(Na capa: como imaginei a Luci)
Ao despertar, Luci sentiu falta de um corpo quente ao seu lado. Se moveu pela cama, sentindo o cheiro de Hate sobre ela, adorando.
Sentiu o colchão a sua volta afundar com um novo peso que engatinhava pela cama, e depois suas costas nuas serem acariciadas. Sentiu vários beijos e algumas lambidas, subindo pela linha de sua coluna até alcançar sua nuca. Por Deus... Poderia se acostumar a acordar assim. Era maravilhoso.
Abriu um pouco de seus olhos para encontrar os olhos de Hate. Seus olhos se pareciam com topázio, brilhantes como pedras preciosas, variando seu tom de âmbar para mais claro, e depois para mais escuro novamente, ao se aproximar de suas pupilas retangulares. Seus olhos podiam ser do formato típico de grandes herbívoros, mas ele era um legítimo predador. Forte como um urso, furioso como um touro selvagem, valente como um búfalo. Ele se parecia tanto um predador que ela demorou a perceber que ele estava coberto de sangue.
-Não tenha medo Luci. Sou só eu.
-Só estava distraída. Não tenho medo de você meu lindo - Se virou de barriga para cima para beija-lo, não se importando com o gosto de sangue em sua boca - Bom dia grandão.
-Bom dia pequena - Sentiu nele um cheiro característico que já tinha sentido algumas vezes, cuidando de pequenos animais selvagens.
-Você pegou um guaxinim?
-Sim. Pensei que estaria com fome quando acordasse - Sorriu com um pouco de pena. Suas intenções foram puras, mas ela não comeria aquele guaxinim nem que lhe pagassem - Tentei voltar rápido, antes que acordasse. Não queria que se sentisse sozinha - Acariciou o rosto dele o influenciando a deitar sobre sua barriga. Soltou um tipo de rosnado manhoso, que ela adorou o som.
-Eu não deveria ter deixado levarem você daquele jeito...
-Não disse isso na intenção de provocar Luci. Sei que não queria ne deixar. E sei o quanto é ruim se sentir abandonado. Só não queria que pensasse que eu me vingaria de alguma forma por não estar aqui quando você acordasse - Sorriu, ainda sentindo culpa, o beijando novamente. Talvez nunca se perdoasse por fazer ele se sentir abandonado, e jamais o abandonaria novamente. Prometeu isso para si mesma assim que recebeu seu abraço quando se reencontraram.
-Você é um amor Hate. Deveria se chamar Love - Ele sorriu, esfregando seu rosto nela, a deixando vermelha com o sangue também.
-Apenas para você pequena.
Eu vou morrer de amores por esse homem antes do fim da semana! Com certeza! Bem que minha mãe estava louca para que eu me casasse. Quero ver quando ela conhecer o genro.
-Casa comigo? - Ela perguntou mais em um tom de brincadeira.
-Agora! - A olhou animado, a puxando para se levantar da cama - Tem um advogado na reserva, pode conseguir rapidamente a papelada - Ela gargalhou, e ele não entendeu sua risada, mas adorou a ouvir rir.
-É impossível não se apaixonar por você grandão! - O abraçou. Ele retribuiu o abraço como se ela fosse a coisa mais preciosa que existisse.
-Mas antes você precisa comer! - Segurou mão para descerem.
-Espere aí grandão. Deixe-me acordar primeiro - Bocejou.
-Seus dentes são pequenininhos...
-É que humanos são onívoros Hate.
-O que quer dizer?
-Comemos todo o tipo de coisas. Carne, frutas, folhas... - Fez uma expressão de compreensão - Muito obrigada por me trazer um café da manhã, mas eu não como carne crua.
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Hate - Novas Espécies (Livro 1)
أدب الهواة-O que é isso que você está fazendo? -Fazendo? -Na minha cabeça. Isso é bom. -Ah sim. Isso se chama carinho. Você gosta disso? -Sim. Continue fazendo. -Pode deixar - Sorriu. Hate ficou intrigado com aquilo. Ninguém nunca havia lhe mostrado os d...