chapter eight

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MG
Ele disse que se arrepende mas infelizmente não é suficiente. Não posso fingir que não aconteceu ou negar que tenho medo de que realmente aconteça. Aquele foi um dos piores momentos da minha vida e por um segundo achei que fosse ser obrigada a reviver o mesmo. Eu me afastei, choraminguei, fiz trabalho separado dos garotos mesmo sabendo que boa parte dependia de mim, evitei ao máximo estar perto dele, mas eu não posso mudar o fato de que moramos na mesma casa. Não posso ignorar que ele veio atrás, ele veio atrás de mim no meu quarto. Isso é bom. Eu seria estúpida se dissesse que não sinto sua falta.

Uma semana se passou desde o ocorrido e Tyler continua me enviando mensagens, eu continuo ignorando o mesmo e Johnson e eu trocamos olhares inexpressivos diversas vezes. Hoje, dia 10 de setembro, é aniversário do meu irmão gêmeo, consequentemente o meu também. Nesse momento eu estou caminhando pelo shopping procurando por algo que ele goste. Opto por uma corrente fina de ouro e um tênis da Nike branco, pedindo mentalmente para que ele goste. Quando chego em casa, há uma movimentação estranha e eu vejo alguns rostos familiares circulando pela mesma.

- O que está acontecendo? - pergunto a Mary, uma das empregadas mais velhas de casa

- O senhor Johnson está dando uma festa senhora. - diz e eu a repreendo com o olhar

- Já dissemos que não somos senhores. - digo e ela dá de ombros - Certo. Obrigada.

Subo as escadas e ao me aproximar do meu quarto me deparo com Johnson saindo do mesmo.

- O que você estava fazendo?

- Te roubando. - debocha e eu a olho desconfiada - Deixando seu presente.

- Eu não pedi. - digo rápido

- Vai continuar com essa palhaçada até quando? - coloca as mãos na cintura

- Até quando eu quiser. - digo simples - Sua namorada vem a festa? - pergunto mas me arrependo no minuto seguinte

- Feliz aniversário Molly. - se aproxima beijando minha testa e seguindo para o seu quarto no minuto seguinte

Entro em meu quarto frustrada por ter soltado essa pergunta. Em minha cama têm quatro caixas. Na pequena havia uma bolsa bege com um cartão dizendo " sou três minutos mais velho ". Na segunda, um Louboutin bege com um cartão " pensamos em conjunto, N " . Na terceira, era uma blusa da puma com um cartão desenhado um coração torto, fofo. A quarta eu estava com muito medo de abrir.

- Céus. - suspiro

Abro e dentro há uma caixa da pandora. É um conjunto. Um anel delicado com uma pedra brilhante e um colar com várias pedrinhas. Ele me deu um conjunto da pandora. Ele sempre me dá um Rolex feminino. Alguém bate na porta desviando meus pensamentos e eu resmungo para que entre.

- Você vai descer para a festa? - Nate pergunta

- Sim. Que horas? - fecho a caixa o olhando

- As dez. As pessoas já começaram a chegar.

- São nove horas. - ele da de ombros - Certo.

- Você gostou? - ele pergunta e eu sorrio

- Sim. Eu amei. - digo e ele sorri fechando a porta

Me dirijo para o banheiro onde eu tomo um banho rápido e saio em alguns minutos. Me visto com uma saia branca justa e a blusa da puma que Samuel me dera mais cedo; seco meus cabelos que caem irritantemente lisos nas costas e eu dou um jeito nisso tentando fazer alguns cachos com um babyliss. Passo uma maquiagem leve, calço meus Louboutins novos e coloco apenas o anel em meu dedo médio encarando minha mão por alguns segundos.

A𝗅𝗅 T𝗁𝗂𝗌 T𝖾𝗇𝗌𝗂𝗈𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora