chapter forty-three

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JJ
- É impressão minha ou ele é a minha cara? - nos damos risadas

- Até o nariz. O que é uma pena. - diz e eu dou risada após fazer cara de ofendido

O garoto é realmente a minha cara e pra variar é completamente loiro.

- Vou chamar os outros. - ela assente

- Meu irmão está chorando feito um pateta. - ela dá risada sozinha e eu tento fazer cara de ofendido novamente

Saio pelos corredores e encontro Nate, Sammy e Maddie sentados.

- E então? - Maddie é a que se pronuncia

- Ele é a minha cara. - digo convencido e ela revira os olhos - Vocês podem entrar.

Enquanto eles estão lá dentro eu fico com a minha mãe lá fora.

- Como foi? - ela diz e eu choro mais um pouco em seu abraço

- Ele é a minha cara. - digo passando a mão no rosto e ela segura o mesmo e beija minha bochecha

Meu pai chega no minuto seguinte.

- Estou muito orgulhosa de você. Nos estamos.

Meu pai me olha desconfiado e me cumprimenta com um aperto de mão e dois tapinhas nas costas. Os garotos se retiram e eu entro com meus pais para que vejam seu neto.

- Meu Deus. - minha mãe quase surta - Ele é exatamente igual a você quando nasceu. - diz e eu dou risada - É uma cópia perfeita.

- Triste não é? - Molly diz fazendo careta - Até o nariz.

- Não fale assim do meu bebê. - ela me abraça de lado

- Senhorita Gilinsky. - meu pai diz sério

- David. - ela está tensa, eu consigo sentir daqui

Ela só parece respirar quando meu pai ri e se aproxima.

- Sabe que não precisamos de cerimônia. - ele diz e ela sorri - Finalmente você fez uma boa escolha. - me olha e eu reviro os olhos

Eles vão embora e G fica com Molly para que eu tome um banho e pegue uma troca de roupas para ela. Quando volto para a clínica, nosso filho está dormindo e ela encara o teto.

- Estava quase morrendo de tédio. - diz e eu dou risada

Eu tomo um café e trago uma garrafa de água para ela. Nós viramos a noite conversando apenas para não dormir e no outro dia após o café ela recebe alta. Ela vai no banco de trás com ele em silêncio e só se pronuncia no apartamento.

- Eu odeio hospital. - eu dou risada

Minha mãe chega cerca de dez minutos após nossa chegada e elas vão para o quarto onde tagarelam por umas três horas - no mínimo.

Eu me aproximo do quarto e vejo minha mãe ajudando ela a trocar a fralda do moleque que faz um pouco de xixi que esguicha em sua mãe. Ele acaba se irritando pela demora e começa a resmungar deixando Molly apavorada.

- Eu não consigo. - ela diz com a voz embargada

- Não se apavore quando ele resmungar ou chorar. É completamente normal. - minha mãe assegura

Ela passa pomada e fecha a fralda do moleque o pegando no colo e colocando o peito em sua boca no minuto seguinte. Seus peitos estão enormes e quando ela me vê na porta, tampa com uma fralda de tecido o rosto do moleque e o peito.

- É importante que deixe as roupinhas que vai colocar nele na cama antes do banho, assim quando você sair com ele molhado vai poupar tempo, choro e friagem. - Molly assente atenta - Banhos rápidos, e caso esteja frio feche a porta do quarto para não bater vento diretamente nele.

Eu volto para a sala e fico encarando o teto me sentindo completamente confuso sobre a situação.

- Ela precisa da sua ajuda. - minha mãe se senta ao meu lado - Eu não vou ficar pra sempre.

- Ela precisa aprender pra me ensinar. - deixo claro

- Por que vocês não aprendem juntos? - diz sugestiva

- Não sei se ela tem paciência o suficiente pra isso. Nem eu. Nem o moleque.

- Ela está tentando fazer as coisas certinho. Você precisa apoiar ela, ficar mais tempo em casa e...

- Você vai ficar quanto tempo?

- Talvez um mês. Seu pai não quer ficar muito mas com certeza ficarei. A garota precisa de ajuda e de apoio maternal. Coisa que a mãe dela não tem capacidade pra dar. - concordo com a cabeça - Ela é uma boa garota. Só está com medo.

- Eu estou tanto quanto ela. - admito

[...]

A𝗅𝗅 T𝗁𝗂𝗌 T𝖾𝗇𝗌𝗂𝗈𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora