Capítulo 5

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Pego as informações principais do currículo e decido mostrar boas maneiras para essa garota

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Pego as informações principais do currículo e decido mostrar boas maneiras para essa garota. Ligo pra Davi e o mando descobri tudo que conseguir sobre ela para mim. Saio do escritório indo me encontrar com Carlos no cartório. Lembro que não disse a Nana que ele iria almoçar conosco e resolvo ligar.

- Oi menino esqueceu algo? - ela atende no segundo toque.

- Você lembra do Carlos?

- O garoto que foi adotado pelo pescador? Lembro bem dele. Mas por que a pergunta?

- Vou levar ele pro almoço hoje. - digo e sorrio da vibração que ela faz. Vive dizendo que vivo muito só.

Desligo e estaciono no cartório. Hoje faremos a certidão de nascimento dele. Também vamos na prefeitura na parte da tarde ver a papelada da compra da casa. O prefeito tem pressa em pegar meu terreno no Leblon. Sorrio do jeito que o homem pode ser interesseiro.

- Ele já chegou? - pergunto ao advogado.

- Está tirando foto ali. - tem uma moça com ele.

Imagino se meu amigo tem uma esposa ou namorada. Não falamos sobre isso. Então me direciono ao lugar e não reconheço a linda moça ao seu lado.

- Oi. - digo e ele sorri ao me ver.

- Estou nervoso e resolvi trazer Ana comigo. Lembra dela?

Como não lembrar da menina que muitas vezes nos alimentou e nos escondeu em seu jardim do bando do Mario? Olho para ela e como ficou linda e vejo que meu amigo ainda nutre sentimentos por ela.

- Lembro. Mas se passasse na minha frente não diria que é você. Está mudada. - digo e ela sorri.

- Eu também te achei diferente. Mas o que mais mudou foi sua situação financeira.

- Eu sei. Hoje isso estará acontecendo com Carlos também. - digo colocando ele na conversa.

- Não vou ficar rico. - Carlos diz e eu não digo nada.

- Ana vai conosco almoçar lá em casa ou sua mãe se oporia?

- Ana não tem mais a mãe. - Carlos diz e eu me arrependo de falar.

- Sinto muito.

- Tudo bem. Ela estava muito doente. Foi um descanso para ela. Me conforto saber que está com Deus. - confirmo e ela volta a olhar para os papéis em suas mãos.

- Consegui a compra do terreno irmão. - digo e os dois me olham.

- Sério?

- Assim que você tiver sobrenome, vamos fazer a escritura no seu nome.

- Isso é tão bonito de sua parte. - Ana diz me olhando.

- Não fiz nada. Só estou consertando o passado. - digo e ela confirma.

Terminamos tudo no cartório. Passo com ele no banco e abrimos uma conta  em seu nome. Pelo aplicativo transfiro uma quantia para ele poder sobreviver. Agora Temos que comprar um celular então vamos ao shopping depois do almoço. Quando chego com eles no apartamento, Nana se emociona com os dois que ela já conhecia e comemos em meio a relembrar nossa infância.

- Vamos passar no shopping, preciso resolver algo. Depois vamos na prefeitura. - digo os chamando da cozinha após o almoço.

- Nunca fui ao shopping. - Carlos diz e me sinto culpado por ele ter tido uma vida difícil.

- Mas hoje vai. Tudo que viveu ruim está no passado. Deus foi bom com vocês e está lhes dando uma oportunidade de mudar por dentro e por fora. - Ana diz nos deixando pensativos.

No shopping eu compro o celular e já instalo o aplicativo do banco o ensinando a usar. Depois vou com ele tomar um café e dou um cartão a Ana para comprar roupas para ele. Sei que mulher gosta desse tipo de missão.

- E aí? Estão juntos?

- Não como eu gostaria. Ela só se relaciona com pessoas da mesma fé que ela e disse que não queria que eu me convertesse para namorar ela e sim por sentir necessidade em estar com Deus.

- Ela ficou linda. Sei que a ama, porque não vai aos poucos pra igreja?

- Nunca pensei nisso. Eu a amo.

- Nem precisa dizer. - digo o fazendo rir.

- Pensei dela te apresentar algumas garotas da faculdade ou da igreja.

- Pode ser. - meu telefone toca. - Oi Davi. Descobriu? - fico falando com Davi sobre a birrenta e mando ele a procurar e lhe dar uma oferta de emprego. Mando levar ela até meu apartamento e me apresso sair dali e ir para casa. - Carlos vamos procurar Ana. Preciso ir resolver algo.

Na prefeitura foi tudo rápido. Deixo sr. João para os levar em casa e sigo para casa para ter uma conversa com alguém. Chegando em casa eu vejo Davi na porta do escritório e me diz que ela está lá dentro. Quando entro ela fala:

- Que tipo de brincadeira é essa?

- Não tem ninguém brincando aqui. - digo me sentando na minha poltrona. - Estou precisando de uma secretária, você de um emprego. O joelho está melhor?

- Já arranjei um emprego. - ela diz e sei que mente.

- Pensei que na sua religião fosse proibido mentira. - digo e ela levanta a vista espantada.

- Como sabe de minha religião?

- Sei tudo sobre você. Mora em um apartamento alugado que é de um traficante, ele quer chantagear você a ser mulher dele e já não te forçou por ter sido criado no evangelho e ter medo da mãe dele. Sei que não tem ninguém pelo menos aqui no Rio e que veio do nordeste. Preciso dizer mais? - vejo ela ficar horrorizada por cada palavra dita e faz o que eu não esperava, chora.

Me levanto e vou até ela, não suporto ver ninguém chorar. Coloco a mão em seu ombro e ela diz:

- Tenho vivido sob muita pressão. Nunca imaginei que vir para cá seria assim. - Funga e lhe dou um lenço para secar suas lágrimas.

- Mandei lhe buscar para que trabalhe pra mim. - digo e ela me olha com aqueles imensos olhos claros.

- Tem certeza?

- Sim. Também lhe cederei um apartamento dos meu para que saia da Rocinha. Ficará morando o tempo que quiser.

- Tenho medo do Geon. - confessa como uma menina assustada.

- Dezignarei dois seguranças para estar com você. Não precisa temer. - ela sorri e me intriga o que ela pensa.

- Para os ricos é tudo fácil. Senhor não vou me deitar com o senhor. - Fico chocado e não demonstro.

- Em momento algum pedi para fazer isso. Acredite que você seria a última mulher a quem pediria algo assim. Estou lhe oferecendo porque vai trabalhar para mim e sei que onde mora é perigoso e longe. Os seguranças por você ter dito que tem medo do bandido vir atrás de você. - digo e ela faz uma expressão engraçada. Saio do escritório e dou as ordens a Davi, olho para ela e mando começar amanhã e vou para meu quarto.

 Saio do escritório e dou as ordens a Davi, olho para ela e mando começar amanhã e vou para meu quarto

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