Laços De Vingança (Jason The Toymaker)

♤12_ Jogo de negociação pt/02♤

Seus olhos puderam ser vistos perceptívelmente brilharem ao sair de trás daquela parede sem um aviso prévio de Laís e parar de pé à frente da porta observando os dois amigos jogarem um tipo de jogo interessante com o baralho.

- Oh, você está de volta!? Terei que te ensinar modos também? Nem se quer me pediu permissão para entrar no meio de uma conversa._ Disse seu alvo de vingança dando bronca, esticava teus pés inclinados na mesa.

- Desculpe meu doce senhor, eu apenas percebi que os dois jogavam um jogo de cartas, gosto muito de jogos desse tipo, será que me permitiria jogar com vós outros?_ Disse forçando o mínimo de formalidade na voz que conseguia.

- Então quer dizer que gosta de jogos de baralho? Engraçado pois nunca soube disso e sei muito sobre você. Não sei não, acho que deixar você entrar no nosso jogo privado é muita inconveniência._ Levantou uma das sobrancelhas em sinal de menosprezar.

- A, qual é Jason, não seja careta! Ela está apenas querendo mais tempo com você e quanto mais jogadores nesse jogo mais divertido ele se torna._ Falou com o mesmo riso sincero se quando botou os pés ali._ Não está com medo de perder para uma garota, está?

- Claro que não, eu sempre venço._ Mencionou com uma leve raiva, suspirou voltando para seus traços faciais humanos._ Claro querida, sente- se aqui.

A garota sentou no acento apontado por seu dono, ao lado dele e eles começaram a explicar o jogo brevemente. Esse jogo se consistia a ter números superiores aos das cartas dos outros participantes, tanto a quantidade e diversidade nos desenhos das mesmas, quanto no número delas é até as que tinham apenas letras tinham valor diferente. Resumidamente para ganhar aquele desafio proposto os jogadores precisavam saber o valor de cada uma e saber utiliza-las ao seu favor.

Era lamentável que ela não fosse o modelo estudantil de aluna que era boa em matemática e contas, entretanto, a menina era melhor do que qualquer um para saber táticas de roubo e trapaça em diferentes gêneros de jogos e também considerada boa atriz. É era exatamente nisso que ela apostaria nesse momento.

Candy embaralhou as cartas e distribuiu cinco delas para cada um dos três jogadores, incluindo ele mesmo. Sarah tinha saído com três de copas, um Az, Q da rainha, cinco de espadas e dois de copas, isso não era nada bom, na verdade seria uma jogada ruim para ela e começar mau era a última coisa que ela queria, porém para a pouca sorte que ainda existia em seu golpe de azar, pode ver uma carta do coringa no chão, agora sua única alternativa de vencer aquele jogo seria com ele.

Laís trazia com sigo a bandeja com xícaras de chá e com toda sua postura e etiqueta bem formada serviu para eles o doce chá de hortelã. Deu uma breve olhada para Sarah como se dissesse " O' que acabou de acontecer com você?" Referindo-se ao modo como adentrou na sala sem um mínimo de etiqueta e ainda entrando no jogo dos dois tão de repente. A mesma apenas sorriu como resposta.

Depois de servir um dos chás para ela, Laís colocou a bandeja de baixo do braço e virou suas costas pronta para sair dali antes que o ar comesse a ficar pesado. Sarah deixou a colher pequena servida para espalhar o açúcar cair no chão ouvindo um barulho metálico e irritante dela tilintar no piso.

_ Oh, que desastrada eu sou, só um minuto._ Agachou para pega-la.

Aproveitou no mesmo instante e pegou a carta no chão e deixando em seu colo para quando tiver a chance de usá-la. A carta do Coringa podia servir como qualquer numeração no jogo e nesse não era diferente.

_ Quero propor uma aposta!_ Disse Sarah com um sorriso desafiador no rosto.

_ Hoje você está mesmo sem limites._ Encarou Jason zangado, porém não poderia negar o fato de adorar apostas._ E qual seria essa aposta?

_ Se eu ganhar esse jogo quero ser sua braço direito nessa casa, ter um nível maior e poder ter mais imunidade._ Séria um tanto benéfico ganhar dele e ela já sabia exatamente oque iria fazer.

_ Não acha que está sendo muito confiante para alguém desafiando o próprio dono?! E se você perder, oque eu ganho?_ apoiou a mão no queixo com certo tédio.

_ Se eu perder, coisa que não vou, você poderá fazer oque quiser comigo e eu não vou reclamar de nada.

_ Interessante, mas eu já posso fazer isso quando quiser, por bem ou por mal, entretanto gostei da sua coragem. Vamos jogar!

O ruivo começou jogando um dez de copas, era óbvio que ele estaria com as melhores cartas, em seguida Candy passou já que não tinha um valor maior e Sarah acabou por jogar a única carta considerada boa que tinha o Az, foi uma escolha mediana já que agora estaria praticamente lutando pra sobreviver o jogo todo.

O primeiro jogador ergueu uma das sobrancelhas com certo deboche jogando um J de rei, Candy jogou um K de rei e Sarah por sua vez teve a coincidência de ter um Q de rainha entre as suas.

As jogadas seguintes foram vagas para ela já que se livrou de duas cartas por desenho e cor, assim não ganhando nenhum ponto a mais, só se livrando delas e permanecendo com dois pontos e uma carta nas mãos o dois de copas que seria trocado pelo coringa de seu colo.

_ Oque você está fazendo? Vai perder para ele e não vou poder te salvar!_ Disse Laís sussurrando em seu ouvido.

_ Confie em mim!_ Respondeu ela sem expressar o mínimo de preocupação.

_ Ora, oque é isso? Não vou tolerar que roube no jogo pedindo ajuda para minhas criadas. Laís, vá para fora, já!

A garota não teve muito oque questionar, apenas se dirigiu para fora sem nem olhar para trás.

_ Sarah, está ciente de que mesmo que acabe suas cartas agora, é necessário ganhar três rodadas para ganhar, certo? Ainda pode desistir se quiser.

_ Eu sei muito bem, não vou desistir, continue._ Olhou com deboche, era engraçado ver ele se gabar quando não percebia que estava perdendo.

Jason jogou um Az e olhou com ternura para a menina como se dissesse " te peguei", Candy teve que pular mais uma vez mas para ele não tinha problema, apenas queria se divertir vendo os dois competindo, Sarah terminou a partida jogando o coringa.

_ Não, isso não é possível, foi roubo!_ Se levantou de seu acento num pulo de indignação.

_ Eu nunca deixo minhas cartas a mostra querido, você tem provas?

_ Não, mas isso não está certo!_ cruzou os braços, parecia um bebê chorão aos olhos da menor.

_ Sem provas, sinto muito, agora você terá que me tratar como uma rainha!_ Se apoiou com os braços na mesa deixando seu decote ainda mais provocante, agora quem parecia ser a dona ali, era ela.