal Molly.
- Eu também acho. - suspiro - Você está pronto?
- Não. - ele se senta ao meu lado no sofá
- Eu também não.
- Vou marcar pra amanhã. - ele diz e eu concordo
Ele concorda em pedir uma pizza de mussarela e depois, nos deitamos na cama. Na mesa de cabeceira tem o porta retratos com uma foto de todos nos; eu, meu irmão, Samuel, Nate e Johnson. Estamos todos felizes na foto em frente à faculdade.
- Eu sinto falta da faculdade. - suspiro - Sinto falta da minha vida.
- Eu também. - ele diz e eu me viro o olhando - Sinto falta de te odiar. - eu dou risada e ele acompanha
Eu não durmo nessa noite. Nos não dormimos. Acabo ficando ansiosa pelo dia de amanhã e, no meio da madrugada, acabo vomitando tudo o que comi. Ele me ajuda e me consola quando começo a chorar.
Pela manhã eu visto uma saia cintura alta cor vinho e uma blusa branca de mangas. Deixo meus cabelos soltos e calço meus saltos após passar uma maquiagem leve. Ele me encara dos pés a cabeça e depois desce os olhos para a minha barriga. Minhas roupas coladas ao meu corpo deixam evidente a pequena elevação da mesma.
- Para com isso. - suspiro
- Estou achando bonito. - ele da de ombros - Sua barriga está crescendo.
- Obrigada. - digo como quem não se importa mas ainda sim envergonhada
Nos pegamos o elevador e uma senhora pede que seguremos o mesmo. Johnson faz as honras e ela entra sorrindo com um vaso de suculentas em mãos.
- Com quantos meses você está? - ela me olha
- Tres. - sorrio amarelo
- Vai ser uma criança bonita. - diz olhando para Johnson e depois para mim
- Se parecer comigo. - ele diz convencido e eu reviro os olhos
Quando o elevador chega ao térreo ela se despede dizendo que se precisarmos de algo ela está no apartamento ao lado.
No caminho para a clínica eu ligo o rádio e nos cantamos uma música que eu não sei o nome mas sei cantar apenas por ouvir eles cantarem várias vezes. Quando ele estaciona eu começo a chorar novamente e ele me abraça me pedindo por calma. Ao descermos do carro ele pega na minha mão e nos entramos na clínica. Eu logo sou atendida e Michael sorri ao nos ver.
- Fico feliz que voltou senhorita Gilinsky. - ele aperta nossas mãos
Nos entramos no consultório e ele pede que eu tire minha saia e se retira para que eu o faça. Quando ele volta, espalha o gel gelado em minha barriga e logo a imagem aparece na TV. Esta mais nítido. Mas ainda sim está confuso. Johnson encara a TV com o semblante engraçado.
- É o bebê? - pergunta
- Sim. Esta tomando forma. No próximo mês vocês conseguirão vê-lo exatamente.
Johnson sorri; Michael mede algumas coisas na TV e então pede para que eu me vista.
- Você engordou. Isso é bom. - sorri e eu suspiro - Ainda sim não é suficiente. Continue tomando as vitaminas. Tem muitos enjoos?
- As vezes. - suspiro
- Quando ela se sente nervosa, vomita. - Johnson se intromete
- Certo. Continue tomando o remédio para enjoo mas apenas uma vez ao dia, após o café. É importante que coma frutas e legumes. - assinto após fazer uma careta
Ele da mais algumas recomendações e logo nos saímos. Passamos em um mercado antes de irmos para o apartamento.
- Vou comprar algumas frutas. - ele diz soltando de minha mão para pegar um carrinho
Ele compra tudo quanto é tipo de fruta e eu apenas o acompanho. Pego um pote de sorvete de frutas vermelhas, nuggets e cerejas. As cerejas e o sorvete são aceitos, mas os nuggets negados.
- Você não pode ficar me dizendo o que comer. Eu tô grávida. Eu preciso comer as coisas que eu desejo. - digo irritada no banco do passageiro enquanto ele dirige
- Nuggets são tóxicos. Ninguém deveria comer aquilo. - ele diz sem me olhar e eu me dou por vencida
No apartamento ele me ajuda a guardar as coisas na cozinha e sai alegando precisar resolver seus assuntos. Eu passo a tarde maratonando série e a noite vou para um banho de banheira. Lavo os cabelos e me deito na cama vestindo apenas uma camisa e uma calcinha. Ele não volta pra casa a noite o que me deixa preocupada.
Quando acordo no dia seguinte, decido que preciso buscar mais algumas roupas na casa dos garotos e peço um táxi após tomar um banho.
A casa está quieta e pelo horário sei que não estão em casa. Subo as escadas e tenho o desprazer de encontrar com Rachel no corredor. Ela está vestindo a camisa que Johnson vestia ontem e passa por mim com um olhar desafiador.
Eu sigo para o meu quarto onde pego algumas roupas e coloco em uma bolsa grande. Quando desço as escadas vou para a cozinha onde pego uma maçã e encaro Rachel sentada no balcão com um copo de água em mãos.
- Eu sei que está dormindo com ele. - ela diz e eu a ignoro - Não me deixa surpresa, vadia.
- Quais são os seus critérios para me designar uma vadia?
- Caralho, por que você não admite? - desce do balcão vindo em minha direção
- Admitir o que?
- Que está transando com o meu namorado. - se aproxima tanto que eu sinto a respiração dela batendo no meu rosto
- Pelo visto, a vadia da história é você que mesmo sabendo que eu transei ainda abriu as penas pra ele. - sorrio
O primeiro tapa desferido vem dela. No minuto seguinte nos estamos numa briga feia, vejo Johnson descer as escadas e quando me distraio por um segundo ela me da outro tapa me fazendo sentir o gosto do sangue; ele se aproxima da mesma e a puxa pela cintura. Ela se debate para que ele a solte e então, acaba me chutando me fazendo cair no chão. O chute, involuntário devo dizer, me acerta na barriga e eu começo a chorar no minuto seguinte.
- Caralho. - escuto o mesmo
- Não haja como se eu tivesse quebrado sua Barbie. - a escuto e choro mais ainda
- O que você está sentindo? - ele se abaixa e eu nego continuado a chorar
- Eu não sei.
Eu apago no momento em que ele me pega no colo e coloca no carro.
stream #MyLove ♡
VOCÊ ESTÁ LENDO
A𝗅𝗅 T𝗁𝗂𝗌 T𝖾𝗇𝗌𝗂𝗈𝗇
De Todo𝖭𝗈𝗌 𝗍𝖾𝗆𝗈𝗌 𝗍𝖺𝗇𝗍𝖺 𝗍𝖾𝗇𝗌𝖺𝗈 𝖯𝗈𝖽𝖾𝗋𝗂𝖺 𝗌𝖾𝗋 𝖼𝗈𝗋𝗍𝖺𝖽𝖺 𝖼𝗈𝗆 𝗎𝗆𝖺 𝖿𝖺𝖼𝖺 𝖬𝗎𝗂𝗍𝖺 𝗍𝖾𝗇𝗌𝖺𝗈 𝖬𝖺𝗌 𝖾𝗎 𝗇𝖺𝗈 𝗆𝖾 𝗂𝗆𝗉𝗈𝗋𝗍𝗈 𝖳𝗈𝖽𝖺 𝖾𝗌𝗌𝖺 𝗍𝖾𝗇𝗌𝖺𝗈 𝖤𝗌𝗍𝖺 𝗌𝖾 𝖼𝗈𝗇𝗌𝗍𝗋𝗎𝗂𝗇𝖽𝗈 𝖽𝖾𝗇𝗍𝗋𝗈...