Joana of Ingleside

XVIII

...
Chegara o dia do casamento. O tal esperado casamento por todos de Glen St. Mary. Mas não tanto pelo céu, que parecia ser dia de enterro, com núvens pretas carregadas de chuva e um céu acinzentado.
Joana também não acordara bem. Estava ardendo em febre e não fora para a escola. Ficou o dia deitava ao lado de Rilla, que a fizera companhia, e Gilbert tinha a cada meia hora checar sua temperatura.

-Um dia eu também irei me casar, Joana. E terei um vestido igual ao seu. Disse rilla olhando para o vestido de noiva que estava pendurado no guarda roupa.

-Só espero que seja com alguém bom, pequena Rilla.

-É claro que ele vai ser. Quero que seja alguém tão legal quanto Nathan Lewis. Rilla sorria. O coração de Joana parou por meio segundo, mas depois bateu freneticamete quando lembrou-se de Nathan e do beijo que deram na noite passada.

Gimbert chegara mais uma vez para medir sua temperatura, e Joana não estava mais tão quente quanto ao amanhecer.

-Sua febre está abaixando, Joana. Até a hora do almoço você já vai estar muito boa. Gilbert sorriu. e sem precisar de dipirona. Ele sussurou e deu um beijo em sua testa. Joana riu.

-Papai, quando eu casar eu também vou ter um vestido tão lindo quanto o de Joana não é? Rilla dizia, apontando para o vestido no guarda roupa.

-Certamente, minha querida. Gilbert parecia meio nervoso. Tomara que esse dia não chegue nunca. Ele disse para si mesmo e passou a mão na testa. Joana conseguira ouvir e deu uma risada.

-Bom, eu vou indo. Volto daqui a algum tempo para lhe medir a temperatura novamente. E então, saiu.

De fato Joana melhorara na hora do almoço, Anne e Gem também ja tinham chegado e todos desceram para o almoço.

-Nathan foi para a escola hoje? Não que eu esteja preocupada. Só quero saber. Joana falou um pouco baixo, o suficiente para Gem ouvir, olhando para o prato e girando o garfo.

Gem ergueu uma sombrancelha e deu um sorriso de lado.

-Hrrm, sei. Mas não, ele não foi. Mariana me disse que estava ardendo em febre. Vocês dois são almas gêmeas até para ficarem doentes. Gem brincou. Mas Carlos estava feliz como se acaba-se de ganhar na loteria.

-Se Carlos tive-se um infarto no altar, eu iria ficar feliz como se acaba-se de ganhar na loteria. Joana engoliu uma batata de uma só vez, e se engasgou.

-Isso que dá tentar amaldiçoar o diabo. Walter pegou um copo d'água para Joana. Eu nunca gostei tanto de Carlos, ele é um pouco arrogante.

-Posso fazer uma lista das coisas ruins que Carlos é. Joana disse tomando um gole d'água. Vou precisar de papel daqui até green gables.

Anne riu e Gilbert a olhou feio.

-Desculpe Gilbet, mas é a mais pura verdade, ela disse entre os risos. até que por fim gilbert balançou a cabeça e deu um singelo sorriso sem dentes.
...
O casamento seria ao por do sol, e em seguida teria um jantar no jardim, mas os planos mudaram, pois uma forte chuva começava a cair. Então haveria apenas uma simples festa na casa dos Velt, e logo depois Joana e Carlos partiriam para uma casa na cidade vizinha, onde morariam.

Todos os convidados estavam na igreja esparendo Joana, e ela ainda estava em Ingleside, Com Anne fazendo um coque nela e prendendo o véu que usara em seu casamento. Os presentes e o enxovál estavam todos sendo entregues na casa dos velt, que levariam em uma carroça separada para a nova casa.

-Você está tão linda querida. Disse anne enquanto enfiava o último grampo em seu coque. Pronto. Não ficou tão cheio, porque seu cabelo é meio curto. Mas está lindo.

-Eu e meu coque estariamos mais lindos se eu estivesse casando com outra pessoa... Disse Joana olhando para a lousa de Nathan bem a sua frente, então lágrimas começaram a rolar.

-Sabe que não é obrigada a se casar. Se Carlos ameaçar alguma coisa, apenas se finja de sonsa. Disse Anne apertando suas mangas fufantes e dando um sorriso. Agora limpe essas lágrimas e vamos.

Joana assentiu e desceu com Anne, onde Gilbert a esperaram.

-As crianças já foram com Susan, estamos prontos? Gilbert dissera enquanto estregava um buquê de lavandas para Joana: Eram suas flores preferidas.

-Pronta eu não estou desde que acordei. É muito tarde para me jogar de uma árvore? Joana tentou animar seu próprio humor, e falhara miseravelmente.

-Vai dar tudo certo, querida. Agora vamos. Disse Anne, abrindo a porta de casa.
...
Assim que Joana pisou na igreja, todos os olhares se voltaram para ela. Ela realmente estava muito bonita, com um vestido de cetim peroládo, com gola alta e rendas, e pérolas no corpete e na saia. Estava um pouco molhada da chuva, mas ela nem ligava, ligaria se estivesse casando com um tal alguém de olhos cor de mar e cachos cor de mel.

Que inclusive era o qual Joana olhava diretamente, paralisada na porta. Gilbert a notou um pouco nervosa e decidira a levar pro altar.

-Vai dar tudo certo querida, ele beijara sua mãozinba dourada, e caminhou com ela até o altar, onde Carlos a esperava com um sorriso de orelha a orelha.

Então ele a estenteu a mão, e Gilbert dera um beijo em sua testa, então ele saiu e sentou-se com Anne. Joana ficou paralizada por alguns segundos olhando para a mão estendida de Carlos, e de canto de olho viu Nathan, cuja rolara em seu rosto uma lágrima solitária.

-Não. Joana olhou para Carlos. Não vou me casar com você. Ela jogou o buque em suas mãos. Case-se com as lavandas. Ela levantara o vestido e ja iria sainda da igreja, quando Carlos segurou sua braço:

-Você não vai casar comigo por que dormiu com Nathan na noite do sarau, E agora acha que o ama. Ele gritou e todos soltaram um oh.

-Não sei do que está falando, já que na noite do sarau eu estava no sarau.

Luisa olhara para a amiga incrédula:

-Joana, isso é verdade? É por isso que não foi na nossa festa do pijama?