chapter seventeen

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MG
Meu irmão me convence a ir para sua casa, nossa casa, eu não sei. Quando chegamos ele vai para a cozinha e eu sinto meu estômago roncar. Me lembro que não tomei café e que meu filho deve estar faminto. Eu o observo fazer espaguete desajeitadamente e me levanto lavando as mãos para o ajudar.

- Nós estamos bem? - ele me pergunta

- Fora o segredo de vocês? - pergunto e ele assente - Sim.

- Certo. - ele suspira aliviado - Vai voltar pra casa?

- Não. Só depois que você criar vergonha na cara e me disser logo. - continuo cortando tomates para o molho

- Certo. - diz culpado

O silêncio que se instala não dura muito tempo por que a porta da sala é aberta e de longe escuto a voz de Johnson conversando com alguém.

- Eu não acredito que... - ele entra na cozinha e para de falar quando me vê

Ao seu lado vejo Rachel com uma mochila no ombro.

- Rachel? - é a voz do meu irmão

- Podemos conversar? - Johnson o olha e ele vai para sala com o mesmo

Eu continuo cortando os tomates enquanto eles conversam baixo e Rachel me encara. Ela puxa um banco do balcão e se senta sem tirar os olhos de mim.

Quando meu irmão volta acompanhado de Johnson o espaguete já está pronto e infelizmente ela se senta na mesma mesa que eu para comer. Eu como duas vezes por estar completamente faminta e nesse meio tempo Nate e Samuel se juntam a nos para comer.

"Você tomou seus remédios?" É o que diz a mensagem no meu celular.

Decido não responder o cara de olhos azuis que me encara exatamente de frente para mim na mesa primeiro por estar irritada e segundo por ter esquecido de tomar os mesmos. Quando termino eu me levanto e subo dizendo o quanto estou cansada, me deito na cama e deixo a porta entre aberta.

- Eu vou ficar nesse quarto? - é a voz dela

- Você sabe de quem é esse quarto. - ele não parece estar com paciência

- Ela nem mora mais aqui.

- Não importa. Você vai ficar no meu quarto. - ele diz irritado

Escuto a porta ao lado batendo forte e em seguida a porta do meu quarto abre. Fecho os olhos e finjo inexistência.

- Eu sei que você não tá dormindo. - ele diz

- Eu tô tentando. - resmungo

- Não tá. Você não dorme assim.

- Você consegue ser menos irritante? - pergunto - Me deixa em paz.

- O que?

- Eu quero ir embora. - me levanto - Jack! - grito alto e ele aparece no fim do corredor com uma toalha em mãos - Pode me levar embora?

- Eu vou tomar um banho rápido. - ele diz e eu assinto

Desço as escadas e me sento no sofá o vendo me acompanhar. Ele fica ali me encarando mas volta a falar:

- Aconteceu alguma coisa?

- Não é da sua conta. - encaro minhas unhas

Eu fico em silêncio enquanto ele me encara do fim da escada. Quando meu irmão desce vestindo sua camisa eu agradeço a deus mentalmente e me levanto acompanhando o mesmo para fora de casa.

- Você não pode morar em um hotel. - meu irmão diz quando estaciona em frente ao mesmo e eu suspiro

- Tudo bem. Não se preocupa. - beijo sua bochecha

Eu desço do carro e subo para o quarto de hotel que agora se encontra arrumado, de lençóis trocados e até tinha algumas guloseimas. Tyler me manda uma mensagem perguntando se podemos nos encontrar mas eu não respondo afim de não arrumar problema pra minha cabeça.

Quando Johnson entra no quarto eu estou no banheiro vomitando todo o meu almoço e ele corre para segurar meu cabelo.

- Eu não preciso de ajuda. - me levanto indo para a pia enxaguar a boca e escovar os dentes

Ele sai do banheiro e quando eu o faço ele está sentado na cama inexpressivo.

- O que está acontecendo com você?

- Nada! - eu perco a paciência

- Você está me irritando. - ele fecha as mãos e eu dou risada debochada

- Quer me bater? - me aproximo - Qual é a sua?

- Qual é a sua!? - ele se levanta

- Por que você não volta pra casa? - pergunto - Eu fico em uma verdadeira paz sem você aqui!

- Realmente!? - ele pergunta e eu assinto

Ele se vira e começa a juntar suas roupas em sua mochila enquanto eu o encaro de braços cruzados. Quando ele bate a porta do quarto eu choro alguns minutos, de ódio. Eu tomo banho e peço comida japonesa para a janta e acabo dormindo um pouco cedo.

Acordo com barulhos pelo quarto e me assusto quando vejo Johnson andando pelo mesmo.

- O que você está fazendo aqui? - pergunto irritada

- Não é da sua conta.

- É. Eu não quero você aqui mais. Na verdade eu não quero ver você nunca mais.

- Que pena. - debocha - Que pena que você tá com um filho meu na barriga.

- Por que você não volta pra casa pra foder com a sua namorada e deixa eu e meu filho em paz! - eu grito me levantando - Me deixa em paz!

Ele se aproxima e eu começo a estapear o seu peito.

- Eu odeio você! - grito começando a chorar infelizmente

Ele me puxa e me abraça forte e eu choro em seu peito por alguns minutos. Ele acaricia meus cabelos e eu finalmente aceito que preciso dele. Eu estou carente e sozinha.

A𝗅𝗅 T𝗁𝗂𝗌 T𝖾𝗇𝗌𝗂𝗈𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora