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Já se passara 1 semana desde a morte do professor Felix, e Joana voltara a ser a menina alegre que sempre foi, até um pouco mais.
As crianças não podiam mais ficar sem aula, então Anne decidira que ela iria dar aulas enquanto não tivessem um professor.

-Joana e Gem iriam adorar ve-la como professora, sr. dra. querida. Disse susan, enquanto lavava a louça e conversava com Anne. Mas tem certeza que a senhora ainda dá conta de lecionar? Quer dizer, faz muito tempo desde que lecionou pela umtima vez em windy polars.

-Não deve ser tão difícil. e também, é só por uns tempos, não deve demorar muito. Eu já sei até o que irei fazer para um primeiro dia de aula.

-Tenho certeza que as crianças te amarão. Todos te amam, sra. dra. querida.
...
Anne já começaria a dar aulas no dia seguinte, que era segunda. Joana até se espantou vendo Anne lhe acordando tão cedo:

-Porque me acordara tão cedo, Anne? Vamos a charlottetown ou avonlea?

-Não, nós vamos a escola

-Nós? Além de sonolenta, Joana estava confusa.

-Sim. Até arrumar um professor, eu darei aulas.

-oh. Você com certeza será a melhor professora que eu já tive.

-Também acho, querida. Vamos, vista-se e venha para o desjejum. Disse Anne, abrindo as cortinas e tirando as cobertas de Joana, que soutou um grunhido.
Joana desceu para o desjejum, e usara um vestido branco com estrelinhas coloridas, e estava radiante. Então ela, Gem e Anne foram para a escola, juntos.

Alguns alunos estranharam Anne se aproximando com Joana e Gem, mas de início pensaram que Anne queria conhecer o professor novo, para que Joana não passasse o mesmo que passou com prof Felix.

-Sentem-se crianças, eu sou Anne, a professora de vocês. Enquanto não acharem um professor substituto, eu irei lecionar.

-Você sabe dar aulas? Perguntou Luisa, com desdém.

-Sim. Eu sou formada em letras. Disse Anne, com um sorriso largo. Então, vamos começar com algo mais leve, já que é nosso primeiro dia de aula. Poesias! Alguém já escreveu uma poesia? A maioria assentiu, e Joana começara a ficar preocupada.

-Bom, como sabem, amanhã é o dia em que todos os anos fazemos um sarau de poesias, no porto. Então, cada um de vocês deve trazer uma poesia, sua ou não, para ler amanhã. Na aula nós iremos fazer um breve ensaio, e à noite, eu irei avaliar como parte da nota bimestral. Alguma dúvida?  Os alunos negaram. Ótimo, podem ir.

Joana pensara o recreio inteiro. Como Anne queria que ela escrevesse uma poesia, se tudo que a menina escrevia virara realidade?

-Você está quieta hoje, Joana. O que lhe incomoda?  Perguntou Fabiana, colocando a mão sobre os ombros da amiga.

-Não é nada. Só estou pensando na poesia que Anne pediu.

-Eu irei escrever uma carta de amor. É tão romãntico que parece poesia. Disse Ivanna Gine, com um suspiro.

-Cartas de amor! É isso! muito obrigada Ivanna Gine. Joana estalara os dedos. Anne nunca havia lido a carta de Gilbert, nem sabera de sua existência. e se...

A aula terminara e Joana estava mais radiante que o sol, e mal chegou em ingleside e correu para a cozinha:

-Susan! Gilbert está em casa? Joana falou, afogante
Susan levara um susto e quase deixou a torta de ameixa cair no chão.

-Mas que Susto garota! isso são modos? E quanto a sua pergunta, ele está sim, no escritório. E muitíssimo ocupado.

-ótimo. Tenho uma surpresa para Anne, então não a deixe nem chegar perto do escritório. A torta parece estar uma delicia, preencha Anne com alguma coisa! Disse Joana, largando sua cesta na mesa. Estava com tanta pressa que nem havia tirado o chapéu e o casaco.

-Gilbert!
Gilbert estava no escritório escrevendo qualquer coisa, e também levara um leve susto.

-Precisa de alguma coisa querida? Eu estou muito ocupado agora, mas creio que no Jantar podemos conversar melhor.

-Seu trabalho é mais importante que Anne? Disse Joana, já sentando ao seu lado e pegando um papel e uma caneta.

-Nada é mais importante que Anne, disse Gilbert, dando um suspiro e olhando para a janela.

-Ótimo, era isso o que eu esperava ouvir. Preciso que tire memória do além e me diga o que exatamente escreveu na carta para Anne no dia em que vocês se beijaram antes de ir para Toronto. Joana abrira um sorriso largo, mas sem mostrar os dentes. Seus olhos de azeitonas pareciam maiores que o normal, e ela piscou 2 vezes. -Eu só lembro o final.

-Ah querida, eu estou muito velho, não lembro o que exatamente eu escrevi.
Os olhos de Joana se escureceram de repente, e seu largo sorriso desmanchara.

-Como pode lembrar centenas de nomes de doenças e não da primeira carta que deu para Anne? Disse Joana, cruzando os braços e olhando para o chão.

-Eu demorei 5 anos para decorar todas elas, e a carta de Anne eu escrevi rapidamente na mesa da cozinha e nunca mais falamos no assunto. Gilbert tocou nos ombros da garota, e ela levantou, sentou em seu colo e enlaçou seus braços no seu pescoço:

-Você não pode fazer um esforçinho para se lembrar? é só o início, o final eu lembro... Joana fez um biquinho, É muito importante... Anne pediu para escrever poesias para o sarau de amanhã, e eu não posso escrever coisas do gênero. E a sua carta era tão bonita que parece uma poesia...

Agora até Gilbert parecia triste, mas nada podia ser feito.

-Sinto muito meu amor, mas eu simplismente não me lembro, já se fazem muitos anos.

Na verdade, uma coisa podia ser feito, ou era isso ou não era nada. Joana pegou a caneta e um papel em branco:

-Se importa?

-Não. Disse Gilbert, pensando que Joana falara de usar seu papel. Coitadinho:
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GILBERT SE LEMBRARÁ DE CADA PALAVRA QUE ESCREVEU NA CARTA E NUNCA MAIS ESQUECERÁ.
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então, aconteceu. Joana entregou uma folha de papel para Gilbert, aue rapidamente escreveu a carta, exatamente como era antes. Isso!, pensou Joana, com o largo sorriso sem dentes estampado em seu rosto.
Gilbert parecia tonto quando terminou de escrever

-Uau, o que aconteceu?  Disse colocando a mão na testa.
-Nada de importante. disse Joana com um sorriso de orelha a orelha, abraçando Gilbert. Muito obrigada pa- Gilbert. Obrigada Gilbert. Disse agora um pouvo nervosa, nunca tinha chamado Gilbert de pai, e talvez ele ficasse incomodado. eu vou... decorar. A carta. Tchau. e obrigada denovo. Saiu subindo as escadas, super feliz, mais envergonhada. Assim que saiu, Gilbert abriu um sorriso:

-Denada, filha.

Joana of Ingleside Onde histórias criam vida. Descubra agora