Acordei com os meus amigos a sussurrarem a canção Parabéns com um pequeno queque com pepitas de chocolate com uma vela no seu topo.
Parabéns Ali! – exclamou num sussurro Maria pois eu ainda estava a acordar.
Não pude fazer muito mais do que sorrir perante este gesto da parte dos meus amigos, porém senti uma pequena lágrima a escorrer-me pelo rosto.
Obrigado, a sério! – agradeci após ter apagado a chama que mantinha a vela acesa com o meu sopro. – Como é que vamos dividir algo tão pequeno entre nós? – questiono referindo-me ao queque.
Não dividimos. – disse Bernardo encolhendo os ombros. – Considera isso parte do pequeno-almoço. – esbocei um sorriso em resposta.
Acabei por me levantar da cama, acompanhada pelos outros desci até à cozinha, onde tomámos o pequeno-almoço. Fui ao frigorífico, retirei o sumo de laranja e um copo do armário, entornei o líquido para o objeto de vidro e levei-o para a mesa juntamente com a garrafa de sumo.
Feliz cumpleaños hija! - felicitaram os avós de Maria e eu agradeci.
Não voltaram a pronunciar-se do meu aniversário e eu fiquei bastante grata por isso. Agora que já me tinham felicitado e cantado os parabéns eu poderia voltar para a cama e podia passar o dia a ver as minhas séries. Ou, pelo menos, era o que eu pensava.
Bem, hora de almoço na cave, Ali. Vamos ter um date! – informou-me Beatriz não me dando tempo para responder pois retirara-se logo de seguida.
Passámos a manhã toda no jardim, fizemos uma pequena guerra de balões de água e assim. Entretanto, era quase hora de almoço então aos poucos ia cada um tomar banho e indo para a cave, eu fui a última por decisão dos meus amigos que, também, me obrigaram a ir arranjada. Vesti apenas o meu vestido rosa e uns saltos altos e estava pronta. Desci então até à cave, onde já se encontravam todos e fui surpreendida com uma pequena festa organizada por todos.
SURPRESA! – gritaram em coro.
Anda Ali, comprámos a tua comida favorita! – Maria pegou na minha mão e puxou-me até à mesa, onde estavam imensas caixas com sushi.
Sentámo-nos à mesa e atacámos logo a comida. Quando terminámos, o Chico foi buscar, ao pequeno frigorífico que ali havia, um bolo que eles haviam feito.
Assemelha-se a um semi-frio mas não é... – o rapaz demonstrava-se um pouco confuso a descrever o bolo, o que me deixou no mesmo estado. – Olha pensa nele como um bolo de bolacha frio, porque basicamente é o que ele é. – gargalhei.
Não cantem já os parabéns! Falta o champanhe! – exclamou Bernardo que foi a correr buscar uma garrafa e alguns copos.
Enchemos os mesmos e a canção foi iniciada, sendo terminada com Chico a insistir que eu tinha que morder uma vela e pedir um desejo, o que eu me recusava por não acreditar nessas coisas.
Thatssoalice 📍Madrid, Espanha
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