- Isa acorde. - acordo com Giovanni me chamando. - Vamos tirar as crianças daqui. - ele diz e eu me sento no colchonete que tem me servido de cama.
- Como? - observo que ele não está só tem dois homens e um bem mal encarado com ele.
- O louco viajou de urgência, vamos aproveitar para dizer que vão ser transferidas e te levar daqui. - concordo já levantando. - Precisa confiar em mim e fazer tudo como eu digo tudo bem? - concordo novamente.
O caolho que tive medo dele me pega e fica me ameaçando com uma coisa pontiaguda que parece uma faca, saímos do cubículo que estou presa e quando chegamos no corredor Giovanni diz para os dois homens armados no corredor.
- Abra a porta ela e as crianças vão ser transferidas para o abate. - acho que meu sistema nervoso está fraco que começo a chorar e Giovanni me olha e sorrir largamente.
Os dois homens abrem a porta e vejo minhas meninas deitadas em um colchão amarradas pelas mãos e pés como animais. Giovanni vai até elas e desamarra os pés deixando só as mãos atadas e elas acordando começam a chorar, saímos de dentro do prédio com ele e o caolho que me mantinha na mesma posição e somos colocadas em uma van.
- Pronto Grandão pode soltar as três, vamos conduzir até o morro e de lá Geon se vira para entregar elas, não posso aparecer e correr o risco de ser preso. O homem obedece e quando as meninas estão soltas correm até mim chorando e eu as abraço.
- Você vai dizer o que ao tal do MJ? - pergunto.
- Ele nunca mais verá nenhum de nós dois. - ele diz e o outro rir me dando arrepios.
O trajeto é longo até a Rocinha, eles dois conversam por códigos e eu fico a todo tempo tranquilizando as duas meninas que não param de chorar de medo. Não sei o que Geon fez para eles estarem me entregando a eles e também não sei o motivo dele estar envolvido nisso, temo que eu esteja saindo de uma enrascada por outra.
- Tia Isa. - Rose chama minha atenção para ela. - Eu aceitei Jesus no cativeiro e Mel também. Tinha que orar né para Jesus nos tirar de lá?
- Que maravilha meu amor e Jesus ouviu sua oração e a da Mel e estamos indo para um lugar longe do cativeiro.
- Quelo minha casa e meu papai. - Mel choraminga e eu a nino mais.
Percebo que chegamos quando reconheço o local e Geon está na entrada do morro, os dois homens saem da van e nos mandam ficar quietas, eu só obedeço com medo que algo ruim aconteça com as meninas. Vejo que Geon vem com outro cara para a van e entram nela dando partida e nos ignorando ali.
- Geon? - tento chamar a atenção dele.
- Estou chateado com você Isa. - ele diz. - Ficou me evitando fugindo de mim para viver com os crentes e te meteram nessa lambança? Francamente como minha mulher era mais sossegado. - Até me deu vontade de rir, ele continua infantil e falando besteira.
- Para onde está me levando?
- Para casa do engomadinho. Não é para lá que quer ir?
Agradeço mentalmente a Deus por estar usando ele para nos levar para casa e vejo as meninas relaxarem no meu colo adormecendo. De vez em quanto ele me olha pelo retrovisor e resmunga algo e eu não entendo muito bem o que é, também não tentei mais falar nada, temia que ele desistisse de me entregar a minha família.
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Fortes Ondas
SpiritualUm órfão, que da noite para o dia recebe uma grande herança e junto com ela uma missão, ele enfrentará muitas lutas para cumprir a sua missão, mas permanecerá fiel a promessa que fez ao ler a carta. No percurso ele conhece a Deus e se converte ao cr...