Capítulo Dezesseis

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Capítulo Dezesseis

Finais felizes são reais ou utópicos demais?

Já fazia uma semana desde que tudo aconteceu. E com tudo, eu quero dizer: eu e Jimin transando e trocando carícias logo em seguida, na sua cama, enquanto olhávamos as estrelas falsas refletindo na luz negra do seu quarto. A semana passou tranquilamente, comigo indo a faculdade como uma pessoa normal, esbarrando com o ruivo na saída das aulas e trocando beijos com o mesmo na escada de emergência da universidade. Era como se eu estivesse vivendo um sonho, e eu não queria acordar.

E como num filme, eu finalmente percebi que os melhores sentimentos são aqueles que nós não vemos chegar, mas que sabemos que estão lá, de toda forma. Porém, apesar do fato de estarmos vivendo o típico romance inesperado, ainda haviam assuntos pendentes. Coisas a serem respondidas, como por exemplo, a pergunta de Jimin na noite em que passamos juntos:

"— Foge comigo?"

Me peguei pensando nisso às quatro da manhã, quando eu deveria estar dormindo porque tinha aula no mesmo dia e quando eu ouvi um barulho estranho vir da sala de estar.

Levantei e liguei o abajur, tentando fazer silêncio à medida que me aproximava da porta nas pontas dos pés, me preparando para agarrar o vaso que havia ganhado da mamãe. Autodefesa era importante. Girei a maçaneta com cautela, indo para a sala e me deparando com uma silhueta no meu sofá, assistindo a um programa de variedades na TV.

— EU VOU CHAMAR A POLÍCIA! — gritei, agarrando o telefone, quando a luz ligou.

— Ei, ei! Sou eu! — Jimin disse, com a mão no interruptor e a outra segurando uma tigela de... miojo? — Abaixa esse vaso, cara...

Pisquei os olhos, colocando o telefone no gancho novamente e deixando o vaso em cima do balcão.

— Céus, Jimin, você me assustou...

Ele riu.

— Realmente pensou que um ladrão fosse invadir seu apartamento pra ver televisão? Você está andando demais com o Hoseok, não me diga que ele te fez acreditar em teorias da conspiração também? — perguntou e colocou a tigela na mesa de centro.

— Muito engraçado — semicerrei os olhos — Antes imaginar isso do que imaginar que meu namorado vai invadir meu apartamento pra comer meu miojo.

Sua sobrancelha arqueou e no momento eu reparei que havia cometido um erro enorme.

Havia chamado Jimin de namorado.

— Namorado, huh? — ele se aproximou, cocei a nuca.

— D-desculpe, achei que...

— Eu gostei. — seus lábios se curvaram num sorriso presunçoso e seus braços enlaçaram meu pescoço.

Num movimento rápido, capturei seus lábios entre os meus e o beijei. Seu beijo era extremamente viciante, e uma vez que você o experimentava, não havia volta. Você iria querer mais e mais.

Me afastei devagar, segurando sua nuca.

— Galinha caipira.

— O quê?! — Jimin riu, me empurrando.

— Comeu meu miojo de galinha caipira!

— Vá se foder. — ele disse, revirando os olhos, mas mantendo o riso no canto dos lábios. Era um hábito dele que eu gostava muito, particularmente. Esse de fingir que está bravo comigo por arruinar o momento mas no fundo estar feliz.

366 Universos | jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora