Capítulo 11

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Após deixar minha pequena no orfanato, ligo para as pessoas que me abandonaram em um apartamento sozinho e Ana atende o telefone de Carlos

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Após deixar minha pequena no orfanato, ligo para as pessoas que me abandonaram em um apartamento sozinho e Ana atende o telefone de Carlos.

- Onde estão?

- Estou em casa e tem quatro Segurança aqui. Carlos e Isabella foram deixar algumas coisas na igreja. E você?

- Deixei Mel no orfanato agora e estou caminhando para sua casa.

Seria a oportunidade perfeita de eu me aconselhar com Ana.

- Oi. - ela diz rindo ao abrir a porta ainda com o telefone na mão.

- Tão bom que está só. - segurando seu braço e a conduzindo para dentro. - Estou desesperado. - Assumo.

- Que houve?

- Eu tentei beijar Isabella num impulso, mas não chegou a ser um beijo, encostei os lábios apenas e ela reagiu tão diferente do que eu estou acostumado. - digo e ela segura minhas duas mãos antes de falar me passando calma.

- No nosso meio as coisas são diferentes de como você vive. Acredito que ela goste de você como você gosta dela, mas precisa entender que ela é diferente.- diz bem tranquila e eu me sinto culpado.

- Acho que sou um erro na vida dela.

- Não Tony. Ela é a sua melhor escolha. Uma moça séria, compromissada e que te ama.

- Mas está me evitando. Que faço?

- Conquiste a confiança dela. Nada de beijos, mão boba, palavras vulgar. Deve ser o melhor amigo. No tempo certo estarão juntos. Você está acostumado a fazer como o mundo faz o famoso "ficar" onde no dia seguinte nem lembra o nome da pessoa. Nós não temos namoros, temos preparação para o casamento. Um relacionamento sério e duradouro. Com Cristo sendo o alicerce. - ela sorri para mim e fico me sentindo melhor. Mas ainda tem um probleminha.

- Eu quero ser do seu mundo. Quero ser de Cristo, mas como fazer isso sem ela achar que foi por ela?

- Aceite Jesus e tente não falar em relacionamento com ela por um tempo. Ela vai se aproximar de você eu tenho certeza. Mas me diga o que te levou querer Jesus?

- Na carta fala algo sobre isso, só não sabia como fazer até ir na igreja aquele dia. Um dia antes eu havia comprado uma Bíblia e leio, mas não entendo.

- Normal acontecer isso. Pode ir para o grupo de jovens nos sábados.

- Claro. Mas pode ser segredo entre nós dois?

- Pode meu amigo.

Ainda estávamos falando quando os dois entram e começam a contar o que houve na igreja e percebo que Isabella me evita, resolvo dar um tempo a ela.

- Aproveitando que estamos reunidos eu quero saber de Carlos se posso mandar construir a casa da praia. Pensei fazer um andar para as mulheres e um para os homens.

- E minha casa?

- Se permitir iria transformar em uma escola e faculdade. Ajudaria o orfanato e os jovens do bairro.

Vejo todos se entreolhar e Carlos rompe o silêncio: - Por mim tudo bem. Pode fazer o que quiser no terreno.

- Acho que chegou a hora da casa de dona Margarida servir pra ajudar.

Vejo a preocupação em Isa e me apresso: - Lembrando que com excessão do casal aí, seremos como irmãos na casa. Inclusive respeitando os territórios. - Vejo eles concordarem e olhar para Isabella.

- Eu não tenho escolha. Se não morar com vocês o que será de mim?

- Nunca mais estará só amiga. Somos uma família de quatro agora.

- Cinco. - corrijo ganhando a atenção de todos. - Vou adotar a Mel.

- Como pai solteiro?

- Sim meu amigo. Só não quero ver ela triste como hoje quando a deixei. Na nossa casa teremos as meninas para ajudar.

- Acha que consegue a guarda?

- Não sei senhorita Isabella.

- Isa. Me chame assim já que somos família. - ela diz ficando tímida e eu sorrio de alegria.

- Vamos tentar. Se não conseguir você casa e adota. - Ana diz.

- Acha que encontro esposa na feira é? Não me casarei com qualquer uma. Quero uma especial. - olho de soslaio para Isa que está com um meio sorriso escondido. Acho que gosto dela mais que desconfiava.

 Acho que gosto dela mais que desconfiava

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