IV

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-Essa menina está delirando de febre, só pode, sra. dra. querida, disse Susan, não acreditanto em uma palavra do que Joana dissera agora.

- Me pergunta u qui ocê quisé intão, Anne. I vê qui eu num tô delirano nao.

Anne soltou um leve suspiro, então Joana sentou-se e Anne também sentou ao seu lado, Olhando para seus grandes e redondos olhos verdes.

-Ok, querida. Para começar, quem é você e de onde você veio?

Joana respirou fundo. Não era tão simples contar essa história, ainda mais para pessoas de 2 séculos atrás.

-Antis dissu eu priciso qui ocê me jure qui num vai contá pra ninguém. ninguém mesmu.

-Aí tem. Susan revirou os olhos. Com certeza não gostara de Joana

-É claro que não irei dizer para ninguém querida, pode confiar em mim.

Joana gostara muito de Anne. Já a adimirava em seus livros e na série, mas agora que estava de frente a ela, a amara muito mais.

-Eu confio. Meu nomé Joana. Eu moro nu Brasil cum meus pais, ou morava, até qui eu tivi qui ir pra casa da minhavó.

-E porque você teve que morar com seus avós?

-Eu num fui morá com meus avó não, meu vô morreu, é só minhavó. Enfim, tava todo mundo atrás di mim, e quandu eles discubriu ondi eu morava, eu tivi q í imbora.

-E porquê estava todo mundo atrás de você?

-Purque eu tenho superpoderes. Tudo qui eu iscrevu vira realidade.

-Como é? Susan arregalou os olhos. Com certeza não conseguia agreditar em uma palavra.

-Issu mesmu, e comu eu sei qui é difíciu di acreditá, eu vô ti mostrá.

Joana pulou da cama e pegou um lápis e um papel que estavam em cima de uma meda se frente a janela, e escreveu:

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A ESCOVA DE CABELO DE RILLA APARECERÁ DENTRO DA MALETA DE GILBERT.
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Joana mostrou o papel para Anne e pediu para Gilbert abrir sua maleta, e tinha a tal esvova de cabelo de prata com florzinhas que Diana dera para Rilla em seu aniversário de 5 anos. Anne, Susan e Gilbert ficaram boquiabertos.

-Como isso é possível? Disse Gilbert. Ele estava chocado.

-Eu descobri quandu fiz uma redação da iscola in homenage a Joana D'arc. Inclusivi, foi dela qui minha mãe tirô meu nomi.

-Então você vai para a escola? Disse Susan, com os braços cruzados.

-Claro, em pleno século 21,é obrigatóriu todu mundu í a iscola. Mas sobri meu jeitu di falá, ninguém mais fala comu iscreve em 2020, mais eu vô mi isforça pra falá certu pra disfarçá.

-Espera... século 21? Espantou Anne.

-Sim, ou você acha qui eu usava short jeans só purque eu queru? As roupa mudaru, tudu mudô.

-Espere... Como exatamente você chegou aqui? Disse Susan, ainda com os braços cruzados.

-Istava todo mundu atrais di mim, intão eu iscriví qui iría disaparecê daquele mundu, e intão eu vim pra cá. E agora não tenhu ondi ficá.

-Mas é claro q você tem meu amor. Você ficará aqui e eu direi a todos que você veio de um orfanato do Brasil, para que não levante suspeitas sobre sua fala, já que você está aprendendo uma nova língua. Disse Anne com doçura.

Joana of Ingleside Onde histórias criam vida. Descubra agora