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Aron

Não sei o que me fez pensar que as coisas à minha volta poderiam ser eternas, as minhas amizades, a boa relação que tinha com os meu pais quando era pequeno, a minha vida. Não devia ser autorizado a tomar tudo como garantido, a iludir-me.

Todos os dias a rotina era a mesma. Levantar, trabalhar, casa, dormir. Lá uma vez ou outra ia sair, nada de mais.

Estava farto! Cansado da rotina, daquele trabalho, onde só servia pessoas idiotas, enfim, cansado de mim.

Já procurei imensas vezes por ajuda profissional mas, não parecia resultar, pois cada vez que saía do consultório o meu pior lado emergia, tomando controlo total do meu corpo e, muitas das vezes, quase me conduzia à morte.

Como nada resultava, decidi tratar-me à minha maneira.

Embora estivesse completamente perdido nos meus pensamentos, continuei a vestir-me para ir sair com mis compas, como Christiane sugerira no outro dia.

Pronto para sair, peguei nas chaves de casa e do carro, fechando a porta de casa logo de seguida.

Dirigi-me ao bar onde nos iriamos encontrar. Podiam ter escolhido algo mais seguro. – pensei ao olhar bem para o sitio.

Entretanto os rapazes começaram a chegar, então fomos entrando no estabelecimento.

Fomos até ao balcão pedir as nossas bebidas, festejámos um pouco sem razão aparente, indo de seguida sentar-nos nuns sofás que por ali haviam.

*

Estava a sentir-me demasiado ansioso enão entendia bem o motivo, para me acalmar acendi um cigarro ali mesmo e fumei, uma vez que era permitido fazê-lo no bar.

A minha bebida acabara e, por isso, levantei-me do pequeno sofá onde me encontrava sentado ao lado de Polo, avisei que ia buscar mais um copo e ausentei-me.

Dirigi-me, então, ao balcão. Contudo, quando me aproximei deste avistei una chica muy guapa.

Aproximei-me dela, podendo, assim, vê-la nitidamente. Parecia esculpida por deuses, tinha uns olhos verdes muito cativantes, as suas feições não continham uma única imperfeição. Toda ela era uma tentação, aposto que imensas raparigas tinham inveja da sua beleza, até eu tinha

Meti conversa com ela pois parecia estar sozinha e, uma vez que o estabelecimento não era o mais seguro, tentei convencê-la a vir comigo para junto dos meus amigos.

Distraía-me algumas vezes, não só com a sua beleza mas, também, com a sua insistência para que me afastasse dela. Queria que este ser lindíssimo percebesse que eu não lhe queria fazer mal nenhum, no entanto, podia haver quem o quisesse fazer.

Então deixa-me levar-te para junto dos teus amigos. – disse com bastante calma, esperava que ela fosse dizer que não, oque não aconteceu para minha grande surpresa.

Fomos ao encontro do seu grupo de amigos. Assim que os encontrámos, todos os olhares caíram sobre mim, especialmente o de um rapaz com cabelo encaracolado.

Seria o seu namorado? – quis perguntar mas decidi deixar para mim, uma vez que não a conhecia.

A voz de um outro rapaz presente chamou a minha atenção, foi quando este falou que ouvi o nome da rapariga cuja beleza poderia ser igualada à das deusas.

Despedi-me dela.

Esperava vê-la de novo e queria dizê-lo mas optei por não fazê-lo, não queria receber nenhuma nega ou que o possível namorado me atacasse.

Sai de lá com um enorme sorriso na cara, toda ela fazia-me e, de certa forma, ela animou um pouco o meu dia.

Continuei a noite com os meus amigos, ficámos no bar até às 4 da manhã.

*

Foda-se – murmurei assim que senti o sumo do senhor a ser derramado nas minhas calças. – Peço imensa desculpa. – disse apesar da culpa ter sido daquele otário.

Tens que ir trocar de calças. – disse o meu patrão ao reparar no estado em que a minha roupa estava.

Eu conseguia odiar este trabalho com todas as minhas forças, para além de levar com comida de clientes idiotas, tinha um patrão que adorava constatar o óbvio.

Fui até ao vestuário, troquei de calças, voltei a sair do local.

Vai atender um grupo que acabou de chegar, estão sentado lá fora. – disse-me o meu patrão enquanto apontava para a esplanada.

Assim que cheguei à parte exterior do café, os meus olhos arregalaram-se ao vê-la.

Deves parecer um psicopata. – avisou-me o meu subconsciente, uma vez que eu não conseguia tirar os olhos da bonita imagem que estava diante de mim.

Ela ria enquanto conversava com o grupo de ontem, raios como tinha um sorriso bonito.

De repente fiquei extremamente agradecido pelo sumo enturnado nas minhas calças, graças a ele era eu e não qualquer um dos meus colegas que a ia atender.

Eles fizeram os seus pedidos, fui prepará-los juntamente com um pequeno bilhete para a Alice.

Inicialmente escrevi:

Nunca vi uma obra de arte tão bela como aquela que vejo nos teus olhos.

– Aron

Decidi riscar, parecia demasiado piroso, escrevi outro, onde escrevi o meu número:

Se soubesse que te iria voltar a encontrar ter-me-ia arranjado.
Já tu estás tão, ou mais, bonita que ontem.
Liga-me!

– Aron

Assim que acabei os lanches dos seus amigos, colei o pequeno pedaço de papel na garrafa de sumo que Alice pedira, levando logo de seguida a comida até ao grupo de amigos.

*

Encontrava-me no interior do estabelecimento a limpar algumas mesas e a tratar de pequenos pedidos, de repente sinto um pequeno toque no ombro, o que me fez virar para ver quem seria.

Ander...? – Alice perguntou com alguma vez incerteza na voz, talvez por aquele não ser o meu nome e eu ter reagido ao mesmo com uma careta.

Aron. – corrijo com um sorriso nos lábios. – No que é que te posso ajudar?

Desculpa. – soltou um riso tímido – Eu queria saber onde era a casa de banho?

Sorri novamente e indiquei onde se encontrava o que ela procurava.

Continuei o que estava a fazer, esperando que ela passasse por ali novamente.

Definitivamente, um psicopata! Para de olhar assim para a rapariga e não sorrias sempre que ela diz uma letra! – gritou o meu subconsciente.

Era inevitável fazer tudo isso, ela era demasiado bonita e isso suscitava um encanto em mim tão grande que me levava a sorrir.

(...)

Vocês não têm noção do quanto eu só quero escrever e escrever esta história!

𝐏𝐞𝐫𝐬𝐨𝐧𝐚𝐥𝐢𝐭𝐢𝐞𝐬 - 𝐀𝐫𝐨𝐧 𝐏𝐢𝐩𝐞𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora